1) Os consumidores estão alertas em relação a ovos falsificados que vêm da China. Os tais ovos são feitos com uma série de compostos químicos, incluíndo alume, uma espécie de cristal utilizado na indústria como um coagulante. Os ovos são vendidos a metade do preço dos ovos originais. Com todo este trabalho e ainda por cima a por metade do preço, pergunto se não faria mais sentido vender, sei lá, ovos normais?
2) A Fundação Macau vai oferecer subsídios no valor de 300 patacas a cada residente que queira participar nas comemorações do 60º aniversário da implantação da R.P. China e o 10º aniversário da criação da RAEM. A ideia é boa e as intenções são as melhores, mas como é costume em Macau em tudo o que envolve dinheiro, têm sido vários os casos de "desonestidade" com o objectivo de obter os subsídios, que só podem ser conseguidos através de participação em actividades organizadas por associações. O Gabinete para Proteção de Dados Pessoais já veio avisar os cidadãos a ter "cuidado" com a quem fornecem dados como o número do BIR e outros. Dada a importância destas datas "redondas", não seria melhor atribuir as 300 patacas aos residentes e deixá-los fazer o que quiserem, sem os obrigar a nada? Às vezes tanta "organização" resulta em...desorganização.
3) Um jornalista do South China Morning Post devidamente credenciado não foi autorizado a entrar em Macau para fazer a cobertura do julgamento do ex-secretário Ao Man Long, realizado esta semana. A situação causou um grande mal estar entre os democratas de ambos os lados do delta do Rio das Pérolas, e teve honras de grande destaque na imprensa. Certamente que os Serviços de Migração têm muito boas razões, e podiam apresentar uma qualquer (ex: não nos apeteceu). Mas só uma pergunta: o que tem o jornalista a mais que os deputados do Legco que foram impedidos de entrar em Dezembro, para merecer tal destaque e preocupação pela malta da imprensa? Ao impedir a entrada de uns pela mesma razão (ou seja, nenhuma), abre-se um precedente. E agora é só "normal" que aconteça.
5 comentários:
A diferença entre um jornalista e um deputado é que o deputado foi eleito para se preocupar com os assuntos da sua região e não para vir a Macau participar em manifestações que não lhe dizem respeito; o jornalista, pelo contrário, tem o dever de informar não só sobre o que se passa no seu país ou região, mas também sobre o que se passa fora. Como tal, não deve ser impedido de entrar para fazer o seu trabalho, que é informar-se para depois informar os outros. Por isso é que é muito mais grave impedir o jornalista de entrar do que impedir um deputado.
O critério para impedir a entrada de ambos é o mesmo, portanto não faz diferença.
Então qual é o critério, que ainda não percebi?
Nenhum.
Então é verdade, não faz diferença.
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