A minha geração e a geração anterior à minha estão certamente recordados de uma espécie de "spaghetti western" que fez um enorme sucesso em Portugal. Terence Hill e Bud Spencer eram os reis das matinés de Domingo nos anos 70 e 80, e os filmes, produzidos em Itália apesar de não deixarem muito espaço à crítica cinematográfica, entretiam e divertiam, o que não deixa de ser importante. O filme "Chamavam-me Trinitá" (1970) e o sua sequela "Continuam a chamar-me Trinitá" (1971) marcaram uma época, e são ainda hoje lembrados com um sorriso. Realizados por Enzo Barboni, contavam, além de Terence Hill, com o seu companheiro de sempre, o massivo Bud Spencer. Era o que a malta na minha rua classificava como "um bom filme de porrada".
Terence Hill é o nome artístico de Mario José Girotti, nascido a 29 de Março de 1939 em Veneza. Segundo de três filhos de mãe alemã e de pai italiano, um químico. Na infância viveu na pequena vila Lommatzsch, Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Estreou-se no cinema aos 12 anos, e fez mais de quarenta filmes antes de encarnar a personagem de Trinitá. Estreou-se em Hollywood em 1977 no filme "March or Die", ao lado de Gene Hackman, Catherine Deneuve e Max von Sydow. Foi Lucky Luke no filme de 1990, e na série televisiva que durou até 1992. Voltou a Itália, e foi o personagem principal da série "Don Matteo", de 2000 até 2008.
Bud Spencer nasceu Carlo Pedersoli em Nápoles, a 31 de Outubro de 1929. Conhecido pela sua moldura física (1,94 metros, chegando a pesar 130 quilos), Spencer é o verdadeiro homem dos sete instrumentos. Foi nadador olímpico, e tornou-se o primeiro italiano a nadar 100 metros em menos de um minuto. esteve nos Jogos Olímpicos de Helsínquia, em 1952, chegando às meias-finais nos 100 metros estilos. Além de actor, é músico, compositor, escritor, jurista e desenhador de moda (!). Estreou-se no cinema em 1959 e celebrizou-se ao lado de Terence Hill nos filmes "Trinitá". Fizeram 19 filmes juntos. A solo Spencer conheceu algum sucesso com os filmes "O Xerife e o menino do espaço" e "Banana Joe", que fazem parte do meu imaginário infantil. Em 2005 foi conselheiro político em Lazio pelo partido Forza Italia. Na altura disse "Na minha vida ainda só não fiz três coisas: ser bailarino, jockey e político. Como estou muito velho para as outras duas, escolho a política".
1 comentário:
Anónimo
disse...
Enganaram-me bem. Talvez pela estupidez dos filmes, cresci a pensar que eram norte-americanos.
1 comentário:
Enganaram-me bem. Talvez pela estupidez dos filmes, cresci a pensar que eram norte-americanos.
Enviar um comentário