terça-feira, 15 de dezembro de 2009

I ♥ HK


Como sou um gajo mesmo bonito, modéstia à parte, tive muitas namoradas. E giras, também. Algures durante os anos 90 tinha uma namoradinha lá em Hong Kong, o que me fazia lá ir passar alguns fins-de-semana. Fiquei satisfeito com a experiência, uma vez que fiquei a conhecer bem essa maravilhosa cidade, pérola do oriente. Em Portugal a maioria das pessoas conhece Hong Kong da televisão, e acha no mínimo “interessante”. Lanço aqui um repto ou um réptil: se tiverem umas massinhas juntas e quiserem vir passear à Ásia, não se esqueçam de inserir HK no itinerário. Não se vão arrepender.

Mas então voltando à namorada, nunca estive com ela em Macau. Não queria vir a Macau, achava mau, terra de mafiosos e tiros a toda a hora, como ela me dizia “in Macau many people die by the bullet”. Uma frase interessante, que me ficou na memória. Escusado será dizer que a relação andava a sair cara, pois além dos bilhetes de jetfoil, tinha ainda que deixar uma nota preta nos hotéis, uma vez que ela vivia com os pais e uma irmã. Foi a única namorada honconguense que tive, mas posso dizer que aprendi muito com a experiência.

E isto a propósito da ideia que as pessoas de Hong Kong, especialmente os mais jovens, têm de Macau. Não é só nos filmes e nas novelas, onde Macau se apresenta como uma cidade antiga, misteriosa e atrasada, mas também nas mentalidades que a malta de Hong Kong é diferente de Macau. No âmbito das rivalidades regionais, viver em Hong Kong e vir a Macau é como viver em Lisboa e visitar a Buraca. Ou viver em Almada e visitar a Trafaria. Com as devidas distâncias, claro.

Quando nos visitam nos fins-de-semana, os hongconguenses visitam monumentos, igrejas, casinos (os que gostam) e comem “onde é bom e barato”. Comem principalmente naqueles restaurantes “portugueses” que dão um mau nome à comida portuguesa, com aqueles pastéis de bacalhau que são 99% batata e coentros, ou aqueles “pastéis de nata” feitos com a inglesa custard. Vêm a Macau com a barriga cheia, provavelmente cansados com a qualidade de vida que usufruem do outro lado do Rio das Pérolas, onde toda a gente é simpática, fala inglês, os autocarros chegam a horas, os polícias são prestativos e trabalham bem, enfim, vêm à aventura.

Uma vez estava a jantar num conhecido restaurante português digno desse nome, e na mesa ao lado estava um jovem casal de Hong Kong. Os dois juntos não pesavam mais de 100 kg, mas pediram ameijôas à Bulhão Pato e camarões cozidos para a entrada, e depois um arroz de marisco que dava para quatro pessoas e um cozido à portuguesa com direito a tudo. Tudo isto acompanhado de uma garrafa de branco e outra de tinto, das grandes, e eles nem tinham ar de quem bebia. Não me detive e perguntei-lhes se pensavam em comer aquilo tudo. Meio envergonhados pela figura ridícula que faziam (parecia um banquete de casamento), explicaram que não, e tal, e “só queriam provar”. Provavelmente nem se sentiram enganados, pois em Hong Kong uma refeição para duas pessoas num restaurante espanhol, por exemplo, nunca fica por menos de mil paus. E as doses são pequenas.

Outra particularidade dos turistas da RAEHK é o apetite pelo nosso “chu-pa-pao”, uma sandes de costeleta de porco. Os turistas do nosso território vizinho perdem metade do Domingo em filas para comprar este pitéu numa conhecida tasquinha da Taipa, onde é produzido em condições de higiene no mínimo duvidosas. Pergunto eu: em Hong Kong não há papos-secos e costeletas de porco? Apesar da população de Macau não simpatizar muito com a malta de Hong Kong, apesar de muitos terem lá familiares e tudo, seria ruinoso para a economia se deixassem de vir. Certo, os turistas da China continental são a maior fonte de receitas, com os casinos e afins, mas o que seria do pequeno e médio comércio sem os nossos amigos de Hong Kong? Espero voltar a visitar a ex-colónia britânica em breve, para respirar um pouco mais de civilização, que tanto ar do campo está-me a deixar sem ferro. E como sempre, tenho a certeza que serei bem recebido.

