Arrependido

O casal homossexual do Malawi que eecebeu recentemente um perdão do presidente daquele país separou-se por causa...de uma mulher. Steven Monjeza, de 26 anos, e Tiwonge Chimbalanga, de 20, foram condenados em Maio a 14 anos de prisão por "actos indecentes". O caso dos dois homens recebeu a atenção do presidente da ONU, Ban Ki-moon, que apelou ao governo do Malawi para rever as leis contra a homossexualidade. Agora Monjeza diz que deixou Chimbalanga, e afirma que foi "coagido" a envolver-se numa relação homossexual, e encontrou uma parceira, Dorothy Gulo, de 24 anos. Gulo descreve Monjeza como "um homem a sério, capaz de fazer na cama com as mulheres o mesmo que qualquer outro homem" (a sério...). A jovem acrescenta que "experimentou com ele duas vezes", e que "nunca ficou desiludida". Gulo diz que aceitou ter relações com Monjeza mais "por curiosidade", devido ao impacto mediático das notícias que correram mundo, e que só está preocupada com Chimbalanga, e com o que este pode fazer. Monjeza diz que já não está associado com aquilo que agora chama "lixo gay", e que encontrou em Gulo "o amor da sua vida". O malawiano diz que na verdade "nunca teve relações com Chimbalanga", como este chegou a afirmar em tribunal, e é por isso que a análise médica "não conseguiu comprovar a penetração anal". Monjeza insiste que foi coagido, e diz que depois do perdão presidencial foi-lhe oferecido asilo noutros países. "Recusei, porque não quero ir para outro país e ser usado por homens gay". Monjeza e Chimbalanga foram detidos em Dezembro depois de terem anunciado o seu noivado numa cerimónia tradicional. O seu julgamento foi um caso mediático que chamou a atenção para os direitos homossexuais no Malawi.