José Calvário iniciou os estudos musicais em meados de 1956, praticando no piano. No ano seguinte, no Conservatório de Música do Porto, executou o seu primeiro recital e em 1961, com apenas dez anos de idade, deu o seu primeiro concerto juntamente com a Orquestra Sinfónica do Porto dirigida pelo maestro Silva Pereira.
Mudou-se depois para a Suíça, onde os pais queriam que se formassem em Economia. Em 1968, Calvário fez parte de uma Orquestra de jazz suíça. Fez parte também, dois anos depois, durante um breve período de tempo, de uma banda pop.
Em 1971 regressou a Portugal, mudando-se para a cidade de Lisboa. Na capital portuguesa, começou a trabalhar como arranjador e produtor. Com José Sottomayor foi o autor da canção "Flor Sem Tempo", interpretada por Paulo de Carvalho. O tema ficou em 2º lugar no Festival RTP da Canção desse ano.
No ano seguinte foi o autor de "A Festa da Vida" tema que Carlos Mendes levou ao Festival da Eurovisão, obtendo a nota mais alta que um músico português já tivera.
Colabora no disco "Fala do Homem Nascido, gravado em 1972 nos estúdios madrilenos Celada. O disco, com a poesia de António Gedeão, teve a participação de José Niza, Carlos Mendes, Duarte Mendes, Tonicha e Samuel.
É o autor da música de "E Depois do Adeus" tema interpretado por Paulo de Carvalho que venceu o Festival RTP da Canção de 1974 e que foi a primeira senha do 25 de Abril.
Em 1977 lançou o álbum "The Best Disco In Sound" em que adaptava clássicos como "Coimbra" e "Lisboa Antiga".
Lançou álbuns como "Saudades" (1985) e "Saudades Vol.2" (1986) em que contou com a participação da The London Philharmonic Orchestra (Orquestra Filarmônica de Londres)
É o dinamizador do Prémio Nacional de Música, associado ao Festival da RTP, que decorreu na Figueira da Foz. Depois trabalhou com Fernando Tordo no disco "Menino Ary dos Santos".
No ano de 1991, compôs o seu primeiro concerto para orquestra.
Com a Hungarian State Symphony Orchestra gravou o álbum "Mapas" lançado em 1996 pela editora Strauss. Grava um álbum com António Chaínho e a London Philarmonic Orchestra.
Foi autor da banda sonora do filme "Kiss Me".
Sofreu um acidente vascular cerebral em 14 de Novembro de 2008. Em Fevereiro de 2009 foi homenageado pela RTP durante o Festival RTP da Canção, com um bailado inspirado em algumas das canções com que concorreu ao Festival. A sua filha, visivelmente emocionada, recebeu uma longa ovação.
José Calvário faleceu a 17 de Junho de 2009, numa unidade de cuidados continuados em Oeiras.
Calvário deixou viúva e dois filhos, um dos quais menor.
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