segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Ó mãe, e túbaros, sabes fazer?



Tinha ouvido falar deste "indivídeo" (o vídeo deste indivíduo) mas ainda não tinha tido oportunidade de o ver na íntegra. Desconhecia este Pedro Arroja, mas após uma rápida consulta num motor de busca fico a saber ser um economista, mas nada económico nas palavras. Ela não é daquelas pessoas com o coração ao pé da boca, mas antes com o intestino grosso ligado ao cérebro - se a calhar mãezinha dele estava pouco inspirada no dia em que instalou as canalizações. O senhor em questão já tinha escandalizado (?) a nação no dizer neste mesmo programa que "as meninas do Bloco de Esquerda são umas esganiçadas", acrescentando que "não queria nenhuma delas para ele". Quanto à primeira parte concordo parcialmente, mas discordo completamente - perceberam? É que por muita antipatia que eu nutra lá por aquela actrizeca de meia-tijela demagoga que mandou embora o careca e ficou a tomar conta da plantação de ganza, nunca iria concordar com nada do que este tipo dissesse. Nem eu, nem ninguém, e é com segurança que se pode afirmar que ele não defenderá nenhuma posição que nos obrigaria a tomar o mesmo partido. Agora aquela parte em que não quer...bem ele naquele vídeo em cima sobre a adopção por casais do mesmo sexo afirma "ter pénis e testículos", e uma vez que se opõe firmemente à homossexualidade, só posso supor que seja impotente. Poderia dizer que "isso passa", mas o que passou foi outra coisa. Belos tempos, aqueles - mas era só para se reproduzir, atenção.

Depois de quase três minutos a questionar-se sobre quem lhe fez o pénis e os testículos, chegando mesmo a olhar à volta para ver se alguém assumia a escultura, concluiu que "foi Deus", mas "dentro do ventre da mãe dele". Blerghh!!! Dizem que Deus se move por caminhos misteriosos, mas esse...adiante. A seguir não consegui resistir e soltei uma pequena gargalhada: "já imaginou uma sociedade só de homens, e outra só de mulheres?", pergunta ele à passiva jornalista, que foi mantendo sempre a compostura, respondendo logo de seguida "eu já!". Ah ah ah ah. Bem, a seguir diz que uma sociedade só de homens "seria violenta, dividia-se em partidos, seitas e acabaria tudo à pancada". Tirando aquela obsessão pela "pancada" que o senhor tem devido à sua pancada", não seria muito diferente do que temos agora, mas pronto. Quanto a uma sociedade "só de mulheres", seria...bem, uma sociedade de "esganiçadas", penso que é isso que ele quis dizer, pois as mulheres "falam, falam, falam e nunca se entendem". E quando se juntam os géneros? O homem torna-se polícia sinaleiro da mulher, "dando-lhe direcção", enquanto ela tira-lhe a pinga, proporcionando "equilíbrio", e evitando assim que ele "conduza a 200 à hora". Elucidativo. Pode-se então concluir que separados, os homens disputariam entre si corridas de automóvel que seriam comentadas pelas mulheres, no fim andavam eles à porrada e eles não se entenderiam sobre quem seria o vencedor - a anarquia. Foi isso que me deu a entender, juro.

Depois desta dissertação, seguiu-se a opinião sobre a adopção por casais do mesmo sexo propriamente dita, e se algum desses casais estivesse a assistir em directo a esta delirante sequência de ideias já estaria provavelmente muito, mas muito preocupado com o que vinha aí - afinal o pénis e os testículos já tinham saído da casota, e já andavam por aí à solta. Mas não foi assim tão mau, pois limitou-se a dizer que não concorda, absteve-se de fazer a "consulta psiquiátrica que ninguém pediu" que este tipo de pessoas faz nestas situações, mas como não tinha ainda dito disparates que chegassem, acrescentou que uma criança com duas mães seria "uma atada", mas se ele pudesse escolher, era preferível, pois se crescesse com dois homens seria "um brutamontes". Eu penso que se atendermos aos estereótipos vigentes, ele está equivocado, mas isso não seria surpresa. Conclui com um comentário sobre as operações de estética, que saídas de uma pessoa sóbria e coerente num contexto salubre até podia fazer algum sentido, e diz que "a mãe é mais importante que o pai", o que vendo bem anula tudo o que tinha dito até então, e ainda bem.