19 comentários:

Anónimo disse...

Outros tempos. Agora é em Hong Kong que "many people die [ou quase] by the acid". Raramente lá vou, acho que tem mais fama do que outra coisa. Só mesmo uma namoradita é que me faria lá ir mais frequentemente. Já quanto ao pessoal propriamente dito, podem ser os chineses do continente que deixam cá mais dinheiro (e isso faz-nos falta, sem dúvida), mas também são os que vêm dar um péssimo ambiente a isto. A malta de Hong Kong sempre tem mais nível, disso não há que duvidar.

Anónimo disse...

Em cinco anos comi mais de 30 gajas chinesas de hong kong. Cerca de 90% delas vinham passar os fins-de-semana a minha casa, sem eu nunca ter posto os pes em Hong Kong depois de as conhecer. Leocardo, aprenda com quem sabe!

Anónimo disse...

Ó anónimo, isso sim é qualidade de vida! Infelizmente, não posso fazer o mesmo, que a minha mulher não ia achar muita piada.

Anónimo disse...

oh leocardo para ter namoradas não é preciso ser bonito,basta ser RICO,eu falo por experiencia propria,sou feio que nem uma porta,careca e consigo ter as namoradas que quero,basta mostrar que sou rico e já está,as gajas já não te largam.alias o que não falta em macau são estes gajos feios com namoradas ou mulheres bonitas.Mas claro são ricos

Anónimo disse...

Foda-se! Finalmente algum sentido de humor nos comentários do blogue. Os obtusos do costume não falam de gajas....

Anónimo disse...

Se calhar têm medo que seja ilegal falar de gajas...

Anónimo disse...

ainda bem que o paneleiro de manel não está cá para comentar gajas

Anónimo disse...

Quem me chama?
Desculpem, mas eu sou do Leocardo. Gosto muito dele.

Beijos nas nalgas para todos e um especial para o meu Leozinho.

O vosso manel

Anónimo disse...

Para o meu mais que tudo:

«Gosto muito de te ver, leozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leozinho

Para desentristecer, leozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho

Um filhote de leão raio da manhã;
Arrastando o meu olhar como um ímã...
O meu coração é o sol, pai de toda cor;
Quando ele lhe doura a pele ao léu...

Gosto de te ver ao sol, leozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba

Gosto de ficar ao sol, leozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar»


O teu manel

Anónimo disse...

ó segundo anónimo, só 30? Dedique-se antes às indochinesas, que são mais dedicadas e fodem bem melhor, meu caro...

Anónimo disse...

"Beijos nas nalgas para todos..." "O vosso manel"???

Bem, parece que o manel ja nao é so do Leocardo...mas de todos nós! Nao sei porque mas isso deixa-me um bocado preocupado!

E que tal mais um post dedicado ás gajas para aliviar?? Anda lá, Leocardo!!!

Anónimo disse...

"I ♥ LEO"

Anónimo disse...

Desculpa querido! Não assinei o comentário anterior.


O teu manel

Anónimo disse...

Não se preocupe simpática das 07:36. Só tenho olhos para o meu Leozinho.

Cumprimentos,

Manel

Anónimo disse...

Lambe-botas e fazedor de bicos, como aparenta ser, ca para mim o Manel é batraquio, va-se la saber porque!

Anónimo disse...

Oh anonimo das 6:41 de 16 de Dezembro, sim cerca de 30 chinesinhas de hong kong. Para mim, a melhor cona do mundo eh de Hong Kong, sem duvida alguma. Indochinas? tambem ja tive a minha dose, bem como de fifis, mongois (sem querer meter-me no reinado do sapo, porque eu nao pago pra foder), russas, etc, etc.

Anónimo disse...

Pois... Tanta nacionalidade, não deves é pagar pouco.

Anónimo disse...

Oh rica das 10:15, sua invejosa! A amiga tem de resolver essa aparente aversão ao anfíbio. Veja lá isso, querida. Olhe as suas rugas...

Manel do leozinho

Anónimo disse...

O Manel eh um batráquio, tem dois olhos verdes e nenhum pelo, la la la la la la la!