quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A invasão dos mortos vivos (de duas rodas)





Uma das coisas que reparo quando ando a pé aqui perto de casa é a quantidade de motociclos estacionados em toda a parte. É mesmo por toda a parte: em cima dos passeios, às portas das casas, das lojas, à porta dos templos ou no meio do caminho. Há pessoas que têm que andar vários metros quanda saem de casa para atravessar a rua. Outras colocam estrados à porta das lojas para poderem ter um caminho por onde sair. Há portões onde é virtualmente impossível chegar dado a quantidade de motas estacionadas no caminho. Há pátios onde as motas ocupam 70% da área descoberta. Desconfio que há pessoas que estacionam os motociclos dentro de casa, tantos são os que estacionam dentro do prédio.

Enfim, é motas por toda a parte. Até dava um filme de terror engraçado se as motas ganhassem vida e começassem a revoltar-se contra os seus amos humanos. Pelo menos aqui no meu prédio, há uma família de quatro onde todos têm o seu motociclo. Eu tive um motociclo. A minha mulher tem um motociclo, que empresta à prima. Tenho um amigo que tem três motociclos. Conheço vários que têm dois. “Ele e a namorada” têm cada um as suas duas rodinhas.

O problema é que parece que aí há um par de aninhos passou uma tal lei, ou código, ou qualquer coisa que não se percebeu muito bem, que depois de tanta insistência por quem de direito que fosse cumprida, não o é de todo. As pessoas continuam a conduzir e a falar nos telemóveis, as motas continuam a estacionar umas em cima das outras, e qualquer dia começam a estacionar em cima das cabeças das pessoas.

Quando o IACM proibiu (e bem) os caixotes de fruta em cima dos passeios, os comerciantes aderiram à ordem, até cair no esquecimento. Hoje é outra vez a moda dos pontapés no caixote, e a “dura lex” é agora uma recomendação que passa naquele hilariante bloco de anúncios antes do Telejornal. E o que é feito daquele anúncio do “Anjo! Não gozes comigo!”?

2 comentários:

Anónimo disse...

Hey Leo! Não se preocupe que com o metro que praí vem, lá se vão as motinhas.

AA

Anónimo disse...

Se os carros podem estacionar nos silos, porque nao as motas. O que e' preciso e' uma lei e multa forte.