terça-feira, 15 de abril de 2008

Larga o telemóvel, tanso!


Vinha hoje a voltar do supermercado quando fui quase atropelado por um palermóide, que não só vinha a conduzir uma das tais discotecas ambulantes, como vinha também a falar no telemóvel, ignorando por completo a passadeira dos peões. Já sei que praguejar em chinês nada ajuda, mas alivia.

Apesar do polémico Código da Estrada que entrou em vigor em Outubro último deixar bem claro que não é permitido falar no telemóvel enquanto se conduz, os nossos heróicos e audazes automobilistas continuam a ignorar a lei, e a polícia continua mais preocupada com a caça à multa por estacionamento indevido.

Eu sei que muitos leitores vão dizer: "ó Leocardo não sejas fascista, as pessoas têm a sua vida". NÃO INTERESSA! NÃO QUERO SABER! Está comprovado que 99% das chamadas de telemóvel são palermices e chanchadas, e que não há um único acidente de trânsito provocado pelo uso do telemóvel que fosse uma chamada útil ou uma emergência. Por falar em emergências, existe um número para esse efeito: o 999. E não é um telemóvel.

Acho realmente muita piada aos tipos que dizem "mas pode ser importante!". Se fossem assim tão importantes tinham um serviçal que lhes atendesse o telemóvel. Um mordomo, sentado ao lado do condutor, que atendia dizendo com uma voz grave "ligou para o Dr. Leopoldo das Dores Pacheco de Assis Teixeira da Cunha, como posso ser útil?".

É que realmente não deve haver morte mais estúpida do que levar com o carro de um gajo que ia a dizer a namorada para deixar lá o dedo, que ele estava quase a chegar, ou de fulana que ia explicando à empregada como temperar o cabrito para o jantar. E já repararam nos imbecis que param a mota no meio da ponte para falar no telemóvel?

E não me venham com essa conversa do hands free; em Macau não há auto-estradas e chega-se de uma ponta a outra em dez minutos, ou vinte se for para as ilhas. Basta ligar de volta quando se chega ao destino. Duh! Assim evitam-se tragédias como as do vídeo aqui anexo. Valeu?