Na China, a grande maioria das pessoas prefere ter filhos em vez de filhas, mas não é o caso de uma jovem mãe na província de Yancheng, em Jiangsu. Xiao Meng, de 23 anos, deu à luz em Abril um menino a quem chamou Yaya, mas o seu grande desejo era ter uma menina. O mês passado, acometida de um acesso de loucura, entrou no quarto da criança com uma tesoura e cortou-lhe o pénis. A mãe de Xiao Meng, alarmada pelo choro estridente do bebé, correu até ao quarto e ficou paralisada de choque quando viu a filha com as mãos ensaguentadas, segurando o membro do neto. Yaya foi levado de urgência para o hospital, onde lhe conseguiram salvar a vida, e ainda reimplantar o pénis. Segundo os médicos, o pequeno cumprirá normalmente a função urinária, mas dificilmente dará outro uso ao orgão, pelo que fica condenado a uma vida de solidão. Os tribunais julgaram o caso rapidamente, e condenaram Xiao Meng a uma pena de cinco anos de prisão - muito pouco para a gravidade do delito, considera a opinião pública. Parece que é mesmo assim na China; o aborto é encorajado, quando não é forçado, a esterilização chega a ser compulsiva, e o infanticídio tolerado. O preço que se paga pelo controlo da natalidade.
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