O percurso em questão tem a sua partida na Rua do Campo, atravessando de seguida toda a Av. da Praia Grande até ao Chunambeiro, ao que após um "upa" que ainda se faz sem esforço pela Calçada do Bom Jesus, dou comigo praticamente à porta de casa, mais precisamente nas traseiras do edifício, na Rua Álvaro de Melo Machado. Chegado a sensivelmente meio desta jornada que demora normalmente entre 15 e 20 minutos, o que vejo? Cancelas? Srs. agentes a fazer "pi-pi" com os apitos, como que num "encore" carnavalesco não encomendado? (Eu já detesto o Carnaval, e isto ainda consegue ser mais deprimente). E agora, o que fazer? Alternativas: voltar atrás e atravessar para o outro lado do passeio e tomar o lado do Solmar até ao Palácio do Governo; ou seguir até em frente a Edifício do IACM, apanhar a Rua dos Cules até ao Seminário de S. José, e chegado ao Instituto Salesiano fazer uma entrada (não) triunfal pela porta da frente. Como só é preciso atravessar uma vez, opto por esta. Podia ser pior, claro que podia. Podia ter que dar a volta por...PELO LUXEMBURGO, por exemplo. Raios partam estes cromos, porra.
Já sei, já sei, a fotografia está desfocada, e depois? Estava puto da vida, e além disso isto não é um blogue de fotografia. Adiante. E lá fui eu, perdendo assim o dobro do tempo que normalmente levo do trabalho até casa, tempo esse que nunca mais me será devolvido. Se eu não sabia? Lá saber, sabia, pois aconteceu o mesmo ontem, mas como os mui zelosos palermóides só fazem isto depois das quatro da tarde, e na hora de almoço não existia qualquer obstáculo, não me ocorreu - sinceramente, tenho mais em que pensar. E isto resolveu alguma coisa? O tanas é que resolveu, pois como se pode ver, a via pública está muito longe de se assemelhar a um campo verdejante igual ao do anúncio do "Feno de Portugal". Do que é que eu estou a falar? Ah sim, esqueci-me que ainda sou do tempo dos aparelhos de telefone que se discavam com um dedo. Isto:
Este, onde aparecia esta chavala que não era nada de se deitar fora (agora deve ter uns 113 anos, se ainda anda pelo crosta dos campos verdejantes, e não pelas camadas inferiores, enfim). Pois, exacto, as ruas continuam aí a saque. O que eu devia ter feito mesmo para economizar...hmmm...cinco minutos? - ou nem sequer isso - era ter ido logo pelo Largo do Senado. Pois. Mas sabem o que mais? NÃO ME APETECEU! Mal por mal fiz "full-contact" com a mole invasora apenas naquele curto trecho entre a sede do BNU e os Correios. Sabem qual é, aquele que em circunstâncias normais demora menos de um minuto do tempo a percorrer, mas nestes dias gasta-se o quádruplo do tempo, e ainda caminhando entre os quadrúpedes? Exacto. E sabem o que podiam os gajos do trânsito fazer em alternativa a bloquear a vedar o caminho e obrigar as pessoas a fazer desvios tão drásticos quanto este? NADA. Podiam ter ficado a jogar à bisca lá na Brigada, que seria muito mais construtivo. Ou menos desconstrutivo, valia-me isso. Bem, vou petiscar qualquer coisa ao som do arraial de explosivos, que dá para escutar da janela. E nestes dias que me sinto como se estivesse no Iraque, só que com muito mais gente nas ruas. E viva. Isso é que é pena...
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