quarta-feira, 29 de maio de 2013

It's a Barbie Girl, in a Barbie world


Uma boneca Barbie é uma prenda que qualquer menina gostaria de receber, e ser uma Barbie é o sonho de muitas meninas grandes. Ser bonita, rica e socialmente aceite é uma perspectiva que poucas jovens rejeitariam, e a boneca da Mattel que vem apaixonando gerações é uma espécie de símbolo desta ambição, por mais superficial que aparente ser. Foi com o objectivo de realizar esse sonho, mesmo que por alguns instantes, que abriu em Berlim a primeira casa da Barbie em tamanho real, atração localizada a alguns metros da Alexanderplatz, na área comercial da capital alemã. Nesta casa decorada ao estilo de uma mansão de Malibu, as mais pequenas podem vestir-se como a sua boneca preferida, cozinhar bolinhos e dar uma voltinha na “passerelle”, tudo pela módica quantia de 20 dólares (160 patacas). Um deleite para os anjinhos mais queridos do papá e da mamã. Quem não concorda com este sonho cor-de-rosa são as feministas alemãs, que marcaram presença na inauguração da casa e demonstraram a sua repulsa pelo que consideram uma ideia “sexista” e “um insulto à condição feminina”. As centenas de manifestantes ostentavam cartazes onde se liam slogans do tipo “Deixem as vossas filhas ser inteligentes e não apenas bonitas”, ou com algum humor “Barbie: não faças apenas bolinhos, come-os também” Alguns manifestantes (entre os quais muitos homens) excederam-se e queimaram bonecas e casas modelo da Barbie, o que levou à mobilização de um contingente policial no sentido de evitar que casa “real” com a área de 2500 metros quadrados levasse o mesmo fim. Entretanto foi criada no Facebook a página “Ocupem a Casa da Barbie”, inspirado no movimento “Ocupem Wall Street”, e que conta já com quase 3000 likes. Um dos seus autores lamenta-se dizendo: “Caso fosse real, a Barbie seria uma anoréxica e a sua vida seria passada dentro do carro à espera do Ken”.

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