Segunda e terça feira foram os dias das Linhas de Acção Governativa (LAG) para a Segurança, a tal pasta onde o secretário se pode recusar a responder qualquer pergunta sem que precise de justificar alguma coisa - e ainda bem, muito mal estaríamos caso não fosse mesmo assim. Wong Sio Chak, actual secretário para a segurança, usa esta vantagem de uma forma que eu considero exímia, e protagonizou ontem durante a sessão de perguntas e respostas dos deputados um momento de se lhe tirar o chapéu.
Tudo aconteceu quando a certo ponto o deputado Cheang Chi Keong resolveu levantar a questão do uso da língua portuguesa em cerimónias oficiais, incluindo "dias nacionais e outros com a presença de patentes militares chinesas". Wong Sio Chak respondeu que isso era um aspecto "da cultura das Forças de Segurança", e que essa era uma questão "que nunca lhe tinha passado pela cabeça". O deputado respondeu que "nada tem contra o Português, que é uma língua oficial", e dito isto todo o resto que possa ser pronunciado por ele simplesmente não interessa.
Fong estaria certamente a referir-se à voz de comando dos oficiais no momento da formatura durante as tais paradas; coisas que se gritam alto, e que soam a qualquer coisa do género "panheeeeee...AUT!", o que duvido que seja algo uniformizado mesmo entre diferentes companhias do mesmo contigente de qualquer exército do mundo. Fez bem, Wong Sio Chak, em deixar mais uma vez bem claro que há coisas que não se perguntam. Paciência, o segredo é a alma do negócio, e agora começavam os srs. deputados a querer saber coisas, e um dia chegavam aí os srs. bandidos com as mesmas exigências. Isso é que não pode ser nada, ó chefe.
Kesafoda!
Há 14 anos
1 comentário:
Como dizia o Manuel Machado, "um vintém é um vintém e um cretino é um cretino".
Esta luminária é um cretino que não vale um vintém.
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