terça-feira, 9 de setembro de 2014

Suminho (tentativa de humor negro)



A população da localidade de Pousa, concelho de Barcelos, distrito de Braga, Portugal, Europa, Terra, Sistema Solar, Via Láctea, Superaglomerado de Virgem, Universo (caso queiram escrever e que a carta vá lá ter de certeza), está...pera aí, está o quê? Ah, pois! Está chocada, é isso. Porquê? Porque não podem ir ao cemitério, que fede a cadáver. Sim, isto pode parecer normal mas não é, pois normalmente os "presuntos" que estão lá depositados ficam numa caixa quase dois metros abaixo do chão, tapados com terra e na maior parte dos casos com uma lápide por cima, portanto é preciso ser mesmo chato para dizer que ali "tresanda a mortos". Só que neste caso, lá está, o cheiro vem de um jazigo de família, que uma coisa que parece uma capelinha e onde ficam famílias inteiras a decompôr, onde uma mulher que morreu em 2009 está a escorrer molho. É mesmo, a morta está com um problema de "liquidez" (ah!), anda a deixar escapar os fluídos, tornando o ar pestilento. Mas isto é normal, ou mais uma daquelas coisas de que acusam os mortos que é para não castigar ninguém? Não é normal, não senhora, pois o "fenómeno" deve-se a um chico-esperto que resolveu colocar o caixão da defunta na vertical! Imagino o burgesso, bêbado durante o funeral a depositar lá a urna de pé e a exclamar "assim cabem mais, f..-se!" e depois virando-se para os netos da de cuja a grunhir: "os pequenotes num querem bir tãobem?". E depois ria, exibindo a boca desdentada enquanto se fazia a um naco de broa. As pessoas estão aborrecidas, revoltadas, até, pois ali não há cinema e ir ao cemitério é uma actividade concorrida, só o cheirete vai até à capela. Que chato, então mas porque é que não resolvem o problema, e mandam lá um desgraçado qualquer que depois fica arrependido de não ter completado o ensino secundário para limpar o esguicho da morta? Porque segundo o presidente da junta (eue...é que soue...o prusidentajunta) Arnaldo Sousa, "o jazigo é privado e os familiares da falecida estão em Angola". Pronto! Já cá não está quem falou! Violar a lei é que não pode ser, que depois quando a família da morta com os canos rotos for visitá-la, ela conta-lhes tudo! Assim olha, vão lá ao cemitério fedorento, e se quiserem podem ir antes de almoço, que pode ser que abra o apetite.

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