domingo, 14 de junho de 2009

Variações morreu há 25 anos


Passaram ontem 25 anos da morte do cantor-autor António Joaquim Rodrigues Ribeiro, mais conhecido por António Variações. Nasceu a 3 de Dezembro de 1944 em Fiscal, Amares, distrito de Braga. Foi jovem para Lisboa e trabalhou num escritório. Serviu na Guerra Colonial em Angola, e quando regressou foi para Londres trabalhar como lavador de pratos na cantina de uma escola. Seguiu-se Amesterdão, onde tirou um curso de cabeleireiro. Regressou a Lisboa e abriu o primeiro salão unissexo do país, e uma barbearia na baixa. Entre os seus clientes figuravam algumas personalidades da cena musical portuguesa, que o ajudaram a dar os seus primeiros passos na carreira de cantor. Tornou-se conhecido do grande público no Passeio dos Alegres, programa de Júlio Isidro, onde interpretou o tema "Toma o Comprimido". Começou a actuar em bares de Lisboa, e gravou em 1982 o seu primeiro single, uma versão de "Povo Que Lavas no Rio", de Frederico Valério. Em 1983 gravou o seu primeiro álbum, "Anjo da Guarda", que contou com a produção e instrumentação de elementos dos GNR. Os singles "O Corpo É Que Paga" e "É P'ra Amanhã" tornaram-se os singles mais famosos do álbum, e os mais tocados nas rádios esse ano. Em início de 1984 gravou "Dar & Receber", que contou com a participação dos Heróis do Mar. Já bastante doente, fez a sua última aparição televisiva em Abril no programa "A Festa Continua". Em meados de Maio foi admitido com uma bronquite asmática no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, onde viria a falecer semanas mais tarde, no dia de Santo António. Foi a primeira vítima de SIDA em Portugal. Deixou vários singles por gravar, entre os quais "Muda de Vida", "Quero é Viver" ou "Maria Albertina", que foram regravados e lançados em 2004 pelo super-grupo Humanos, composto de David Fonseca, Manuela Azevedo (Clã) ou o fadista Camané.

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