sexta-feira, 4 de abril de 2008

Furioso - Parte II


Estou furioso com o McDonald's. Hoje é feriado do Chun Meng, Culto dos Antepassados, e devido à febre de quinta à noite, aconteceu o pior pesadelo para um marido e pai zeloso que adora cozinhar: acordar à uma da tarde! As mulheres, já se sabe, demoram uma hora para se arranjarem (não, não é exagero), e os locais mais interessantes já estão todos a fechar. Portanto não me restou outra alternativa senão os arcos dourados do imperialismo americano.

Em primeiro lugar, não percebo aquelas porcarias que vendem ali. As batatas fritas até não são más, mas porque carga de água se transformam em borracha se não as comemos todas em cinco minutos? E depois aquilo não é uma ementa, é antes um obituário de animais de quinta com adjectivos do género slurpy, juicy ou extra tender. Sabiam que na India o McDonald's tem um hamburguer vegetariano? Até a salada tem açucar.

Depois fiz os pedidos no mais cuidado chinês, repeti umas três vezes, só para depois ter de voltar lá quando, chegando a casa, me apercebi que a fulana (uma tal Rebecca) se enganou em quase tudo. Quer dizer, bem sei que a culpa é minha, que devia ter entrado na "cozinha" e atestado os detalhes de processamento da minha humilde encomenda, mas por acaso até estava com pressa. E ainda por cima a chavala disse-me que não sei quê, ouviu bem, e tal. Que estúpida.

Bem sei que agora os casinos é que estão a dar, e no McDonald's só vão ficando os velhos e os incapazes. Certo? Mentira! Alguns dos rapazes e raparigas que trabalham nos restaurantes McDonald's são jovens, alguns até estudantes que trabalham ali nos tempos livres, coitados. Mas custava muito aprenderem pelo menos os nomes em inglês, ou seja, os nomes originais, dos produtos que estão ali a vender?

2 comentários:

Gotícula disse...

Deve ser a globalização, cá acontece o mesmo, há que ter paciência...

Anónimo disse...

Nunca tive o menor problema nos MacDonalds e alem de mcoi e moua não sei uma palavra de cantonês.
Vivo na China e o MacDonalds faz jeito, quando não cozinhamos e não aguantamos comer mais do que dois dias seguidos de comida chinesa, por melhor que ela seja.
Álvaro