terça-feira, 8 de junho de 2010

Mundial 2010: análise do Grupo F


ITÁLIA: A "squadra azzurra" defende o título conquistado em 2006 com o mesmo treinador, Marcelo Lippi, e com o mesmo capitão, Fabio Cannavaro, hoje com 36 anos. Sem Totti ou Del Piero, Pirlo a debater-se com problemas físicos e outras referências como Zambrotta ou Camoranesi já na casa dos 30 anos, não se augura um torneio muito auspicioso para os transalpinos. A falta de experiência internacional (todos os jogadores alinham na Serie A) e a falta de um goleador nato também deixam os "tiffosi" desconfiados do desempenho da sua selecção. Mas num grupo com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia, seria escandaloso que a Itália não se qualificasse para a fase seguinte.


PARAGUAI: Há quatro anos o Paraguai ficou pela 1ª fase, o que já não acontecia desde 1958. A fase de qualificação brilhante - terminaram em terceiro na zona sul-americana, um ponto atrás do vencedor Brasil - faz prever que desta vez os comandados de Gerardo Martino consigam pelo menos chegar aos oitavos. O benfiquista Oscar Cardozo, goleador da liga portuguesa, é a referência do ataque, onde ainda conta com a concorrência de Roque Santa Cruz (Manchester City) ou Lucas Barrios, um argentino que se destacou na Bundesliga, naturalizado à última da hora.


NOVA ZELÂNDIA: Fosse este o mundial de râguebi, e a história seria outra, mas no futebol de onze os neo-zelandeses não têm grandes tradições. Para chegar à África do Sul, os "kiwis" tiveram pela frente a Nova Caledónia, Fiji e Vanuatu, e depois o Bahrein no play-off. O defesa Ryan Nelsen, do Blackburn, é a maior referência desta equipa, onde a maioria dos jogadores alinha no campeonato local. Em 1982 a Nova Zelândia perdeu todos os jogos do seu grupo, e este ano não deverá ser diferente.


ESLOVÁQUIA: A Eslováquia é o único país estreante neste mundial, e qualificou-se no primeiro lugar do grupo da Rep. Checa, Eslovénia e Polónia. A componente física é a principal arma dos eslovacos, que contam com o médio Marek Hamsik (Nápoles), o ex-portistas Marek Cech (West Bromwich Albion) e o experiente avançado Robert Vittek (Ankaragucu) como principais referências. A estreia deverá ser com uma vitória, frente à modesta Nova Zelândia, mas o jogo com os paraguaios deverá ser determinante para ver quem passará aos oitavos-de-final.

Previsão: Itália e Paraguai

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