quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

No escurinho do cinema, comendo sandes de atum


Hoje discutiu-se cinema no programa “Acorda Macau”, da TDM Rádio. Não cinema propriamente dito, mas “o” cinema, aquele com cadeirinhas onde as pessoas se sentam. Segundo Hélder Fernando, as salas de cinema do território são locais de “encontros de amigos”, mais parecidos com uma lanchonete do que um local, como ele afirma, “onde se pode apreciar uma obra de arte em sossego”.

Genial, estou do lado do Hélder. A última vez que fui ao cinema passei a noite a dar cotoveladas na menina do lado que não parava de atender o telemóvel. Deve ter ficado com um hematoma no braço, coitadinha. Aliás, nem me lembro da última vez que fui ao cinema, mas penso que foi na Torre de Macau. Na verdade é mais fácil ficar a ver filmes em casa, onde tanto podemos fazer “pause” se quisermos ir à casa-de-banho ou atender o telemóvel, ou então desligar tudo e “apreciar uma obra de arte em sossego”.

Jorge Vale replicou, explicando ao seu colega que o cinema é “um negócio”, e que a venda de comes e bebes dentro das salas de espectáculos fazem parte desse negócio. Em Macau isto é terrível. Chego a ver jovens a levar refeições completas do McDonald’s e comer durante o filme. Curiosamente quanto aos que fumam, não tenho visto. A última vez que vi fumar num cinema em Macau foi no extinto anfiteatro da Pelota Basca. Quando cheguei a Macau no início dos anos 90, fumava-se nos táxis e nos autocarros, como Hélder Fernando referiu, e até se fumava nos balcões de atendimento ao público e nos hospitais.

Mas concordo que devem existir salas mais “a sério”, onde os intelectuais possam exercer o seu direito à sossegada inquietude. O problema é que depois os filmes que passariam aí estariam longe daqueles que fazem uma boa bilheteira. Podiamos criar um cinema que só passasse Luis Buñuel, Bergman, Woody Allen ou cinema japonês dos anos 60 (força aí, Boi Luxo!), mas quanto é que teriamos de cobrar a cada um dos iluminados? Quinhentos paus? Não estou a menosprezar o gosto ou a inteligência da juventude local, mas penso que quem quer ver “um bom filme”, compra-o na China e vê em casa. Mas sim...sim...concordo: os cinemas de cá são uma merda!

28 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns, Leo!
Nós dos dois no escurinho do cinema. Ah, Leo!

Um beijo na nalga.

Anónimo disse...

Sou contra a lei anti-tabaco em locais de animação nocturna, afirmando que esses locais são para "bons vivants" que bebem, fumam e fazem todas as outras coisas que podem fazer mal. Os bem comportados devem ir para casa antes da meia-noite.

Por uma questão de coerência (que acho muito importante mas cada vez menos gente tem), não vou AO cinema, apesar de gostar muito DE cinema. Se a muitos incomoda o fumo em bares e discotecas, a mim incomodam-me as comidas, bebidas e telemóveis no cinema. Só que em vez de me pôr por aí a exigir uma lei que protegesse os verdadeiros admiradores de cinema, limito-me a ver os meus filmes de eleição em casa. Assim não incomodo quem vai ao cinema para comer ou falar ao telemóvel, mas (lá está a coerência uma vez mais) também gostaria que não me incomodassem a mim e ao meu cigarro nos bares nocturnos. Se é uma questão de negócio, respeite-se, acima de tudo, a vontade de quem mais paga.

Anónimo disse...

Mas que lindo argumento, sim senhor.

O anónimo esquece-se é que uma coisa é apenas incomodar, como é o caso dos telemóveis e comida no cinema.
Outra coisa é lixar a saúde do(s) vizinho(s) do lado, como é o caso dos fumadores em recintos fechados.

E os cinemas são locais para se ver filmes, e não para comer e falar ao telefone.
E os bares são locais para beber, conversar, ouvir musica, dar um passinho de dança ou tentar impressionar a jeitosa das proximidades.
Não são lugares para a passa, tornar o ar interior irrespirável, o cheiro da roupa insuportável e, e claro os pulmões deles e dos outros ficarem cheios de substâncias cancerígenas.

