A nossa amiga batata, tão apreciada por nós na sua forma frita, assada, cozida ou em puré (eu pessoalmente prefiro a batata a murro) é apresentada como uma solução para a nova ameaça de fome que paira sobre o mundo, com o crescente aumento do preço dos alimentos de primeira necessidade.
Este simpático tubérculo cresce com facilidade nos campos por esse mundo fora. Não é por acaso que a um campo de futebol pelado e mal tratado é chamado "um batatal". A batata veio das Américas no sec. XVI e desde então tem feito as delícias da gastronomia em todas as partes do mundo. Este ano de 2008 é o ano da batata.
Apesar dos portugueses serem conhecidos entre os chineses por uns autênticos comedores de batata, o nosso país é apenas o 10º maior consumidor deste alimento no mundo inteiro, com 118.6 quilo consumidos
per capita em 2005. Portugal está atrás de países como a Rússia, a Ucrânia, a Polónia ou o Ruanda.
A Bielorússia lidera de longe no consumo da batata; em 2005 cada bielorrusso consumiu em média 337.9 quilos de batata, mais que o dobro do segundo país, o Quirgistão. É caso para dizer que na Rússia branca deve haver sumo, gelado e iogurte de batata. É a capital mundial da batata.
Os maiores produtores de batata do mundo são, claro, a China e a Rússia, é tudo uma questão de área. Só as produções anuais destes dois países - mais de 100 milhões de toneladas - é suficiente para suprir as necessidades mundiais no que toca ao consumo. Países como os Estados Unidos ou a França têm todos os anos um excedente de produção.
Parece-me uma boa ideia fazer da batata a
staple food num maior número de países. Só para que se tenha uma ideia da crise, os preços dos cereais dispararam em flecha só no último ano: o milho em 31%, o arroz em 74%, a soja em 87% e o trigo em 130%! Consulte estes dados e saiba mais sobre a batata no
Potato World.
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