sábado, 29 de novembro de 2014

(Imp)Revista da semana



Uma semana repleta de novidades, esta que tivemos em Macau. Uma das mais emocionantes tem a ver com o fim do monopólio da CTM no serviço de fornecimento de internet. Viva! Não sei se é motivo para festejar ainda, uma vez que já ouvimos esta conversa há quase um ano e meio, mas pode ser que sim, que seja desta: A CTM anunciou que pondera (finalmente) reduzir as tarifas e melhorar os pacotes. Isto só prova que o famigerado monopólio não existe por falta de alternativa ou pelo facto dos actuais concessionários estarem a providenciar um bom serviço; é assim porque é assim, serve os mesmos de sempre, e quem não gosta, não coma. Fique incomunicável.



Mais um que aparece para gozar com a nossa cara: o novo director do Hospital Kiang Wu diz que quer "limpar a imagem" daquela instituição, nomeadamente quanto ao que chama de "rumores" quanto ao hospital receber apoio financeiro do Governo da RAEm. Ou seja, vem-nos dizer que isto é mentira, que isto é uma falsidade ou ainda que isto é apenas uma ilusão. E de facto quem recebe este bodo é a Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, e a generosidade é toda a Fundação Macau, portanto TECNICAMENTE é verdade. E tecnicamente somos todos parvos, senão vejamos...



Uma turista japonesa pagou 1500 dólares de Hong Kong por uma corrida de táxi entre a Torre de Macau e o COTAI, sendo-lhe passada uma factura de 157 patacas, por uma corrida que normalmente ficaria por menos de 100. Apresentou queixa, e mais tarde desistiu por precisar de regressar ao Japão. O mais curioso foi o taxista infractor ter admitido que "sim, e depois?", o gajo "comeu a pinha" à tipa e o que vão vocês fazer quanto a isso? Se ele tiver oportunidade faz o mesmo já amanhã. Engraçada foi a reacção de Andrew Scott, da associação dos não-sei-quê que fazem de "Ghostbusters" dos táxis no Facebook. O "my friend" pensava o quê, que os taxistas iam-se sentir melindrados com isso?



Aqui ao lado em Hong Kong terminaram finalmente os protestos do movimento Occupy Central, que duraram dois meses mas rapidamente perderam o "gás". Confrontos com as autoridades, actos de vandalismo, como atirar lexívia do topo do edifício, e a detenção de alguns dos elementos do grupo foram o último estertor daqueles que reclamam uma versão muito própria de "democracia". Democracia, pois então...



Já em Portugal continua na ordem do dia a detenção do ex-primeiro-ministro José Socrates, para mim uma das melhores notícias dos últimos tempos, pois vem pelo menos dar alguma esperança de que a impunidade não anda afinal à solta da forma tão animalesca que se pensa. O que não consigo entender é a forma tão grave com que certas pessoas reagem ao mediatismo da notícia, ao ponto de protestarem em nome da presunção da inocência, etc.,etc.. P'la 'môr de Deus, pá. Um carteirista que se faz a cem euros, um traficante que lucra duzentos com uma transação ou um chuleco que saca 500 por semana das miúdas são escumalha, mas este espertalhão que andou a fazer-se durante anos a MILHÕES aproveitando-se de um cargo para o qual foi eleito pelos portugueses merece um "tratamento justo"? Nem sei como ainda continuam a dar para esse peditório. Tenham paciência...

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