sexta-feira, 11 de julho de 2014

As minhas férias em Pattaya - Parte I


Oláááá!!! Aqui estou eu a contar-vos como foram as minhas super-chiquérrimas, super-especiais e super-exclusivas juntamente com milhares de outros turistas pé-rapados com a mania das grandezas. Partilho assim estes momentos únicos que vivo pela 17ª vez com as pindéricas lá em Portugal que com algum jeitinho vão passar quinze dias no Algarve em Agosto, e é se não ficarem logo ali pela Caparica. Bem bom, oh, oh. E se não forem só molhar os pés ao Samouco já vão com sorte.


Quem é que ia imaginar que depois de dois terços da vida a levar na cachola por culpa própria, ia agora passear-me assim por estes lugares tão tipicamente característicos? Pois é...sou uma pessoa sentimental...apaixonada...o que me levou a tomar muitas decisões infelizes...isso e a iliteracia.


Não sei porquê, mas de repente lembrei-me que tenho que ir à depilação um destes dias...


Quando venho a Pattaya - que é sempre, pois falta-me a imaginação, a juventude e o espírito para conhecer outros sítios, até porque não falo outra língua que não o (mau) português, fruto de um processo de alfabetização disperso e errático - venho à Toscana, do Luca. O Luca viveu em Macau e era dono do La Torre, que actualmente é o La Gondola, na Praia de Cheoc-Van. Sabiam??? Aposto que não sabiam, pois não estão em Macau há tantos anos quanto eu, e isso faz de mim uma autoridade do caraças no que toca à história de Macau. Sou eu e o professor José Hermano Saraiva, com a vantagem de eu ainda andar por cá e ele não.


O Luca é um querido, e sempre que me vê diz sempre: Ecco che arriva questo noiosa di Macao qui pensi mi conosci da qualche. Não sei o que isso quer dizer, mas o italiano é uma língua tão romântica...Ó pra mim aqui com uma cerveja...alemã, ouviram? Eu não bebo cá zurrapas cumás Supéboques e afins.


E para comer pedi coelho, que está aí algures debaixo daquela mixórdia que parece cócózinho de bébé.


O Luca é também um vaidoso; vejam como deixou uma estátua sua de quando era novo no jardim do restaurante. Bem, lá pizzas grandes ele faz...


Comi que mal podia andar (pelo menos isso sempre vai servindo de desculpa), mas ainda arranjei um cantinho para um áres cófe. Estão a ver aqueles bonequinhos tão giros por debaixo do nosso ábaçadário? Aquilo são caracteres tailandeses! Aposto que não sabiam...se não fosse eu vocês morriam todos na ignorância, no mais profundo dos estupores. Vejam como eu me aventuro assim por estes sítios tão exóticos onde só vão mais 30 milhões de turistas por ano. Não é para qualquer um...Se eu soubesse escrever dedicava-me à literatura de viagens. O que não soubesse, inventava. É a minha especialidade!!!


E pronto, por agora é tudo. Vão para dentro, cuidado com os carteiristas, com os violadores e com o Governo de coligação, e faxam tudo o que xinhor polixia dix, xim? Senão levam tau-tau no rabo.

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