Mundial 2010: análise do Grupo B

ARGENTINA: A Argentina do extravagante Maradona é considerada uma das grandes favoritas à vitória final. Previsão não despicienda, considerando o "material" que Maradona tem do meio-campo para a frente, desde Lionel Messi, o melhor jogador do mundo, passando por Higuaín (Real Madrid), Diego Milito (Inter), Carlos Tevez (Manchester City), Di María (Benfica) ou Aguero (Atlético de Madrid). Se a defesa for consistente, os sul-americanos são fortes candidatos ao título mundial, que já conquistaram em 1978 e 1986, mas pelo menos a passagem aos oitavos-de-final não deverá ser problema.


NIGÉRIA: As super-águias regressam a uma fase final de um mundial depois da ausência em 2006, quando foram eliminados por Angola na fase de qualificação. Longe do fulgor de 1994 e 1998, quando atingiram os oitavos-de-final e tinham alguns dos melhores jogadores do mundo, a Nigéria conta com o talento de Obafemi Martins (Wolfsburg), Kalu Uche (Almeria) ou Joseph Yobo (Everton) para fazer um bonito no primeiro mundial que jogam "em casa" - no continente africano. O treinador é o experiente Lars Lagerback, que conduziu a Suécia nos mundiais d 2002 e 2006.


COREIA DO SUL: Os sul-coreanos fazem o seu sétimo mundial consecutivo, mas o melhor que conseguiram foi um quarto lugar em 2002, quando jogaram em casa, num mundial bastante atípico. A maior estrela da selecção coreana é sem dúvida Ji-Sung Park, jogador do Manchester United, que juntamente com Lee Chung-Yong (Bolton) são os únicos jogadores a actuar no exigente e espectacular futebol inglês. A estrela de 2002, Ahn Jung-Hwan (Dalian, China), está de volta, bem como Cha Du-Ri (Friburgo, Alemanha), filho de Cha Bum-Kum, a maior glória do futebol coreano, e o veterano guardião Lee Woon-Jae, de que muitos certamente estão lembrados pelas grandes penalidades defendidas. Mesmo assim será bastante difícil chegar aos oitavos-de-final.


GRÉCIA: A Grécia, comandada pelo alemão Otto Rehhagel (rei Otto, para os amigos), tem as piores recordações da única fase final de mundiais em que participou: três jogos, três derrotas e 0-10 em golos, em 1994. Mas desde então muito mudou, e os gregos até já têm no palmarés um título europeu, conquistado em Lisboa em 2004, e logo frente a Portugal. Além dos nossos conhecidos Seitaridis, Karagounis e Katsouranis, que já passaram pelo futebol português, os gregos contam com os avançados Giorgos Samaras, artilheiro do Celtic da Escócia, e Theofanis Gekas (Hertha Berlim), que já marcou 20 golos em 47 internacionalizações, além do defesa do Liverpool, Sotiris Kyrgiakos. Quase de certeza que vão conseguir melhorar o desempenho de 1994, mas dificilmente voltarão a surpreender o mundo do futebol.

Previsão: Argentina e Nigéria