"Outra vez?!?!" - perguntará o leitor, ao identificar mais uma bicada de Nuno Miguel Oliveira, o Pica-Pau predilecto da malta nova - "Boa!" exclama depois de eu lhe confirmar que é - e não se nota logo pelo forte odor a dislexia que paira o ar? A juntar a todo o pão de LOOL em que se tornou pioneiro, Picas é agora o primeiro a "postar" nas redes sociais em Odorama, a lendária tecnologia que permitirá um dia sentir o cheiro dos filmes nas salas de cinema - a escrita do gajo tresanda de má. Isto vai para além da dislexia ou de qualquer grau de retardação, e desconfio que estamos aqui perante um novo estilo de literatura, que ele próprio inaugura, mesmo sem ter consciência do facto: o niilismo abstracto estólido fálico - além de não ser possível interpretar o que está ali escrito com recurso a qualquer regra da gramática ou da egiptologia, depreende-se que o autor daquele monólito à paralisia cerebral é burro pa c... .
Aquilo que se depreende também, ou pelo menos foi o que pensou a pessoa que me mandou esta colagem, é que aquela tentativa de Português é dirigida à minha pessoa. Pode ser que sim, mas apenas por ter sido publicada dois dias depois de mais um episódio de "Pica Pau's silliest Facebook moments", e não pelo conteúdo que a criatura tenta ali expressar da forma que lhe dá menos jeito: sem recorrer a "tiros nos cornos", e "fdps", ou na função de dono do "blog" (LOOL), que quer dizer "grupo do Facebook" em mongolóide. É e seria sempre complicado entender o que está ele ali a grunhir, e se desta vez não há erros ortográficos, e nada posso dizer dos tempos verbais uma vez que há frases que consistem de palavras aleatórias seguidas umas das outras, a sintaxe no seu todo está aquilo que se designa por "Presépio fecal" - é perceptível a intenção de estruturar o texto recorrendo a figuras de estilo que representem uma ideia e produzam um efeito humorístico e até de pendor satírico, mas sai uma tremenda "cagada". Autorizo a Linguística a adoptar este conceito de "Idiomas que nunca o foram nem derivaram de nenhum outro", e não precisam de me citar - e insisto que por favor não o façam.
"O verme sabichão e o dono da razão" é, e temos que concordar em género e grau, uma frase intrigante. Para já ficamos sem saber muito bem se estamos aqui perante um ou dois sujeitos, uma vez que este alucinado Pica-Pau nunca nos deixa saber se o "e" leva ou não acento, uma vez a acentuação no geral daquele embrião abortado por eutanásia de texto em Português é errática; ora começa uma frase com "É" correctamente, ora na seguinte apenas com "E", e mal ora deixa três "e" sem acento, e só um deles não parece levantar dúvidas quanto ao seu sentido - mas repito, não dá para entender muito bem quem ou quantos vão com o quê ou qual. Não sei o que faz aquele "Copy & Paste" no início da segunda frase, mas sabem o que mais, parece ter sido posto ali por..."copy & paste". Sendo verdade, não creio que ali o badocha do LOOL se tenha apercebido do facto, pois mais uma vez somos assomados pela dúvida, que vai aparecendo à razão de palavra-sim, palavra-sim: "Copy Paste E a sua cara mostra estupidez..." ou "...é a sua cara mostra estupidez?". Assim de repente parece ser a primeira, mas nem sabemos o que faz ali o "Copy & Paste", e que sentido tem, e não há vírgulas que nos digam onde parar - é direitinho ao ponto final. RIP, LOOL.
