1) Têm-se realizado, um pouco por todo o território, várias obras de renovação e embelezamento com vista aos festejos do 10º aniversário da RAEM. Os locais onde mais se nota esta febre do betão é nas zonas por onde irão passar as altas individualidades dos governos local e da R.P. China. Isto tem sido um transtorno enorme à população em geral. Ora são as vias pedestres por onde passam milhares de pessoas diariamente que são esburacadas sem piedade, ora são as travessias aéreas de peões que estão a ser revestidas com uma demão de tinta que exala um cheiro tóxico. É verdade que as obras tinham que ser realizadas de algum jeito, mas...todas ao mesmo tempo? Era muito menos incómodo que as obras fossem faseadas, pois já há muito tempo se sabia que a RAEM ia fazer 10 anos daqui a três semanas, e que ia ser uma coisa em grande. E se já me queixo, eu que ando mais de carro, o que dirão as pessoas que vão a pé todos os dias para o trabalho?
2) Um estudo de opinião da UMAC revela que uma grande parte da população não tem confiança no próximo Executivo. Numa escala de um a dez, as mil pessoas entrevistadas dão 5,5 pontos à escolha do novo elenco governativo. Isto demonstra que o primeiro passo deste Executivo passa por reconquistar a confiança da população. Mesmo que este inquérito tenha sido realizado entre mil pessoas, é importante ganhar o respeito de todos os sectores da sociedade e até da tal “maioria silenciosa” que dizem que existe por aí. Isto é, sem dúvida, o mais urgente. A notícia deste estudo foi divulgada na TDM rádio, e foi capa tanto do Hoje Macau e do Ponto Final. Não sei se o Ou Mun lhe faz alguma referência, mas há outros para quem isto pouco interessa. Se calhar já sabem o resultado, mesmo antes do jogo.
3) Dois suspeitos de crimes sexuais tiveram sortes diferentes. Um cidadão da Gâmbia que alegadamente violou uma jovem que se encontrava hospedada na mesma pensão que ele (Transacção problemática? Lost in translation?) vai aguardar julgamento em prisão preventiva. O proprietário de um Centro de Estudos em S. Lourenço que alegadamente molestou sexualmente cem crianças vai aguardar julgamento em liberdade, sujeito a termo de identidade e residência e apresentação regular às autoridades. Fiquei sem perceber muito bem o peso dos dois crimes. A prisão preventiva não serve para que não se dê a fuga do arguido, destruam provas ou não se reincida no crime? Não julgai para não ser julgado, mas não me parece que uma violação daquelas que surgem nas zonas mais problemáticas do território seja tão mais grave que um crime que abalou uma comunidade trabalhadora da classe média. É só a minha opinião.
8 comentários:
Em relação ao terceiro ponto meu caro Leocardo, tenho pena em dizê-lo, mas é simplesmente pela cor da pele...
1) Então você é um dos que me anda a poluir os pulmões com o fumo do seu carro. Quer andar de carro, ande dentro de casa, onde não incomoda mais ninguém.
2) Os gajos da UMAC são uns cromos pseudo-intelectuais (salvo alguns velhinhos que estarão de saída não tarda muito).
3) O anónimo anterior já se antecipou. Claro que é mais um exemplo de xenofobia "a la Macau".
Caro Leocardo,
Quando ouvi comentários acerca daquele energúmeno do género "foram só umas apalpadelas", percebi logo que estávamos perante uma espécie de Casa Pia, versão Macau.
Não tarda nada também está a processar o Governo e a ser indemnizado.
Não me lembrava dos buracos (salvo seja) e afins.
O meu amigo gosta da nova cor dos pilares da Ponte Sai Van?
Aquele casca de ovo foi muito bem escolhido, não acha?
E não incomodou nadinha!!
Leocardo, o tipo da Gambia está em prisão preventiva, não só pela acusação de violação, mas também por estar ilegalmente em Macau (excesso de permanência + visto caducado e para mais reincidente)e nestes casos em Macau é crime e pode dar prisão.
informar bem não custa nada.
Anónimo das 4:12 - e eu disse que o decreto de prisão preventiva desse indivíduo foi uma injustiça? Só fiquei surpreendido que outro crime igualmente grave tenha tido um tratamento diferente. Para bom entendedor meia palavra basta? Nem sempre...
Cumprimentos.
Dura lex, sed lex.
Informe-se
apesar da vírgula
Enviar um comentário