1) Diogo Amaral, um actor que desconhecia, esteve em Macau a filmar uma telenovela da TVI. Pode-se ler na última página no JTM de hoje uma notícia do DN: "Da Ásia gostou de tudo, mas garante que não é fã da gastronomia. 'A comida resolve-se ,mas há coisas que não sou capaz de comer: cão ou barbatana de tubarão'". No mesmo jornal, o seu director escreve num editorial: "O actor de uma telenovela da TVI (...) disse ao DN que gostou muito da RAEM, menos da gastronomia, porque, nas suas palavras 'não gosto de comer cão'. A gente não sabe se há-de rir ou chorar com tamanha idiotice. Onde é que raio, e quem é que deu cão a comer ao Diogo? (...)". Uma coisa que eu não percebi bem na notícia e no comentário: o Diogo disse que em Macau come-se cão? Dizer "não sou capaz de comer cão" significa que aqui come-se cão? E onde diz "Ásia", refere-se só a Macau? Já se sabe o que a malta em Portugal pensa da gastronomia da China (cf.
Vitalino Cãonas), mas não é obrigatório que todos venham viver para cá dez ou vinte anos para perceber bem que em Macau e na maior parte da China não se come cão. Tenho amigos e familiares chineses que pensam que em Portugal "só se come batata". Não é nenhuma "idiotice".
2) Miguel Senna Fernandes foi hoje entrevistado por Hélder Fernando na Rádio Macau. Gostei de ouvir o Miguel, que estreia no próximo fim-de-semana no âmbito do Festival de Artes a sua nova peça, "Letrado chapado", no dialecto maquista, o patuá. Concordo que se façam mais oficinas sobre o patuá, concordo que se crie uma disciplina opcional como currículo na Escola Portuguesa de Macau, concordo com tudo! Em frente Miguel, e boa sorte (ou "merda" na linguagem teatral) para Sábado e Domingo.
1 comentário:
É o problema das generalizações. Muita gente cá do "Puto", nomeadamente jornalistas, passa uma tarde em Macau e não tem vergonha de botar opinião sobre tudo e mais alguma coisa, nomeadamente das iguarias de que ouviu vagamente falar.
Também conheci gente que viveu e trabalhou anos em macau, mas como só fazia o percurso serviço, Hayatt, Clube Militar, nem sabe onde é o Fai-Chi-Kei ou o Iao-Hon.
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