sábado, 4 de abril de 2015

O Don Juan de Hunan - 湖南情聖


Aqui está mais uma prova de que os chineses começam a adoptar muitos dos hábitos decadentes e práticas promíscuas próprias dos ocidentais (desculpem a linguagem, mas instalei há pouco a aplicação para "smartphone" lançada por Xi Jingping, e que contém o seu pensamento político). A verdade é que no tempo de Mao este jovem na imagem teria à sua espera uma vala comum, que repartiria com outros da sua laia. Mas Mao já não está entre nós e a epidemia da sífilis foi controlada, só que mesmo assim fica-se curioso com a "ginástica" que foi necessário em termos de agenda para dar conta de tanta...tanto...hmmm...passemos à história. O jovem de Changsha, província de Hunan, e que se sabe apenas ter o apelido Yuan, esteve envolvido num acidente de automóvel no último dia 24 de Março, do qual resultaram ferimentos ligeiros, que mesmo assim lhe valeram um dia e meio de internamento hospitalar - deve ter dinheiro, portanto. Como é habitual em situações desta natureza, o hospital contactou a "família", e aqui fico sem saber o que os médicos na China entendem por "família", pois ao saberem do acidente, apareceram logo e sem demora as 17 (dezassete) namoradas do sinistrado. Isso mesmo, este Yuan é o Casanova, Don Juan, Romeo, Rodolfo Valentino, só que heterossexual, da China moderna, e estas foram apenas as que foram ao hospital, pois é possível que existam outras.

Ao saberem que do acidente não resultaram danos maiores (quase aposto que quiseram inteirar-se da integridade do...pois, isso), a atenção das jovens passou para...as outras, e se na estrada não houve consequências de maior para Yuan, ali deu-se um choque em cadeia, com muitos orgulhos deixados muito mal tratados. Uma das mulheres diz que "não fazia ideia" de que o namorado tinha outras - a expressão correcta seria "que o namorado fazia colecção" - e a relação de ambos "já tem um ano e meio". Eu diria antes que "tinha", e que em termos de relação deixa muito a desejar: ou ela tem uma vida profissional muito intensa, ou é muito burrinha. Inclino-me para a segunda possibilidade. Outra diz que depois de saber que detinha apenas o marmanjo em regime de co-propriedade com outras 16 diz que "já não está apaixonada". Ah mulher de armas, que não aceita ser tratada como um objecto, ou uma comodidade. MAS, e agora o "mas", fica sem saber "o que fazer com o filho de ambos", que diz "ser o seu maior tesouro". Ora essa, não dá para o devolver ao remetente, portanto em vez de te armares em cara, acena com o puto para obter o exclusivo do pedaço - e não finjas que não isso que queres, ó tonta. Nas redes sociais do continente choveram comentários, alguns elogiando a virilidade do "artista", e outros mais críticos, com destaque para os que diziam que as mulheres "deviam ter sido mais espertas". Sim, isso também me ocorre, mas não seria estar a pedir muito? Sem ofensa, minhas senhoras, contra factos, não há argumentos.

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