Se querem fumar vão para uma sala de fumadores ou para um espaço aberto.

Seguindo a teoria do anónimo, então tudo deve ser permitido a quem tem falta de civismo, e quem não gosta fica em casa.

Regras de convivência? Civismo? Noções de cortesia?

Balelas.

Toda a gente deve fazer o que lhe dá na real gana.

E se os outros não gostam, fiquem em casa.

Anónimo disse...

Demonstro apenas que, tal como os cinemas não sobreviveriam sem os que não percebem nada de cinema e vão para lá comer e beber, os bares nocturnos também não sobreviveriam sem os fumadores. Isso de a proibição do tabaco não afectar a viabilidade dos bares só acontece porque os burros dos fumadores continuam a lá ir, mesmo tendo que ir lá fora de 15 em 15 minutos. Se pura e simplesmente deixassem de ir, acabavam-se os locais nocturnos, ia tudo à falência.

ana disse...

Nem mais!

Anónimo disse...

Então deixem de ir! A maior parte dos fumadores dos países onde a proibição de fumar em espaços nocturnos está implementada há mais tempo até nem parece importar-se com isso. Vêm cá fora por uns minutos, metem conversa com outros fumadores e depois voltam para dentro, onde desfrutam de um ar razoavelmente limpo. Bem melhor do que ficar com os olhos a arder do fumo, a roupa toda malcheirosa e o cabelo nojento.
Só quem tem o entendimento toldado pelo vício é que não consegue perceber isto.

Anónimo disse...

quando chego do DD2 nao sei se
deito a roupa pro lixo se a lavo tal e' o piteu, agora imaginem os nossos queridos pulmoes.

tem que se acabar com o fumo em todo o lado e mais nada

O que detesta hipócritas disse...

De hipocrisia está o mundo cada vez mais cheio, e a lei anti-tabaco é a cereja no topo do bolo da hipocrisia. Porque é que no restritivo Portugal de hoje se abriu uma excepção para os casinos? Já foram a um casino em Portugal recentemente? Se foram, sabem que se pode fumar em 90% do espaço. Porquê? Porque ali juntam-se dois vícios num só: o vício do tabaco junto com o vício do jogo. E ao contrário dos fumadores burros que não deixarão de ir aos bares, os jogadores que fumam eram bem capazes de não passar tanto tempo nos casinos sem poder aliviar o stress com um cigarrinho nos queixos. Quero ver se em Macau o governo vai ter tomates para uma lei radical que impeça de fumar em TODOS os sítios (incluindo casinos). Se nem em Portugal os tiveram, vão tê-los aqui, numa economia que depende quase exclusivamente do jogo? Se tiverem essa coragem, mesmo não concordando, aplaudo-a (por isso mesmo, pela coragem). Se não, é apenas mais uma proibição que só pode merecer o meu desprezo. Mas como já há idiotas que dizem estar provado que o fumo passivo ainda faz pior do que o activo (como se o fumador não levasse fumo a dobrar, passivo e activo), também é bem capaz de passar a haver idiotas que dirão que o fumo nos casinos faz menos mal. A maior praga do século XXI é essa: a HIPOCRISIA.

Anónimo disse...

Beber e deitar tarde faz tanto mal como fumar. Quem está tão preocupado com a saúde, nem devia saber onde é que fica o D2.

Anónimo disse...

Parabéns, Leo!
Já almoçaste, meu leozinho? Ontem gostei muito do ir ao cinema contigo.

Um beijo nas nalgas

O teu Manel.

Anónimo disse...

