sábado, 13 de setembro de 2008

Educação em primeiro lugar


1) Começaram esta semana as aulas na Escola Portuguesa de Macau (EPM), este ano com menos 30 alunos que o ano passado. O 1º ano tem, pela primeira vez, apenas uma turma, com 19 crianças. A este ritmo, daqui a dez anos a escola terá pouco mais de 100 alunos, o que - do mal o menos - resolve o problema das novas instalações: basta um andar no Edifício da CEM. Dirigi-me à escola na segunda-feira passada (mais tarde que um pai normal que se preocupa), e ainda não haviam turmas, nem horários, nada. O website não é actualizado desde Julho. Atendendo às "preocupações" que rodeam a EPM e o seu futuro (e são muitas), um pouco mais de profissionalismo era, se calhar, o mais aconselhável.

2) A educação na ordem do dia. Dois professores da Escola Luso-Chinesa técnico-profissional viram os seus contratos terminados e apresentaram queixa à Associação Educativa da Função Pública de Macau (AEFPM). A DSEJ defende-se e emitiu um comunicado na imprensa explicando as suas razões. A AEFPM acusa a DSEJ e o seu director de "querer silenciar vozes críticas". Uma polémica que promete. À parte disso, mais uma vez se volta a falar dos patamares de excelência e das exigências mil que se fazem aos alunos hoje em dia. Nomeadamente escolas que praticam uma política de "selecção das espécies", recusando a inscrição de alunos problemáticos ou com problemas de aprendizagem. Toda esta "competitividade", que não é nova, existe para quê, além de ostracizar crianças? Não que se vejam resultados ao nível da forma como os jovens de hoje em dia são preparados para integrar o mercado de trabalho, ou a sociedade em geral.

2 comentários:

Anónimo disse...

"patamares de excelência e das exigências mil que se fazem aos alunos hoje em dia"? Não me façam rir...

Pior ainda: "recusa na inscrição de alunos problemáticos ou com problemas de aprendizagem", só se for nas privadas, porque nas escolas públicas o que qualquer dia não há é alunos normais.

Anónimo disse...

o problema da primeira noticia foi suficiente digna para constitui um reportagem no noticiario da RTP