E agora, o que penso eu deste assunto? Podia ser contra, em princípio, mas não me diz respeito e considero que qualquer casal de gente bem pode adoptar, que sempre é melhor do que ficarem crianças nos orfanatos, expostas sabe-se lá ao quê. Nada contra essas instituições, mas as crianças precisam de liberdade, e uma família, seja ela simples, mista, torrada ou não, é sempre preferível. Além disso ser "contra" implicaria ficar do lado daquele gajo e dos outros que prestam reverência ao loiceiro dos pénis e testículos, e que curiosamente ficaram muito quietos durante a aprovação desta lei, que tem sido desde sempre uma bandeira das esganiçadas do Bloco de Esquerda, que mal se apanhou com um terço de governo, resolveu aprová-la. Nem o argumento de que a criança seria também ela homossexual pega, pois os homossexuais vieram eles também de um pai e de uma mãe, suponho, e não creio que adopção implique uma carga genética, se quisermos ir tão longe. Contudo este tema fez-me lembrar uma discussão idêntica que tive aqui há uns meses, onde tive o (des)prazer de ficar a conhecer alguns Pedros Arrojas desta vida:


Oh oh oh. O que pensa da adopção entre Pica-Paus do mesmo sexo? Na verdade foram duas aves raras que se destacaram nesta interessantíssima discussão, que nem era para ser nada mais do que outro veículo para o Picas expressar a sua já célebre boçalidade. No fim ficou chateado, pois obrigaram a rapaz a "pensar".


Como se pode ver, era só para expressar mais uma vez a sua profunda retardação mental, e pronto ficaria por aí. - "Oh oh (também quero, ui) tem dois pais (gosto tanto ai)". Mas não foi só ele que quis dar uma de...de quê? Tirem as vossas conclusões.


Oh oh, Miguel Ricardo, o galifão, ou será macaco, a falar do seu galho. Eu tenho pena que ele tenha sido arrastado pelos pais "para o meio" daquilo, mas isto não acontece com todas as crianças. Mas dizem que sim, que o incesto é bastante comum entre os macacos. Um bom psiquiatra era preferível a armar-se em machão, coitado.


Ohhh...vejam só quem entra na discussão...uma freira. Já pensaram o que vai ser quando a criança souber que existe um dia da...ma...mai...mãe?!?! QUE MERDA É ESSA?! É aí que descobre que foi educada por dois homens, é um brutamontes, mete-se num carro a 200 à hora e espeta-se contra uma parede. Que tragédia. Porque não há maior amor do que sentir um bebé no ventre durante 9 meses, e se for um rapaz, ainda recebe a visita do Deus das Caldas, que lhe faz um pénis e os respectivos testículos. E o leitinho? Nham, nham, tão bom. Perguntem ao picas:

Olha ali o Picas todo agarrado ao osso. Leitinho é bom, bebé, ai o leitinho. Chuac, chuac. Sabem quem também gosta de leitinho?


O Miguel Ricardo! Por acaso o "debate" até estava "centrado" na criança ter uns pais que a adoptem, independentemente de onde saía o leitinho, mas vejam só que ideia pioneira, esta: vamos perguntar à criança! Então bebé, queres ser adoptado pelo papá Nuno Picas e pelo papá Miguel Ricardo???


 Ó bebé então?!?! Só o pénis sem os testículos? Mau bebé!

Bom, está tudo dito, e foram só disparates. Se quiserem ver mais ou recordar este memorável episódio, podem ver aqui no artigo que publiquei em Julho.


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