Fiquei comovido com o
editorial do Hoje Macau de hoje, e nunca pensei que uma coisa destas fosse possível. O editorial, quer dizer. Sim, porque só posso assumir que se dirige aqui ao blogue, pois as “vozes iradas” não estão impressas em mais lado nenhum – e não acredito que se dedique um editorial assim a qualquer coisa que se ouviu no café ou na rua. Isto falando das tais “fontes” que o HM diz ter em relação a mais casos de abusos a estrangeiros. E porque só este é noticiado? E os outros? E porque foi este incidente completamente ignorado pela restante imprensa? Não bate a bota com a perdigota, pelo que são tudo questões que eu gosto de levantar ao jornal que leio e em que acredito.
A questão étnica também não é aqui chamada para mim também, nem sou o autor da célebre frase: “O Hoje Macau sabe que casos como este, sempre com insultos aos “estrangeiros”, têm vindo acontecer um pouco por toda a cidade, fazendo temer quem não é de etnia chinesa pela segurança no território”. Se o problema fosse “a agressão selvática a uma senhora de 59 anos”, seria antes “fazendo temer quem é uma senhora de 59 anos pela segurança no território”. Continuo a afirmar: nada temo nem alguma vez temi por ser de etnia que não chinesa. Se eu andar aí à porrada com alguém, não vai ser com toda a certeza pela questão étnica.
A “selva” de que fala, no sentido lato da palavra, deve ser uma achega à questão da “série de murros selváticos” de que a senhora foi vítima. É de estranhar, digo eu, que que os efeitos de uma “série de murros selváticos” sejam apenas aqueles que a fotografia documenta. Quanto à questão da fotografia propriamente dita, quando digo que é “impublicável” digo-o no sentido específico do termo. Sem rodeios de espécie nenhuma. Uma queixa na polícia e a manutenção da dignidade era o mínimo que se pedia.
Quando diz que a notícia foi “bem recebida”, a interpretação é diversa, até a julgar pela secção de comentários da notícia de sexta-feira na edição electrónica do jornal. Conheço quem tenha achado sobretudo piada, há quem tinha ficado chocado e há quem simplesmente tenha ignorado – a esmagadora maioria. Ah sim, e agressões destas acontecem praticamente todos os dias, sim. Macau ainda é uma cidade normal.
17 comentários:
Este é um provedor do leitor ao provedor do leitor do Hoje Macau?
Se quiser...
Cumprimentos.
Pois, também reparei nesse editorial quando estava a limpar o relhoto do meu cão. Enfim, vidas!
Se lesses o editorial com olhos de ver, perceberias que a indirecta é para a Tribuna de Macau e não para esta merda de blogue...
Merda e blogue??? tenho que reconhecer que tens razão Elias!
Algum iluminado me diz onde e' que na Tribuna se fala do caso da Gina Rangel? Devo ser mesmo muito ceguinho, porque não vi la' nada...
Oh ceguinho... primeira página do jornal Tribuna de Macau no dia seguinte ao HM ter dado a notícia, portanto... no dia 18 de Junho
Ora bem, aqui está mais um monte de verborreia a analisar. Não faz sentido que o editorial do HM seja a responder APENAS ao JTM, uma vez que nessa peça não se faz qualquer referência, por exemplo, à fotografia ou à forma do artigo de sexta-feira. Mas já que fala nisso, não me resta senão dar razão ao JTM. Independente das fontes.
Quanto ao "Elias" e ao anónimo das 10:45, serão certamente fecófilos. Recomendo o artigo deste blogue de Junho de 2009, "O que é uma parafilia": http://bairrodooriente.blogspot.com/2009/06/o-que-e-uma-parafilia.html
Este blogue, quer gostem quer não, vai continuar atento, vai continuar independente, e não precisa de dinheiro, pelo que nunca vai publicar notícias PAGAS. É só isso que tinha para dizer, e não penso voltar a este assunto.
Cumprimentos.
PS: Acabei agora mesmo de editar o post para corrigir quatro gralhas e omissões. Numa delas escrevi "podia" em vez de "pedia". Acho estranho que ninguém tenha reparado. Os gajos do "à" e do "há" e da "delapidação" devem estar de férias.
Não estamos de férias. Não temos é tempo para estar a comentar sobre todas as gralhas, erros e parvoíces que você comete.
Mentiroso.
Ignaro.
Uma vida passada na função pública a coçá-los não o deixa pensar e ver mais além... é triste
E' melhor passar uma vida na função pública a coçá-los do que prostituir-se intelectualmente a publicar não-noticias que ainda por cima são pagas.
Isso é um problema dos jornalistas ao qual sou alheio...
Ó Elias, se és alheio ao "problema" dos jornalistas dos jornais que lês, por que motivo não és também alheio ao "problema" do Leocardo? Essa gostava de perceber... por causa de uma coisa que se chama coerência...
O quê??? Coerência??? Que interessa aqui isso. Disparate de post... enfim...
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