Beleza a quanto obrigas

Os cirurgiões plásticos de Hong Kong estãoa chamar a atenção para o aumento de queixas relacionadas com salões de beleza. A maioria das queixas está relacionada sobretudo com injecções de botox e de substâncias branqueadoras da pele, de acordo com a Hong Kong Surgical Laser Association. O Conselho de Consumidores da RAEHK recebeu 48 queixas contra salões de beleza desde o início do ano, 40% do total das queixas no ano passado e em 2008. Até ao final do mês do Abril, foram registadas 11 queixas relacionadas com injecções dos "soros de beleza", como o botox e a placenta, contra 16 na totalidade do ano passado, e 15 em 2008. O presidente da Associação de Cirurgia cosmética de Hong Kong, Walter King Wing Keung, atribui este aumento à utilização de tratamentos através de injeções em centros de beleza, o que dá aos consumidores uma falsa sensação de que são mais seguros que a cirurgia plástica. King realça que a maioria destes centros são dirigidos por pessoas que não têm qualquer formação em medicina, e que alguns clientes acabam por sofrer graves alergias depois da aplicação das injecções, sem que lhes seja administrado qualquer tratamento posterior. O presidente da Associação da Cirurgia Laser, Chan Wai Man, culpa os centros de beleza de ignorarem os riscos para a saúde dos seus clientes, e que alguns chegam a organizar excursões a clínicas de cirurgia cosmética no Japão e na Coreia do Sul. Chan avisa os consumidores para os riscos do tratamento laser em salões de beleza, uma vez que o pessoal não tem qualificação suficiente para operar os aparelhos. Alguns dos clientes queicam-se que os seus olhos foram acidentalmente atingidos pelos lasers das máquinas, causando lesões graves, e algumas permanentes. Chan apela a um controlo mais apertado por parte do governo, e aos consumidores para que sejam mais cuidadosos quando procuram tratamentos de beleza e rejuvenescimento.