Um incêndio num autocarro de passageiros na noite de sexta-feira em Xiamen, na China, resultou em 47 mortes e 34 feridos. A tragédia ocorreu em hora de ponta numa auto-estrada congestionada, o que dificultou as operações de socorro. Um dos sobreviventes diz ter sentido um cheiro forte a gasolina antes do autocarro ser consumido pelas chamas que se proparagaram com rapidez. As autoridades colocaram a hipótese de fogo posto, e conseguiram identificar um suspeito. Chen Shuizong, um residente local de 58 anos, deixou uma nota de suicídio na sua casa e terá pegado fogo ao autocarro para ventilar a sua raiva. Casos idênticos têm sido comuns na China nos últimos anos. Em 2009 um desempregado pegou fogo a um autocarro em Chengdu, perdendo a vida e levando consigo 26 inocentes. Outros cidadãos desesperados atacam desconhecidos ou crianças dentro da própria escola com facas antes de cometerem suicídio, atitude que tem sido interpretada como de revolta com a sociedade e uma vontade de cobrar outras vidas que se perderão com a sua. A depressão e o “stress” são um reflexo do rápido desenvolvimento da China, e actos isolados desta natureza extrema perfilam-se como um desafio à comunidade médica e científica.
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