segunda-feira, 11 de maio de 2009

Kissinger em Macau


Henry Kissinger está em Macau. O ex-secretário de estado responsável pela normalização das relações sino-americanos esteve no Instituto Politécnico para falar das oportunidades e desafios do desenvolvimento pacífico da China.

Kissinger, um judeu alemão que fugiu da Alemanha de Hitler para os Estados Unidos em 1938, foi o homem que disse há mais de 30 anos que a China "nunca ia mudar", e que era "um caso perdido". Hoje, bem mais velhinho e sem o mundo a seus pés como quando das administrações Nixon e Ford, vem dar o braço a torcer.

Em 1971 os Estados Unidos, a conselho de Kissinger, apoiaram o Paquistão na guerra indo-paquistanesa, preocupado com o crescimento da influência soviética na Ásia e querendo demonstrar à China (aliados do Paquistão e inimigos da India e da URSS) a importância de uma aliança tácita com os Estados Unidos.

Em 1974 apoiou a invasão da Turquia à ilha de Chipre através de financiamentos ilegais, apoiou a sangrenta anexação de Timor-Leste pela Indonésia em 1975, derrubou Allende no Chile e ainda pensou em mandar os nossos vizinhos espanhóis invadir Portugal depois da Revolução dos Cravos.

Um currículo invejável. Nonetheless, uma figura de monta que desempenhou um papel importantíssimo nas relações entre a China e os Estados Unidos. Recomendo a leitura do editorial de Ricardo Pinto, no Ponto Final de hoje.

3 comentários:

Anónimo disse...

caloteiro

Irene Abreu disse...

Ainda por cima vem sá esse cretino a Macau e recebido com todas as honras "porque teve um papel importante nas suas relações diplomáticas entre a China e os EUA", sabendo nós (o suficiente, porque há tanta coisa escondida nos bastidores da politica americana)que é o responsável por tanta desgraça.. francamente, não havia um lixo mais "limpo" para trazer a Macau?! Polémicas à parte,este homem jogou vidas humanas, como quem joga moedas num dos casinos de Macau. Hoje, é recebido com honras de herói, porque vivemos num mundo de ignorância e indiferença.

Anónimo disse...

Chamemos-lhe aquilo que é: um grande filho da puta mentiroso.