A frase seguinte bem podia ser classificada como património, pois trata-se de um monumento erguido em honra a X, o santo padroeiro dos analfabestas - nem uma vírgula ou acento para a mostra, e o que interessa, se o que conta é a estética e a mensagem inclusa: "estudem e não sejam pica-paus armados aos cucos, senão acabam assim, num museu de LOOL." Digo "bem podia", porque nem quando podia atingir o ponto péssimo do esterco literário, mostra que nem para isso tem a falta de talento na medida certa: "Fala muito e diz pouco" é um momento raro em Picas, pois não só são cinco palavras (com o artigo "e") que junta com algum sentido, como transmitem uma ideia que até se aceitaria como "inteligente" - o problema é que neste caso não é garantido que fosse essa a sua intenção inicial, de todo. Há a possibilidade de na terceira palavra se ter esquecido do que escreveu nas duas primeiras, e lá se vai o sentido figurativo com os Pica-Paus caídos em combate para o cemitério dos passarinhos. A sequência "escreve muita merda para estúpidos lerem" faria algum sentido, mas não só peca pela falta de coerência, mas pior do que isso, detectam-se vestígios de um provável transtorno bipolar com tendência a ser violento; primeiro agride como um adolescente inepto e insolente, com "escreve muita merda", passando para um mais recatado "para estupidos lerem", qual criança pós-lactente em processo de semi-alfabetização, que considera "estupidos" o pior insulto que pode fazer ao que "lêem". Mesmo a ideia de "escrever muita merda" pode muito bem ser originalmente isso mesmo: escrever, o verbo; muita, de bastante; merda, de fezes. Literalmente! Ai agora estou a "variar", é? A exagerar, dizem? Então vejam:
Comecemos por tirar as dúvidas: o que se entende por "transpira muita estupidez para burro ler", a não ser o que lá está, sem tirar nem por? Se transmite uma ideia de "escrever disparates para um público...que não sabe ler, ou não percebe"? Alguém me sabe dizer como contactar com o David Lynch, que pode ser que ele tenha visto qualquer coisa assim numa das suas "trips" malucas? E depois, como se explica a existência de um "burro que lê", se quem nos diz é um burro que não sabe escrever? E este burro consegue ler no suor, enquanto os "estupidos" não lêem na "merda". Eu não estou a ver onde é que este tubo de LOL vai buscar estes deleites, mas desconfio que é a dieta dele. Só assim se explica o pivete a curral que sai quando abre a bocarra. Aquela dialéctica do "bruxo ou idiota" é interessante, e num contexto rodeado de palavras concretas que formam frases legíveis transmitindo pensamentos com nexo, podia muito bem remeter para o universo de Oz. Ou daquele psicopata de Leiria, o Rei Gob, mas duvido que aqui o outro Rei, o LOOL, tenha tido o discernimento para associar seja o que for com qualquer pessoa, coisa ou ideia, mesmo que abstracta. É como se estivesse aqui em estreia absoluta a arma de destruição maciça idealizada para destruir só e apenas a Língua Portuguesa.
Como podem constatar, mantive a aparência original da frase no alinhamento do texto, e só faltava mesmo uma coisa destas para completar o ramalhete anti-lusofonia. Aquelas vogais ali em cima são a prova de como as letras se sentem perdidas no universo LOOL deste pobre acéfalo. Supondo que nos quer mostrar o fim do nunca devia ter começado, ou ousado tentar, diz-nos que aquilo que estava antes "É a história" - e que não faz sentido que permita ser adjectivada de presunção tão nobre - "...do idiota que sabe tudo, frustrado revela falta de lucidez". O primeiro conceito é composto por um paradoxo interessante, "o idiota que sabe tudo", que é como aquele "pobre milionário", se bem que nesse caso a conclusão "...que nada tem senão dinheiro" é inspirado, e até revela uma certa veia poética, enquanto no primeiro caso estou quase convencido que o está a tentar sair pela janela do sanatório das línguas maltratadas é mesmo aquilo: quanto mais alguém sabe, mais idiota é aos olhinhos perdidos no mundo dos nomes, dos livros e das coisas que é o Pica. Quem quiser desatar o nó do "frustrado revela falta de lucidez" é bem vindo, e não se atreva a informar-me caso chegue a uma conclusão. E fiquemos por aqui, antes que chegue o zombie Camões e coma aquela casca de tremoço de onde os pensamentos perdem as pétalas antes de desabrocharem.
Seja aquilo para mim ou não, a imagem que escolheu para ilustrar aquele...aquilo, seja o que for é mais uma daquelas coisas inexplicáveis - e não, isso não quer dizer que "ilustra na perfeição". Tenho duas teorias, uma que se justifica com o carácter infantilóide do Picas, e o outro prefiro nem considerar, pois pode ter uma conotação sexual, e até um violador dos mais vorazes pode parecer uma alternativa a este estroso poster-boy da retrogradação. Mas será que ainda existe esperança para este Pica-Pau, que no fundo é bom rapaz, mas não sabe juntar meia dúzia de palavras que formem uma frase com sentido?
Ah, bolas! Tarde demais: chegaram aos ratinhos e esqueceram-se das alforrecas arraçadas de amoeba. Fica para a próxima reencarnação, Picas. O quê, fardo de palha? A outra, então, e assim...lombriga? Deixa lá ó Picas, e manda mais postais, que eu junto tudo e mando para o Porto, e faz-se a com-pila-são da tua obra, em fascinantes fascículos, fascista de fachada. Porquê o Porto? Porque é ali que fica o LOOL e Irmãos, os do Dicionário. "Desconheces, LOOL"? É normal dentro dessa tua anormalidade, deixa lá. São uma daquelas coisas que se leva para a escola.
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