domingo, 27 de dezembro de 2009

O nosso querido...Herman José!



E chegou o dia em que Herman José fez a sua aparição no programa “Dá-me Música”, da RTP. O humorista fez equipa com Dina Aguiar e Cleida Almeida. O Herman tornou-se, infelizmente, o nosso Clodovil. Está gordinho, usa umas roupas esquisitas e uns adereços “estranhos” (o que há com aqueles óculos?), e pinta o cabelo. Ainda me lembro dos tempos em que Herman contava uma piada ou fazia uma graçola e o público desmanchava-se a rir. Hoje batem palmas. O que é feito de ti, Herman? Procura lá bem dentro de ti aquela chama do humorista que foi o nosso “Monty Python”, que fez a revolução no humor e nos costumes no nosso país.

Falando de “has-beens”, aquele Nuno Feist é o mesmo que fazia dupla com o irmão Henrique num grupo de teen-pop dos anos 80? Como envelheceu. E qual é realmente o papel dele além de maestro? No início do programa apresenta Catarina Furtado como “a nossa querida...Catarina Furtado!”. Querida? Será que ninguém pode escrever assim qualquer coisa de jeito para ele dizer? Adiante.

A outra equipa era liderada por Alexandra, e contava ainda com Álvaro Costa e Dália Madruga. Alexandra é uma cantora (fadista?) que se bem me recordo tinha um êxito intitulado “Zé Brasileiro Português de Braga”, mas celebrizou-se entre o público mais jovem no papel de Amália no musical de Filipe La Féria com o mesmo nome. Enfim, a Alexandra está muito longe de se parecer com a nossa diva do fado, em todos os aspectos.

Álvaro Costa é um indivíduo assim gordinho, muito rádio-tv, que apresenta uma programa deprimente chamado “Liga dos últimos”, que explora os adeptos dos clubes de futebol dos subúrbios pobres e analfabetos das nossas cidades. Lembro-me quando o Álvaro apresentava um programa de música directamente de Londres, onde falava de lojas de discos que só vendiam CD’s, e como estavamos nos finais dos anos 80, aquilo era assustador para mim, que nunca tinha visto um CD na vida. Como era bem mais simpático, o Álvaro. Hoje é o Jorge Pêgo dos pobrezinhos.

A Dália Madruga é uma moça que apresentou o “Só Visto” e fez papel de mulher fatal no “Tudo por Amor”, transmitido recentemente na TDM. A Dália pode-se descrever numa palavra: linda. Não dá muito a entender o que vai dentro da sua cabecinha pequenina e loirinha, mas também não interessa para nada: basta saber estar e sorrir, e já se ganha o dia.

O programa foi dedicado à música portuguesa, na sua maior parte pimba e foleirota. Passaram o “Joana” de Marco Paulo, o “Portuguesa Bonita” de José Cid, e o “Meninas da Ribeira do Sado”, dos Adiafa. Terminou com o “Bamos lá cambada” interpretado pelo Herman e pela Alexandra. Fez-me lembrar os verões em meados dos anos 80 quando eu ia para a Foz do Arelho com a família. Muito triste.

Uma nota final para o vestido e penteado de Catarina Furtado, que como alguém referiu, fazia lembrar Audrey Hepburn em “Breakfast at Tiffany’s”. Pois, assim tão antiquado e lamechas. Só faltava mesmo a boquilha.

7 comentários:

Anónimo disse...

A "Liga dos Últimos" é um programa deprimente? Fale por si. Eu considero-o o melhor programa de humor da televisão portuguesa, mesmo sem ter humoristas profissionais. Mostra o Portugal profundo, que existe mesmo, por muito que os modernaços o queiram esconder. E se o povinho se presta a isso, porque não hei-de eu aproveitar e ver o espectáculo? Rio-me às gargalhadas, muito mais do que com humoristas profissionais.

Anónimo disse...

Deprimente é o "Dá-me Música", que o Leocardo segue religiosamente todas as semanas.

Leocardo disse...

Não vi a semana passada, por exemplo. E só vejo para falar mal, como se pode depreender do texto.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

O que se depreende do texto é que a "Liga dos Últimos" é que é totalmente deprimente. E não é. Só o seria se os palhaços que lá aparecem fossem da minha família. Como não são...

Anónimo disse...

Quando falta a criatividade, filma-se os outros.
E o resultado e programas como a Liga dos Ultimos,na realidade bem deprimente.
Ah, pois aquilo mostra realidade do Portugal Profundo e bla, bla...
Mas para mostrar a realidade, basta-me filmar a retrete ou o caixote do lixo, que tambem e profundo!

Anónimo disse...

Ora aqui está um dos que não gostam da realidade. Não veja, que aquilo é feito só para quem quer ver. Veja antes a propaganda governamental, que apresenta resultados fabulosos, e fica convencido que Portugal é o melhor país do mundo, e vivem todos muito felizes para o resto da vida.

Marta disse...

O que é feito do Herman ? Está mais em forma do que nunca como pode ver por esta prestação na Gala da TVI: http://www.youtube.com/watch?v=G4rfxJxQ5TI