Confesso que sempre fui um grande admirador seu, cuja figura imponente sobressaía dos livros da escola, como o "nosso Presidente da República", da primeira vez que tomei contacto com os orgãos de soberania. Nunca tive dúvidas da sua enorme coragem, do seu saber estar, da forma sempre sensível como lidou com a questão de Macau, não tivesse sido aqui que cumpriu parte do seu serviço militar, e porque não dizê-lo, sempre me impressionou o seu charme e discrição. Fiquei sabendo há poucos dias que recusou receber retroactivos de 1.3 milhões de euros (14 milhões de patacas) de um processo que venceu e que lhe permite acumular (e bem) a pensão de militar na reserva com a de PR. Já em 2000 tinha recusado o título honorário de Marechal, por achar "que nada tinha feito para isso". É de pessoas de fibra, humildes como o senhor que o país precisa. Receba daqui um abraço do tamanho do mundo, e continue a ser quem é.
3 comentários:
Também nunca simpatizei com o ar demasiado sério de Eanes. Mas realmente, depois de analisar o pós-Eanes, chego à conclusão que já não há homens sérios nem homens a sério na política portuguesa.
Apoiei-o, dando o meu nome, aquando da sua candidatura, indo à sede de campanha na Av. da Liberdade e ainda permanece para mim o melhor presidente da república que Portugal teve depois do 25 de Abril. A sua integridade era e é um modelo de cidadania.
A sua atitude é uma chapada na maior parte dos políticos de hoje, principalmente os que auferem ordenados e "prémios" astronómicos
num país onde há tanta miséria.
É por este tipo de atitudes que o General foi presidente )democraticamente eleito) e o Paulo Pedroso será sempre um "boy" (e com fama de que gosta de outros "boys").
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