sábado, 8 de junho de 2013

Pedinte: uma carreira com futuro


O "escritório" do sr. Wright.

Já todos ouvimos histórias mirabolantes sobre arrumadores de carros que auferem um rendimento mensal superior a muitos professores e outras profissões esforçadas e honestas, mas esta ultrapassa os limites do razoável. A polícia londrina deteve um pedinte que alegadamente facturava 50 mil libras por ano graças à simpatia dos transeuntes na capital inglesa. Convertendo na denominação local, são mais de 600 mil patacas por ano, qualquer coisa como 50 mil patacas por mês – quase tanto como um chefe de departamento, e ainda por cimo “limpinho”, sem descontos. Simon Wright, de 37 anos, ganhava assim a vida no metro de Londres, onde passava grande parte do dia a pedir trocados aos utentes, até ser detido na estação de Putney Bridge. De acordo com a polícia britânica, que vinha investigando Wright há algum tempo, este sentava-se com um copo e um cartaz onde se lia que era um sem-abrigo. Quando o copo ficava cheio, convertia os trocos em notas na casa de apostas mais próxima. Wright arrisca-se agora a uma pena de prisão até cinco anos por fraude, visto que o “sem-abrigo” vive afinal numa casa com um valor estimado em 300 mil libras (3,6 milhões de patacas). O pedinte aparentemente abastado defende-se dizendo que “não tem nada na vida, a não ser uma dívida de 2 mil libras”. Perante as acusações de que pedia de forma agressiva, Wright diz que já era conhecido pela sua simpatia, e que é “um dos poucos que não pede bêbado”. Pois é, simpático ou não, o senhor arrisca-se a ir parar a um outro “posto” onde não vai ver os trocados a cairem-lhe no copo. Lixaram-te o esquema, rapaz.

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