A gripe suína já causou mais de 80 mortes no México, e já foram confirmados casos também nos Estados Unidos. Existem ainda casos não confirmados na Europa, e dez casos suspeitos na Nova Zelândia, em estudantes que tinham passado férias na América Central. O Japão já aconselhou aos seus cidadãos que não viajem até ao México, e o caso é já considerado "bastante grave" em termos de saúde pública.
No México, onde tudo começou, a vida está praticamente suspensa. Mais de mil pessoas já estão infectadas, e este é apenas um número referente ao dia de ontem. As escolas, museus e outros locais onde habitualmente se juntam muitas pessoas, estão fechados. Os jogos de futebol foram cancelados. Passageiros com sintomas de gripe são convidados a sair do metro e dos autocarros, e quase toda a gente não sai de casa sem a máscara. Teme-se que o México seja o "ground zero" de mais uma epidemia mundial de uma nova mutação do vírus da gripe.
Em França há a probabilidade de duas pessoas que voltaram do México estarem infectadas com o vírus da Gripe Suína, segundo informou o director geral de Saúde francês, Didier Houssin, em entrevista ao Le Parisien. Estes dois casos foram detectados nas regiões de Bordéus e Marselha. Em Marselha as autoridades sanitárias revelaram que se trata de uma mulher que voltou esta semana do México e que se encontra desde sábado em isolamento no hospital Nord, no centro de referenciamento para as doenças altamente contagiosas na região de Paca (Provença, Alpes e Côte d’Azur). Em Espanha, a ministra da Sáude, Trinidad Jiménez, referiu a possibilidade de existirem três pessoas, acabadas de chegar do México, infectadas com o vírus, informa o jornal El País. Essas três pessoas são de Almansa, Valência e Bilbao.
O novo vírus é uma variante animal do H1N1, uma mistura das variantes humana, suína e aviária de três continentes: América, Europa e Ásia. Em Hong Kong ainda está bem presente na memória dos residentes a epidemia de SRAS em 2003. Lo Wing Lok, perito em doenças infecto-contagiosas, considera o novo vírus "altamente contagioso", e avisa que as pessoas infectadas podem não revelar sintomas da doença. Yuen Kwok Yung, microbiologista da Universidade de HK, diz que caso haja uma pandemia na Europa e na Ásia, as consequências serão "inimagináveis".
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