sábado, 6 de abril de 2013

Penalty! Racismo na grande área!


Eto'o faz birra e vai para casa. Não brinca mais com "racistas".

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, deu o dito por não dito e tem agora “dúvidas” sobre a eficácia dos castigos que pensa impôr aos clubes cujos adeptos sejam acusados de comportamentos racistas. O alegado racismo de alguns adeptos são actualmente punidos com multas pecuniárias aos clubes ou à realização de jogos à porta fechada – o Leixões, da segunda liga portuguesa, foi recentemente punido com esta medida. A ideia para combater este “flagelo” passa agora por retirar pontos ou suspender jogos. Blatter desconfia que essa medida poderá levar adeptos mal-intencionados a organizarem-se de forma a manipular resultados, obrigando a suspender partidas cujo desfecho não se preveja favorável.

Esta fixação pelo racismo no futebol é uma autêntica patetice. Os culpados desta caça às bruxas são os ingleses, um dos povos mais racistas do mundo mas que acusar os outros de racismo. Uma coisa são os símbolos fascistas, as suásticas e as saudações Nazis nos estádios, que devem ser proibidos, claro. Outra coisa são os “barulhos da selva”, expediente usado por alguns adeptos mais embrutecidos para intimidar os jogadores de origem africana ou de tez mais escura. Isso não é racismo. É no máximo deselegância, falta de educação, maus modos. Nunca racismo. Mesmo nos jogos que ia assistir no Montijo alguns adeptos da casa brindavam os jogadores de cor da equipa adversária com alguns desses sons da selva, e nem por isso os jogadores africanos do Montijo ficavam ofendidos. Não faz sentido ser racista e insultar apenas os jogadores negros do adversário.

O que é mesmo racismo é a discriminação no acesso ao emprego, à educação ou à assistência social a pessoas de etnia diferente. Racismo são as atitudes de violência, de segregação, de perseguição e preconceito. Racismo é suspeitar de alguém ou acusá-lo sem provas apenas porque é diferente. E isto em aspectos da vida muito mais importantes que o futebol. Os adeptos que imitam um gorila com o intuito de melindrar um jogador (e alguns imitam bastante bem, o que é muito suspeito) fazem-no no calor do jogo. O futebol é um desporto que desperta paixões e leva por vezes a comportamentos no limite do racional. O que sugere o senhor Blatter para resolver o “problema”? Um polícia a fazer de ama para cada adepto, para ter a certeza que este não grita como o Tarzan? Tenho uma sugestão: e que tal marcar "penalty" quando um adepto for "racista"?

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