E aí está: com a mesma sofreguidão de quem anuncia Salazar como vencedor do Concurso "Grandes Portugueses" da RTP com mais de quatro anos de atraso, Nuno "Pica-Pau" Oliveira Bucha, no papel de "pasquim da aldeia", anuncia mais quatro entradas no seu assento de óbitos. Tudo gente que ele admirava, e cujas carreiras seguia de perto, atenção, desde o campeão de BMX Dave Mirra, que ao contrário do que se possa pensar, não tinha 12 anos de idade, passando pelo realizador italiano Ettore Scala, que de tão obsoleto que se tornara, a notícia é o facto de ainda se encontrar vivo até recentemente, o actor português José Boavida, cujo nome passou a ser paradoxal à sua actual situação (humor negro, só que sem a parte do "humor"), e o chefe de cozinha Benoît Violier, de quem eu nunca tinha ouvido falar, mas cujo falecimento acredito ter causado um enorme impacto no Picas - basta olhar para ele para perceber que adora comer, o burgesso. Conclusão: mais um exemplo da retardação mental deste imbecil, desta vez por excesso.
E que excesso, pois além de ser portador das más novas para quem estima os que desta vida partem, é também o coveiro dos que ainda respiram pelo nariz, andam com as perninhas e piscam os olhinhos, só que "não por muito tempo", e por isso nada como "adiantar condolências". Um exemplo disso é Fernanda Montenegro, actriz brasileira que não tem a culpa de ter nascido há 86 anos, e está no pleno direito de não acabar por a própria vida por esse mesmo motivo - deve estar mais preparada para essa inevitabilidade que eu, com toda a certeza. A idiotice de Nuno Oliveira, el Pica-Pau dolente en la cabeza, não passa tanto por não procurar a confirmação da notícia, ou sequer por não ter nada a ver com isso (será que ele conhecia a Fernanda Montenegro, ou para ele é apenas outra Ettore Scola, mas em versão feminina?), mas pela forma como se "atira de cabeça" na hora de confiar num sítio que dá pelo nome de...VejaPassarinhoBom. Ah! Se é passarinho podia ser um Pica-Pau, mas se é bom não é ele, de certeza. O mais curioso é que na secção dos comentários não faltou que carpisse o pesar pelo falecimento "dessa grande actriz", que assim como todas as celebridades da sua idade, ou mesmo algumas mais novas, são completamente ignoradas pelo grande público, até ao momento em que findam, passando a ser "uma perda irreparável". Tal como o sexo, a morte "vende", e imagino a desilusão dos abutres após saberem que se tratava mais um "assassinato virtual", modalidade em que Sylvester Stallone, Jackie Chan e outros já são recordistas, ao ponto que quando morrerem mesmo, ninguém acredita. Não que isso lhes vá fazer uma diferença tremenda, ou que se importem muito com o facto, entenda-se.
Mas pronto, regressemos aos efectivamente mortos, que ontem calcorreavam as calçadas do mundo, e agora, sem mais nem menos, constam da ementa da fauna vermicular subterrânea. Entre eles encontra-se, por exemplo, Almeida Santos, que deixou de sê-lo em Janeiro, a menos de um mês de completar 90 voltas no calendário. Er...noventa voltas de um ano, entenda-se. Dá para perceber, e já há muito que o senhor se debatia com dificuldades para produzir um raciocínio digno desse nome - recorde-se o argumento do terrorismo para vetar a construção do novo aeroporto de Lisboa na margem-sul, em defesa do então ministro da tutela, Mário "Bela Lugosi" Lino, autor da célebre frase em "frantuguês", "Alcochete jamé". "E se acontecer um atentado terrorista e dinamitarem as duas pontes". Pois é, como é que os "chuchas" mais os seus "bois" fogem? Tirando esse e mais um ou outro detalhe ("os políticos não ganham assim tão bem", por exemplo), nada me movia contra o senhor em questão, que ao contrário de muitos, teve uma vida longa e pontuada de momentos dignos de registo (para ele, pelo menos). Pica-Pau ouviu falar de Almeida Santos, com toda a certeza. É alguém "que aparece muito na televisão", terá pensado. Já para não falar a do facto da sua morte "ser notícia", apanágio dos "grandes homens". Salta um RIP para a mesa do Almeida Santos, paga o CUzinheiro Nuno Pica-Pau Oliveira Trincapollas.
