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Os blogues dos outros
Seis meses depois de ter chegado a Macau, posso afirmar que me sinto completamente inadaptado a Macau e a tudo o que lhe está associado. Contrariamente ao que esperava, com o passar dos meses, continuo a não me identificar minimamente com Macau. Tudo me parece estranho, incluindo pessoas e os seus comportamentos. Veremos como será o futuro aqui por estas bandas…El Comandante, Hotel MacauAndo preocupado. Loureiro dos Santos asseverou que a instituição militar está descontente e que, inclusive, os militares mais jovens poderão empreender alguma acção mais irreflectida. Ora, eu tenho um enorme respeito pelos militares. Aliás, tenho um enorme respeito por todos quantos transportam armas, como é o caso dos ciganos da minha terra. Os militares, à falta de melhor para fazer, ou são pedreiros - v.g., às ordens do Comandante Eusébio Furtado, devemos-lhes a calçada portuguesa-, ou são revolucionários. Se fizesse parte do governo, daria a máxima atenção a estas indicações. Da última vez que não se fez a vontade a jovens militares descontentes...VICI, MACA(U)quicesNos EUA há agora preservativos com os rostos dos candidatos. Consta que a camisinha de Obama traz o slogan: “Use com sabedoria” e a pergunta “Quem diz que é necessário ter experiência?”. A versão McCain: “Velha, mas não vencida.” E a mensagem: “Testada na batalha, forte e durável, para aquelas ocasiões quando você precisa mudar de posição”. E se a moda pega, em 2009, por cá?Maria Inês de Almeida, Corta-FitasEm Portimão, Algarve, vai ser inaugurado um autódromo. Não sei se já repararam na publicidade pobre, diria mesmo, miserabilista que os responsáveis da empresa exploradora do autódromo têm produzido para a televisão. Para uma obra tão apregoada como possuindo uma grande envergadura e importância para o desporto motorizado dão a ideia que já foram à falência antes das luzes se acenderem para a primeira corrida. Os anúncios não têm qualquer categoria, são de um mau gosto atroz, não são apelativos e transmitem a ideia de que o novo autódromo anda a contar os tostões.João Severino, Pau Para Toda a ObraSe bem ouvi o presidente do BCP este banco vai recorrer à garantia do Estado em duas situações possíveis, se houver dificuldades no acesso ao crédito e se tal garantia lhe proporcionar juros mais baixos. Quanto à primeira situação não há dúvidas sobre a transparência do processo, o mesmo não se pode dizer da segunda. Se recorrer à garantia do Estado para obter condições mais vantajosas o BCP está a usar a garantia dada pelos portugueses para alcançar maiores lucros, já que esses juros são mais baixos porque o risco de crédito é nulo. Como é lógico o BCP alcança um ganho de competitividade que não só lhe permitirá obter vantagens em relação a outros bancos, como consegue lucros à custa dos portugueses. Será isto legítimo?Jumento, O JumentoUm homem tinha um cavalo. Inicialmente dáva-lhe uma ração completa até que um dia teve uma brilhante ideia. Decidiu reduzir a ração do cavalo, 5% de cada vez. Para habituar o cavalo. Foi reduzindo a dose. Um belo dia gerou-se uma discussão à volta desta técnica de habituar o cavalo. Algumas pessoas tentaram impedir o homem de reduzir a dose diária em mais 5%. Diziam que o cavalo poderia morrer. Outras argumentavam que 5% não poderia fazer qualquer diferença. A discussão repetiu-se várias vezes até que um dia o cavalo morreu de fome.João Miranda, BlasfémiasMiguel Esteves Cardoso disse há dias, numa entrevista, que o português gosta de ser mandado, ter uma chefia forte que mande nele. Dizia também que, a propósito da ASAE e da normalização Europeia, nos restaurantes e afins, os tugas gostam de se armar em bons, e correm logo a adoptar qualquer coisa que os burocratas de Bruxelas, gentilmente e generosamente, patrocionados por corporações amigas da malta, decidem a nosso favor. Qualquer dia somos todos iguais. Esta ideia, por exemplo, podia ser patrocionada pela Monsanto e amigos. Usa como demonstração, de não submissão a Bruxelas, os casos de Espanha e Itália, que dizem que sim e que tal, mas depois mandam-nos prá puta que os pariu e continuam com as suas tradições e costumes. Nós não, foda-se, nós temos a ASAE.Francis, O dono da lojaSócrates deu uma banalíssima entrevista a dois péssimos entrevistadores e recebeu miseráveis reacções da oposição e publicistas. Dizer que ele não pode ligar a situação nacional à crise internacional, que falhou na política económica e que não apresenta ideias novas, revela uma concepção da política que só sobrevive à custa da dissonância cognitiva. Depois desgostam-se com as sondagens, as alimárias.Valupi, Aspirina BO presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas abriu “guerra” à actualização em 2009 do salário mínimo nacional anunciada pelo governo, com a ameaça de que, se o aumento for para a frente, vai “determinar junto dos associados que não renovem os contratos”. Está em causa um aumento de 426 € para 450 €, ou seja, de 27 €. A ameaça abrange 43.720 trabalhadores com contratos a termo certo, de um total de 200.000 que auferem o salário mínimo nacional. Considero inqualificável a total ausência de sentido de responsabilidade social retratada nas palavras daquele responsável. O aumento pode gerar desemprego, mas abordar a medida da forma como o fez demonstra não apenas falta de tacto relativamente à justeza de um aumento ínfimo, mas também, do meu ponto de vista, uma imoralidade, por incitar publicamente à dispensa dos trabalhadores.Margarida Corrêa de Aguiar, Quarta Repúblicaimaginemos: um indivíduo nasce na madrugada de sábado para domingo à uma e meia da manhã. 45 minutos depois (após as palmadas, o choro e a lavagem automática) vai-se a ver e falece. certidão de nascimento: 26/10/2008; 01.30h. certidão de óbito: 26/10/2008; 01.15h. e então? nada, era só isto.João Gaspar, Last BreathJá li a entrevista de José Rodrigues dos Santos à revista Visão. Parabéns para a fotografia da capa, que é muito boa. Apesar de se notar que, devido ao problema do espaço ( A Visão não é vendida em tamanho A-2), tiveram que optar por mostrar apenas uma orelha. O José Rodrigues dos Santos, nesta entrevista, revela que tentaram matá-lo em Timor. Ui! Em Timor?! Grande coisa, eles fazem sempre isso. Mal chegamos ao aeroporto, tentam matar-nos e a seguir tentam convencer-nos a comprar-lhes sandálias. É um costume deles. Mas, a grande revelação do Zé, é que já esteve na Antárctida! e teve de usar luvas, óculos e um barrete (e dois termo-acumuladores em cada orelha) porque, diz o José, na Antárctida fazia, imaginem – até dez graus negativos! - Ui! Dez graus negativos na Antárctida, eu imagino o frio que não estaria nas Penhas Douradas. Dez graus negativos na Antárctida, que horror! aposto que não dava para entrar na água mais que a cintura. Ai, Zé, Deus te proteja a ti e às pessoas que praticamente não têm orelhas. Beijos no tímpano.João Quadros, O Mal está feito (outra vez)
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