Leocardo,
O Helder Fernado não é genial, é um grunho que dá cabo da manhã das pessoas que queriam ouvir alguma coisa com interesse na RM.
Não se cala, não prepara o programa, é pouco ou nada profissional, só diz disparates enquanto sorve xau mins (não o ouve a comer?).
Escrevi à RM a pedir para tirarem as duas criaturas do programa matinal.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Ainda me lembro do tempo em que se podia fumar nas salas de cinema. Os estofos das cadeiras ficavam queimados, as alcatifas também, e já havia uma enorme e densa nuvem de fumo no ar antes do intervalo. Quando ia a um pavilhão gimnodesportivo ver um jogo de andebol ou de outra modalidade indoor qualquer, também havia muita gente a fumar enquanto assistia aos jogos. Imaginem o que era um espaço fechado, frequentemente sem ventilação artificial, apinhado de gente e com muitos fumadores em acção enquanto os jogadores estavam com o ritmo cardíaco acelerado pelo esforço do jogo. Lindo, não era?
Os fumadores devem achar que quem nao fuma devia ficar em casa a ver esses jogos pela TV.
E andar de avião? Sim, voar 12 horas de Hong Kong para a Europa com um avião cheio de fumo. Se o pessoal de bordo não gostasse, que mudasse de profissão! E os outros passageiros que fossem de barco! Tudo em nome do direito dos fumadores ao seu querido vício. Palermas!

Anónimo disse...

epá eu quando chego do d2 penso mas é em como é que vou comer a gaja. quais roupa, quais fumo, quais quê! cambada de paneleiros.

Anónimo disse...

És um daqueles garanhões da carteira. É assim: tu pagas e ela despe-se. Grande feito!

Anónimo disse...

pago e pago com vontade que não ando aqui para enganar ninguém! tu se calhar dizes que pagas, comes e depois foges. chama-se a isto negócio, pá!

Anónimo disse...

Pensas e como vais lhe pagar e ainda lhe dar uns trocos para o taxi...e se queres uma 2 volta abre novamente a carteira...otario

Anónimo disse...

que grande negociante...tens que abrir uma empresa..."Eu pago para dar uma queca" hehehehe

Anónimo disse...

O outro é que é o "garanhão da carteira", mas este é que dá pormenores, tipo trocos para o táxi e pagar mais pela segunda ronda e não sei o quê. Pá, não contes a história da tua vida, que ninguém tem nada a ver com isso. Como dizia o "garanhão da carteira", que não é hipócrita como vocês: paneleiros...

Anónimo disse...

Vocês não sabem o que hão-de fazer à roupa quando chegam a casa mas é por causa do cheiro do vosso vomitado.

Anónimo disse...

Meninos marotos! Andam a conspurcar o blogue do meu leozinho. Levam tau tau.

Bejinhos nas nalgas para vocês todos.

Manel

Lucky Strike disse...

Ó anónimo das 3:36, dantes fumava-se à vontade, mas agora, sem fumo, é que caem para o lado quando estão a jogar e morrem. Palermas!

Anónimo disse...

Lucky Strike, fuma mas é na tua casa, onde não incomodas ninguém.
Gostas que peidem na tua cara? Aposto que não. E concordas que peidem na tua cara e sejas tu a ter que deixar de frequentar os lugares públicos por causa dos peidos dos outros?
Então também não deites o teu fumo na cara dos outros.

Anónimo disse...

lamentável
adj m+f lamentável (lamentáveis [lɐmẽ'tavɐjʃ] pl) [lɐmẽ'tavɛl] que é de lamentar, infeliz

Anónimo disse...

A conversa do anónimo das 6:40 é aquilo a que se chama com propriedade conversa de merda. Lamentável, como diz o outro.

Anónimo disse...

ta provado que o panilas do leocardo eh homosexual e o Manel assim o confirma. Com que entao foram ao cinema, seus malandros! ja vi que o sapo tambem anda por aí a contar os seus truques pagantes no DD2.whahaha

Anónimo disse...

Epa ve-se que o anonimo 6:02 esta cufodido, entao o da carteira e que da promenores da vida e outro que apenas constata uma uma realidade mundial e que esta a dar promenores da vida!!!! Deves viver num mundo diferente...mas ca para mim o das 6:02 e o mesmo que o garanhao e apenas se sentiu ofendido pois para poder despejar os tomates tem que pagar!!!! coitadoooo

Anónimo disse...

oh manel e se fosses a puta que te pariu e deixasse os outros em paz?

Anónimo disse...

leocardo concordo consigo, tenho imensa pena da qualidade das salas de cinema de Macau. Aquela onde ainda se pode ir é a sala 2 do cineteatro, porque aí ninguém atende os telemóveis nem se pode comer.
A sala da Torre quando o filme já la está há 1 semana e não é muito "comercial" também não é uma má opção.