Só que ao contrário dos unânimes "RIP", "grande homem", "ai coitadinho" e todas essas futilidades que em nada contribuem para coisa nenhuma, deram-se reacções mistas. Aqui se vê o baixo nível de certas pessoas. "Agora vais pagar"? O homem tinha acabado de esticar o pernil, pá. Depois disto já nem um copinho para os amigos. Ah espera lá, "vai pagar"...."no Inferno". Esqueci-me dessa semi-certeza que serve de consolo aos desconsoláveis. Será que estas pessoas dizem estas coisas e depois masturbam-se? Seja como for, Pica-Pau, no seu turno de trapalhão-mor, desata a insultar a mesma pessoa a quem aparentemente prestava homenagem - julgo que é essa a intenção dessa "rapidinha" das condolências que representa o "RIP". Quando a (única) postura recomendável nestes casos era ficar caladinho, e de modo a tapar a vergonha, o imbecil vai buscar coisas como "a morte de milhões (?!) de angolanos e moçambicanos", ou "centenas de milhar de Timorenses" e meter a culpa em Mário Soares (pff...nem que ele tentasse muito seria capaz de tamanha empreitada), ao mesmo tempo que considera "decente" que o mesmo tenha pedido desculpa pela "perseguição religiosa dos judeus há séculos atrás" - certamente algo que também se atribui a Mário Soares, mas como pediu desculpa, "não faz mal". Pois. Isto não sou eu quem o diz, atenção!
Mas atenção, que no meio do chavascal de insultos ao recém-falecido, surge uma voz em defesa daquilo que Almeida Santos representa e que a mim tanto aquece como arrefece: Julio Caetano Gomes, que julgo não ser a primeira vez que faço referência, pois recordo-me do seu espectacular português escrito - "espectacular" para o século XIII, claro. Não é o mais importante, pois creio que o Julio encontra-se há bastante tempo a residir fora de Portugal, ou andou a beber o mercúrio do termómetro quando era pequenino, ou vai em três AVCs, pouco importa como escreve: chega em defesa "de uma pessoa que lutou contra o Salazarismo" - a distância, mas lutou pronto, pelo menos deixou claro que na eventualidade de se eleger "o maior português", não seria no Tio Sol & Azar em quem ele votaria. Seria em Mário Soares, provavelmente. Apesar de tudo é menos mau, mas já que falamos de Mário Soares, reparem nas pérolas acabadinhas de sair do recto dos suínos a que foram previamente atiradas:
Como se já não tivessem feito figura triste que chegassem, os dois alegres convivas prosseguem a sua mentalmente débil discussão, e é impressão minha ou cada um está a aguardar ansiosamente que o outro o mande para a PQP e assim alegar "intolerância" da outra parte, e "chamar a si a razão". Bem, procurar aqui alguma razão seria como tentar encontrar as termas do Luso no meio do deserto do Sara. Reparem como depois de Pica-Pau ter mais uma vez insultado o recém-falecido, e desejado a morte a Mário Soares, a outra figura triste reage com "respeito as suas ideias". O quê??? E que tal mandá-lo para o Carvalho que o Forra? Há com cada um...
E ele a dar-lhe, e a burra nas couves, mastigando alegremente e indiferente ao burro-mor. Esta é uma daquelas pessoas que nunca se esquece do rosto quando trata da pele: enterrado até ao pescoço no esterco, resolve respirar fundo, fechar os olhinhos de retardado mental, e lá vai alho - "full-body mud therapy". Triste, lamentável, contado ninguém acreditava. Descanse em paz, meu caro senhor, no Inferno. Não se esqueça dos tampões para os ouvidos, que o ulular das almas sofredoras pode interferir com o seu momento de descontracção ao som de Bach ou Beethoven. Leve os "headphones", já agora.
Pronto, lá está, e quando se pensava que não podia ser mais idiota, eis o Sergey Bubka da parvoíce a pulverizar mais um recorde pessoal, terminado o salto com vara em estilo, aterrando com o cu em cheio numa das extremidades da mesma, que o atravessou de cima a baixo, deixando-o em profundo êxtase. É por isso que eu digo que ainda estou a fazer um favor a este tipo: não fosse eu a provar que se está na presença de um completo idiota, ainda alguém lhe vinha pedir satisfações pelo merdil que ali deixa escarrapachado, sem fazer a mínima ideia do que fala, ou do alcance das flatulências que emana pelo focinho. Enquanto ele não manda construir um santuário em minha homenagem, permitam-me acender uma velinha à sua defunta inteligência, morta à nascença: RIP.
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