Oh, there goes me Christmas pudding!
Tal como seria de esperar, a Inglaterra pede a cabeça do guardião Robert Green, grande responsável (?) pelo empate contra os Estados Unidos ontem em Rustenburg. O enorme frango que deu o empate aos norte-americanos saltou para a primeira página de todos os jornais no Reino Unido, e naturalmente o tablóide The Sun foi um dos menos simpáticos: “Calamity keeper”, “Três preciosos pontos escapam por entre as mãos de Green”, “A Inglaterra foi novamente atingida pela maldição dos guarda-redes”, enquanto uma caixa na mesma página lembrava outros “frangos” de outros guardiões ingleses nos últimos anos. O The Guardian traz também à capa a infelicidade de Green: “Inglaterra perde oportunidade de se estrear com uma vitória devido a uma gaffe de Robert Green” e “Capello tem muito que ponderar depois do erro de Green”. O Sunday Times escreve a letras gordas: “Green fingers”, adiantando que “O golo madrugador de Steven Gerrard foi anulado pelo erro do guarda-redes”. No Daily Telegraph, o enviado especial à África do Sul, Duncan White, escreve: “Robert Green não vai querer acordar esta manhã – se conseguir dormir de todo” acrescentando que “de todos os cenários que ele deve ter imaginado, o pior veio a concretizar-se”. O The Mirror fala de “The hand of clod”, um trocadilho com “the hand of God”, nome pelo qual ficou conhecido o golo de Diego Maradona apontado com a mão contra a Inglaterra no mundial do México, em 1986. “Clod” significa “um punhado de terra; uma pessoa pouco inteligente e lenta de raciocínio”. Curiosamente o News of the World também usa “hand of clod” para descrever o falhanço do guardião inglês (espionagem jornalística ou apenas pouca imaginação?), perguntando de seguida: “será que devíamos dispensar Green?”. O Daily Star fala de “Rob-ish”, um trocadilho com “rubbish”, ou “porcaria”, com um título ainda mais sugestivo: “O palhaço Green deixou-nos na merda”. O ESPN Soccernet, o maior website de desporto online da Inglaterra diz que “Green entregou o empate aos Estados Unidos”. Em declarações depois do jogo, Green diz “que vai recuperar do erro”. Resta agora saber se Capello o deixará.
7 comentários:
Como sempre os guarda-redes pagam as favas. Eu no lugar deles ficaria preocupado com não terem jogado um chavo.
este frango foi tal e qual como o frango do guarda redes do fcporto na final de supertaça contra o benfica,ca para mim o green foi comprado pelos americanos e o nuno comprado pelo benfica
Como diz El Comandante, a culpa é sempre dos guarda-redes. Os avançados que falham golos atrás de golos, os médios que falham passes atrás de passes e os defesas que falham cortes atrás de cortes nunca são culpados de nada. Estas críticas (e ofensas mesmo) dos tablóides ingleses são típicas de quem não percebe nada de futebol. Estes pasquins nem deviam falar de futebol, mas apenas daquilo em que são especializados: descobrir ou inventar coisas sobre as celebridades. Um país dominado por imprensa dessa também tem de ser um país muito idiota.
até parece que em Portugal quando os guarda redes dão frangos não são atacados pelos tablóides.Mas culpar 1 guarda-redes é sempre muito mais fácil do que culpar a equipa toda.Por exemplo o que jogou o Ronney??ZERO.
Pois é, mas os ingleses têm uma tradição antiga de arranjar bodes expiatórios em vez de culpar o colectivo. Senão vejamos:
Em 1986 "não ganharam o mundial" por causa da mão do Maradona.
Em 1998 "não ganharam o mundial" devido à expulsão do Beckham contra a Argentina.
Em 2002 "não ganharam o mundial" devido ao frango do Seaman contra o Brasil.
Em 2006 "não ganharam o mundial" por causa da expulsão do Rooney, que pisou os tomates do Ricardo Carvalho, e ainda disseram que "estava só a tentar apoiar-se".
De notar que nestes quatro episódios não chegaram sequer às meias-finais, mas se chegasse, ora lá está, "ganhavam".
Cumprimentos.
até parece que são só os ingleses que arranjam bodes expiatórios e os portugues não.O leocardo adora criticar os ingleses porque será?
Se calhar é porque os ingleses se põem a jeito para serem criticados. Acham sempre que são os maiores, mas saem sempre dos europeus e mundiais com o rabo entre as pernas.
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