A Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) da Polícia Judiciária deteve 12 indivíduos suspeitos de pertencerem a uma rede que usava os "casamentos brancos" para legalizar cidadãos paquistaneses. Entre os seis detidos que ficaram em prisão preventiva, no passado Domingo, encontra-se uma conservadora do Registo Civil de Gondomar.
Presume-se que a rede - que operava em Lisboa e no Porto - terá sido responsável, apenas em 2008, pela legalização fraudulenta de 300 cidadãos, na sua maioria paquistaneses, vindos do seu país de origem, mas também de vários estados da União Europeia, onde se encontravam em situação ilegal. Testemunhas falam de um cidadão de aparência 'marroquina' que aliciava transeuntes para ser testemunhas, chegando a oferecer até 50 euros.
Os proprietários de estabelecimentos comerciais da zona estranhavam a azáfama, e desconfiavam que os casamentos se destinavam apenas à obtenção da nacionalidade, mas pensavam que estava "tudo legal". Os 'marroquinos' (assim eram descritos os paquistaneses) chegavam sempre acompanhados de várias mulheres portuguesas. Quem lucrava - se bem que de forma honesta - com o negócio era uma florista perto da Conservatória. "Vinham aqui com as mulheres e elas encomendavam ramos de 10 euros", afirmou.
Mais um incrível caso de vigarice em Gondomar, município já tristemente conhecido pelas tropelias do major Valentão e as salganhadas do futebol. E desta vez até uma oficial de justiça foi 'dentro'.
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