quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um lamentável acidente, e só isso


Não há dor maior do que perder um filho, e foi isso que uma pobre mãe de Macau sentiu no último Domingo, Dia da Mãe, quando o seu filho encontrou a morte enquanto brincava num campo desportivo perto da Barra. O jovem jogava futebol com amigos e foi buscar a bola quando esta saltou por cima da vedação, tendo caído ao mar e morrido afogado. O jovem de 14 anos estudava no Instituto Salesiano e não sabia nadar.

Um grupo de cidadãos através manifestou o seu desagrado pela localização do campo nas redes sociais, e à sua voz juntou-se a do deputado do Novo Macau Democrático, Paul Chan Wai Chi. Aponta-se o dedo ao IACM, pelo facto do campo não ter uma rede superior que impedisse os objectos de saltar para a estrada ou para a água. Outras queixas incluem o facto do campo estar localizado à beira de uma auto-estrada, longe da zona residencial, mil e uma coisas. Queixas que o IACM alegadamente terá ignorado.

Perdoem-me se estou aqui a fazer de advogado do diabo, mas e a responsabilidade da vítima neste caso? O jovem foi buscar uma bola de futebol perto da água, sem saber nadar, caíu e morreu afogado. Um lamentável acidente, pois como ninguém o empurrou nem cometeu suicídio, trata-se certamente de um acidente. Acontece, a claro que afecta muito mais a família e os amigos do infeliz acidentado. Um rapaz de 14 anos não é propriamente um bebé, e talvez esta não tenha sido a única vez que cometeu um acto arriscado, e teria o discernimento de não o fazer. Julgou mal e teve azar.

Sabemos como é difícil aceitar uma perda desta dimensão nestas circunstâncias, mas não podemos começar a apontar o dedo às instituições, ao Governo ou ao vizinho do lado. Um campo desportivo público, como é o caso, fica sempre perto de qualquer coisa: da água, da estrada, de um bairro, de um esgoto, de um jardim frequentado por toxicodependentes, qualquer coisa. Solução: que não se façam mais campos desportivos? E nunca vi um campo desportivo ao ar livre com uma rede superior. Uma gaiola com criancinhas em vez de passarinhos? Está no YouTube um vídeo muito comovente sobre o acidente, que pode ver aqui. (em cantonense).

5 comentários:

Anónimo disse...

Hoje em dia é assim, a culpa é sempre de quem constrói as infra-estruturas porque as construiu. Se não construir, é uma vergonha e tal, e também tem culpa. Por muito que custe perder um filho, só posso mandar esta sociedade moderna de queixinhas para o caralho.

Anónimo disse...

E que culpa tem a sociedade do puto ser burro e ter saltado para o mar para buscar a bola,sabendo ele que não sabe nadar??Com 14 anos não deve ser nenhum atrasado mental.Uma vez estive eu jogar a bola com meus amigos,no terraço da minha casa que tem 3 andares e a bola foi parar a rua,será que eu tinha que saltar do terraço a rua para buscar a bola???E depois ia culpar quem?O gajo que mandou connstruir o prédio???

Anónimo disse...

Segundo a lógica local teria de culpar o gajo que construiu o prédio e o gajo que pavimentou o passeio onde caiu pois não o almofadou sabendo que era perfeitamente possível a alguém cair e magoar-se. Neste caso, não percebo como é que ainda não culparam a SAAM que deixou o lago encher-se de água.

Anónimo disse...

E os bombeiros também têm culpa, que não estavam lá para o socorrer no momento em que o puto se meteu na água...

Anónimo disse...

A culpa foi do Sócrates !!!