quarta-feira, 24 de abril de 2013

Fazer o bem (olhando a quem)


O mais recente sismo na provincia de Sichuan, na República Popular da China, gerou a habitual onda de solidaderiedade na RAEM. As imagens das vítimas que perderam familiares e propriedade são de partir o coração, e apelam à contribuição de modo a amenizar a dor. O problema é sempre o mesmo: será que a contribuição de instituições governamentais, empresas e particulares chegam a seu destino? O que se perde pelo caminho? Quanto das 100 patacas do cidadão comum chegam ao destinatário? E porquê? O Governo da RAEM accionou um plano de emergência após a tragédia do ultimo fim-de-semana, disponibilizando um total de 100 milhões de patacas. Dinheiro do erário publico, portanto em nome de toda a população, e uma soma bem avultada, diga-se de passagem. Para onde vai todo o restante que tem sido colectado por associações privadas em nome da ajuda à população de Ya'an, onde se deu o epicentro da tragédia? O LegCo da região vizinha de Hong Kong está reticente em contribuir com os cem milhões para o alívio das gentes de Sichuan, pois querem ter a certeza que a quantia chega às populações afectadas. E nós também. Não queremos que o dinheiro caia nos bolsos de intermediários corruptos, politicos desonestos e dirigentes pouco escrupolosos. Sem transparência perde-se a vontade de doar.

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