quinta-feira, 3 de março de 2011

Feissebuquem lá isto


Certamente que os leitores estão fartos de ouvir histórias de pessoas que perderam o emprego por falar mal do chefe no Facebook. Tem piada, mas teria certamente mais piada se não tivesse por vezes um efeito devastador na vida das pessoas que por cinco minutos foram motivo de chacota, mas vão precisar de procurar outro emprego para sobreviver. O pior é quando conhecemos pessoas que fazem disparates semelhantes, e com que temos que conviver no dia a dia.

Há pessoas que gostam de partilhar os pensamentos mais hediondos no Facebook, os seus estados de espírito, aproveitam para falar mal disto e daquilo, sem saber que podem estar centenas ou milhares de pessoas mal intencionadas a ler. Quando alguém diz no seu perfil que se está a sentir deprimido, homicida ou suicida, estará realmente à procura do tipo certo de apoio? No mínimo aparecem meia dúzia de chico-espertos a encorajá-lo a fazer um disparate.

O Facebook é cheio de letras e de caras, mas tem tanto calor humano como enfiar a pila na tomada USB (ou a pen na vagina, caso seja fêmea). É incrível ver como há pessoas que sofrem um desaire pessoal venham contar isso no Facebook antes de contar, sei lá, à família? Aos amigos? Ao psiquiatra? Como diz naquela opção das relações (já lá vamos), it’s complicated.

O mais tétrico é ver pessoas a partilhar a agonia ou a morte de um familiar na rede social. Apoio que se divulguem campanhas humanitárias ou outras no Facebook, fazendo deste um média de divulgação de informação, e isso é sempre positivo. Contudo não me imagino a partilhar a minha agonia e dor com pessoas que muitas delas conheço mal (e com os amigos dessas pessoas, que nem conheço). Não me levem a mal, não estou a dizer que isto é estúpido ou mau, mas simplesmente não faz o meu estilo. Não me imagino a fazê-lo, como já referi.

Há pessoas ainda, normalmente jovens e irresponsáveis, que se casam e descasam a toda a hora no Facebook, com aquela coisa do “is in a relationship with”. Porque carga de água havia alguém de querer saber com quem andam? Imagino a trabalheira que deve dar cada vez que se muda de um namorado para o outro. Apagar aquelas fotografias todas para que o actual arrendatário do pénis ou da vagina não se lembre do locatário anterior.

Se os meus filhos se lembram de porem lá que “estão numa relação com fulano ou outrana, tiro-lhes o computador e depois parto-lhes os dedos com uma porta e um martelo (isto até parece qualquer coisa saída do Facebook). Mas para quê andar a partilhar fotografias íntimas, beijos na boca com língua, tatuagens e piercings no umbigo e nos mamilos? Não me fodam.

No início pensava que o Facebook era para a malta partilhar fotos, links, vídeos, encontrar amigos, fazer novos amigos, etc, etc. A mim pessoalmente deu-me imenso jeito para encontrar amigos de que não tinha notícias há mais de vinte anos (uau!), ver as fotografias deles, dos filhos, muito comovente. Afinal também serve para as mais absurdas idiotices, e não me façam falar de como o tal Carlos Castrado conheceu o Renato Se-abra-com-o-saca-rolhas.

Um conselho grátis que vos dou é o seguinte: tenham sempre os vossos filhos no Facebook (os meus não se interessam, fui abençoado). O que não falta por aí é gente muito mal intencionada que gosta de ver fotografias de meninos e meninas, ler o que eles fazem, saber em que escola andam, quem são os seus amigos, e tudo isso.

Existe uma página muita gira que recomendo para quem gosta de rir com as desgraças alheias: o Failbook, que infelizmente apenas existe na versão inglesa. Tenho a certeza que a parvoíce e o disparate existem também em muitas outras línguas.

7 comentários:

Anónimo disse...

Há pessoas quem nem sabem que podemos escolher o grau de privacidade lá no perfil do facebook,depois admirem que que sejam "espiados" por outros.

Anónimo disse...

tas velho meu caro, como eu
n se entende esta nova geracao e a sofreguidao de quer dar noticias intimas aos outros

Anónimo disse...

Mas uma coisa eu tenho que agradecer e muito ao facebook,é que por causa do facebook,é que já comi muitas gajas boas.Obrigado Facebook,também conheci a minha namorada no facebook.Se eu podia viver sem o facebook?Podia,mas não é mesma coisa.

Anónimo disse...

Eu já comi muitas gajas boas mas foi graças a ter desligado o computador e ter saído para a "night". E quando calha, calha e pode ser na hora, que estamos ali frente a frente. Como é que se faz com as amigas virtuais do Facebook? Combina-se? E se estiverem muito longe, como é? E se tiverem mau hálito ou qualquer pormenor que não me atraia, isso dá para ver no Facebook?

Anónimo disse...

Oh anónimo das 10:47 pelas tuas perguntas parvas ve-se que não tens sucesso com as gajas.Nem no facebook nem na night nem em lado nenhum.

Anónimo disse...

Pelo contrário, se não tivesse sucesso é que precisava de andar à procura delas no Facebook.

Anónimo disse...

Com tantas gajas boas no facebook a espera de gajos,é preciso ser realmente muito burro um gajo não mandar mensagens privadas para tentar engatar a gaja.Adicionar gajas no facebook todos fazem mas é perde de tempo porque não vai dar em nada,agora se mandas mensagens privadas a dizer ah e tal que quero conhecer-te e tentar meter conversa com ela a ver se responde ainda tens hipoteses.