sábado, 14 de fevereiro de 2009

Linchamento em Caracas



E provavelmente Chávez deveria estar mais preocupado em não fazer o seu país regressar à idade das trevas, que parece ser o caminho que o ditador quer para o país. Em El Valle, um bairro de Caracas, uma multidão enfurecida linchou um jovem de 28 anos em plena luz do dia. José Yorbeni Barrios era suspeito de cinco crimes de violação, foi reconhecido, atacado com paus e pedras, arrastado com uma corda, regado com gasolina e incinerado. Centenas de pessoas participaram do linchamento, outros aplaudiam, filmavam e tiravam fotografias. O bairro estava em alerta desde Janeiro quando José Luis Bogado, de 33 anos, evitou uma violação, mas foi confudido pela polícia como sendo o violador, e alvejado mortalmente. A violência urbana é um dos principais problemas da Venezuela, tendo custado a vida a 15 mil pessoas só em 2008. Perto de 70% dos venezualanos apoiam os linchamentos, e são a favor da chamada "justiça popular".

13 comentários:

Anónimo disse...

Selvagens! Se querem castigar os criminosos, ao menos matem-nos de forma rápida.

Anónimo disse...

Se querem castigar criminosos levem-nos á justiça e dêm-lhes um julgamento justo.
É essa a forma civilizada de lidar com este problema.

Justiça popular, nunca.

Nem com mortes rápidas nem com mortes lentas.

Anónimo disse...

Se 70% dos venezuelanos são a favor... Afinal a democracia não é isso, a vontade da maioria? Pensei que fosse.

Paulo39 disse...

Bem, eu não concordo de forma nenhuma e abomino totalmente os linchamentos e a justiça popular. No entanto, uma coisa é verdade: com uma justiça destas, são muito poucos os que se atrevem a pisar o risco. Digamos que é uma péssima forma de manter tudo na linha, mas que funciona melhor que todas as outras.
Em relação ao Anónimo das 8:06, penso que ele tem razão. Num estado democratico a maioria é que manda e 70% é uma grande maioria.

Anónimo disse...

Então legalize-se o linchamento.

Os deputados que apresentem uma proposta de lei para isso.

Ou faça-se um referendo para isso.

Cá para mim se a coisa for feita assim, muitos desses 70% iriam pensar duas vezes.

É que e muito fácil reagir a quente e dizer disparates sem pensar.

Anónimo disse...

E aos que muito jocasamente falam da democracia e de respeitar a suposta vontade destes 70%,
se vocês forem por exemplo perguntar ás pessoas se elas querem pagar impostos, 99% responderia que não.
Portanto segundo o vosso raciocínio os impostos deveriam ser abolidos.

Democracia não é irresponsabilidade, anarquia, regabofe.
Democracia é respeito pela vontade da maioria na eleição dos seus representantes, primado da lei, respeito pelas minorias e dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos que constam na Constituiçao.

Em países onde isto acontece não há lugar a linchamentos nem a justiça popular.

Anónimo disse...

"jocosamente"

Leocardo disse...

Muito bem dito.

Anónimo disse...

Já cá faltava a lição do que é a democracia. O que vale é que este blogue é frequentado por gente inteligentíssima que nos ensina sempre muitas coisas.

Por aqui se vê o que é realmente a democracia: só serve quando agrada a um certo sector e não à maioria. Em que é que difere então do resto, ó iluminados e inteligentes senhores?

Anónimo disse...

Eu já expliquei o que é no meu comentario anterior.
Se voce não entende então é porque não pertence á nossa classe dos iluminados e inteligentes.

Volte a ler, devagarinho, com calma, e vai ver que chega lá.

Anónimo disse...

Já li devagarinho e com calma e já percebi. A diferença entre democracia e outros sistemas é que na democracia podemos eleger os nossos representantes. Mas, tal como em ditadura, aquilo que é vontade da maioria não tem que ser seguido pelos governantes eleitos. Assim sendo, dispenso o direito de votar.

Leocardo disse...

Numa democracia tomos temos direitos e obrigações, e num estado de Direito a nossa liberdade nunca pode interferir com a liberdade dos outros. Este cidadão que foi linchado podia ser o maior dos facínoras, mas tinha direito a um julgamento justo e à sua defesa. Tenho a certeza que se acontecesse o mesmo com um dos venezuelanos que apoiam os linchamentos, já pensavam doutra forma.

Anónimo das 8:06, aposto que a vontade da maioria é não trabalhar e ficar sempre em casa e receber na mesma, penso que isso não seria possível pois não? Pelo menos essa era a minha vontade.

Cumprimentos

Anónimo disse...

"Tenho a certeza que se acontecesse o mesmo com um dos venezuelanos que apoiam os linchamentos, já pensavam doutra forma" (sic). Eu também tenho a certeza que se uma das violadas fosse a vossa mulher ou vossa filha também começavam a pensar de outra forma.