sábado, 4 de abril de 2009

In the army now


O serviço militar obrigatório era o maior pesadelo de qualquer adolescente. A única forma de evitar o seu cumprimento era mudar para o estrangeiro (ou vencer o mundial de futebol de sub-20, muito mais complicado). E foi isso que eu fiz. Quando terminou o SMO e a "tropa" passou a ser uma alternativa de carreira paralela à construção civil ou à estiva, muitos jovens respiraram de alívio. No entanto a crise económica e o consequente aumento do desemprego fazem cada vez mais rapazes e raparigas procurar teto, cama e roupa lavada alistando-se nos ramos das Forcas (não é lapso, é de propósito) Armadas. Só este ano já se registaram 3037, contra 1284 no ano passado. Como o objectivo das FA portuguesas é de 14500 praças, têm ainda neste momento 1800 "empregos" para oferecer. Espera-se mais um recorde na próxima incorporação, a 20 de Abril. Parece que são os militares que melhor ri agora...

7 comentários:

Anónimo disse...

E teto é de propósito também?

Leocardo disse...

Acordo ortográfico. E li no JTM há mais ou menos duas semanas que o Tibete era "o teto do mundo". Escreveu para lá?

Cumprimentos.

Anónimo disse...

"E foi isso que eu fiz". Uma pista importante para saber quem é o Leocardo: foi um dos campeões do mundo de sub-20.

Anónimo disse...

Por favor, não aplique o AO.

Leocardo disse...

Não quero aplicar o AO, mas acho que "teto" simplifica mais as coisas, e (já) não está errado.

Não fui campeão do mundo de sub-20; se reparar essa parte está entre parêntesis.

Cumprimentos.

Anónimo das 6:39 disse...

Pensei que com o desacordo ortográfico os parênteses não interessassem.

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Sempre assim foi, nos anos da guerra no ultramar, muitos que tinham posses e outros que não queriam prestar o serviço militar se piravam para o estrangeiro.
Eu, como bom patriota, me alistei como voluntário, e tirei o Curso de Sargentos Milicianos em Tavira,estive em Angola e Moçambique e por fim Macau,e que mal houve nisso, nenhum fiquei sim muito mais enriqecido como homem e como português que se honra.
Naquela altura a tropa só para os homens, quer tivessem barba rija ou não, o que importava era não serem cobrades e ajudarem o país a combater seus inimigos.
Eu orgulhoso por o ter feito.