sábado, 15 de junho de 2013

Garçon? Esta puta não presta


Os óculos ficaram em casa.

Os leitores do sexo masculino que são familiares com os meandros do sexo pago já se deverão ter arrependido de alguma transação menos bem conseguida. As aparências iludem, e por vezes o que parece prometer um momento bem passado acaba num fiasco que nos faz arrepender não ter ficado em casa com a respectiva Maria ou num dos muitos websites que convidam à auto-gratificação, que apesar de ser um acto solitário, sempre fica mais em conta. Mas um homem em Solihull, Birmingham, no Reino Unido foi mais longe. Quem sabe se inconsciente da natureza das suas acções, o indivíduo reclamou junto das autoridades de uma prostituta que considerou “feia”. A convicção foi tanta que chegou ao ponto de ligar para o número de emergência, o 999, queixando-se do service e da aparência da professional do sexo que requisitou. Segundo o relatório policial, o queixoso conduzia o seu automóvel quando recolheu na rua a prostituta e convidou-a para entrar, e de acordo com o próprio “foi enganado pela sua aparência convidativa”. Depois de uma observação mais cuidada, arrependeu-se, e depois de a confrontar com a sua insatisfação, a profissional ficou ofendida, tirou-lhe as chaves do carro, atirou-as na cara e desafiu-o a chamar a polícia. E assim foi: o cliente traumatizado chamou as autoridades e alegou o “Sale of Good Acts”, uma legislação datada de 1979 que protege o consumidor e obriga os comerciantes a providenciar um produto ou serviço de acordo com a descrição dos mesmos. Convencido de que estava realmente a ser prejudicado, o indivíduo só caíu na real quando lhe foi explicado que incorreu numa actividade illegal no momento em que requisitou os serviços de uma prostituta. A “brincadeira” pode valer-lhe agora uma pena até seis meses de prisão, pois além de “andar às meninas”, é acusado de uso indevido do serviço de emergência. O sargento Morgan, da polícia local, comentou o caso de forma muito diplomática, dizendo que “a prostituição é uma profissão que envolve muito riscos, e a vulnerabilidade de uns é aproveitada por pessoas mal intencionadas”. Faltou acrescentar que o que não falta são malucos neste submundo. Como este exigente "consumidor", por exemplo.

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