segunda-feira, 14 de abril de 2008

A vida feliz


Um poster de 1954, ou seja, poucos anos depois da revolução. Em cima podemos ler: "a vida feliz que o presidente Mao nos ofereceu". Repare-se como estão três crianças à mesa. Longe ainda iam os tempos da política do filho único.

4 comentários:

C disse...

Caro Leocardo,

Em termos de ciência política, este poster tem um enormíssimo significado.

1. Do conceito de controlo social de todos os Totalitarismos é a criação de uma sociedade atómica, ou seja através da quebra dos laços tradicionais e naturais de uma sociedade, a Família.

2. O conceito de Pessoa (indivíduo + aspirações pessoais, sonhos) é reduzido ao simples Indivíduo (átomo) à mercê do Estado, e por isso que as Democracias Populares (do comunismo - socialismo) são tirânicas;

3. Já Tocqueville criticou há quase dois séculos a Religião Civil pelo perigo tirânico que isso representa - (i.e. que tal a ideia Juche da Coreia do Norte? ou a Igreja Patriótica?), porque afinal de contas não passam de um culto a uma ideologia política em vez de uma religião (mistura do que é temporal com o divino), tonando-se no desvirtuamento do transcendente, verificando-se o puro "abaixamento do olhar" do homem para a matéria. Se o homem é por natureza um animal espiritual, o ateísmo ou qq outra religião civil tornam-se no puro constrangimento à manifestação natural do homem, da pessoa humana em completar-se na espiritualidade, em cumprir-se e fazendo-se cumprir;

4. Por fim, da ausência da Religião na sociedade, significa o mesmo que a abertura de uma auto-estrada para a tirania, tudo porque é através da religião que vêm os conteúdos morais, os valores que por sua vez limitam as mais vis acções dos seres humanos, de qualquer regime político (compare-se os regimes da Itália Fascista + Igreja com as da União Soviética e Alemanha Nacional-socialista sem Igreja).

Sds,

C disse...

... Não era nessa época que os miúdos eram juízes e faziam julgamentos sumários, que mandavam matar os pais, acusando-os de tudo e mais alguma coisa, mesmo que nunca tenham sido reaccionários, contra-revolucionários ou "fascistas", mas porque a criancinha não achava a educação "democrática" (em contraste com o pensamento platónico e aristotélico)? O sistem aproveitando-se da tal inocência e do bom selvagem?

... Não era nessa época, em que mais perto de todas as criancinhas chinesas estava o Presidente Mao em vez dos seus pais naturais?

Este belo retrato faz recordar um provérbio que será certamente bem aplicado aos resultados da educação dada pelos pais das ditas criancinhas, o de "cavar a sua própria sepultura".

Não será um pouco do que se está a passar em Portugal nestas últimas três décadas ou MAIS, desde que "o Estado Novo entregou a Educação a cargo da Maçonaria"*?

Como é que acharam que foi possível todo aquele tumulto vindo das Universidades???

*afirmação do Porta-voz da Conferência Episcopal

C disse...

http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=338179&visual=26&tema=1

Guimaraes disse...

Quatro paredes caiadas
Um cheirinho a alecrim....