sábado, 14 de fevereiro de 2009

Chavez todo poderoso


O ditador Hugo Chávez voltou a fazer das suas. Desta vez expulsou da Venezuela o deputado da União Europeia (UE), o espanhol Luís Herrero, depois deste o ter chamado de...ditador. Herrero critcou ainda o colégio eleitoral nomeado por Chávez para tratar do referendo que poderá mudar a constituição venezuela e fazer com que Chávez possa ser reeleito sem limite de mandatos. Herrero, em declarações aos jornalistas, apelou ao povo venezuelano para "votar livremente" e "não se deixar pressionar". O deputado foi convidado pela oposição venezuelana como observador do referendo, e foi posto num avião para S. Paulo, no Brasil. Segundo Tibisay Lucena, presidente do conselho eleitoral venezuelano, Herrero "perturbou a paz e harmonia" que têm marcado a campanha eleitoral. Parece que nada nem ninguém pode impedir a ambição de Chávez para se eternizar no poder...

12 comentários:

Anónimo disse...

É por causa de coisas destas que não deixam os deputados de Hong Kong entrar em Macau. Corta-se o mal pela raiz.

Anónimo disse...

Até agora, Chávez sempre foi eleito democraticamente. E talvez se queira perpetuar no poder, mas até isso, se acontecer, será feito através de referendo. Começo a achar muito estranha esta sua insistência no Chávez, que tem feito as coisas democraticamente, quer gostem quer não, ao contrário do que acontece na sua China, onde o povo não tem direito a voto, mas isso parece não o incomodar. Aliás, nem em Macau há democracia como na Venezuela. Chávez expulsou esse espanhol por causa da sua "ingerência nos assuntos internos" da Venezuela, expressão que o governo chinês tanto gosta de utilizar por tudo e por nada sem que, nesse caso, o Leocardo se sinta incomodado.

Leocardo disse...

Eu é que não percebo essa sua insistência na China. A diferença é que, ao contrário da China, a Venezuela é suposto ser "uma democracia plena". Ah sim, e na China os líderes não se perpetuam no poder, ficam oito anos no máximo.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Não sou eu que insisto na China, apesar de também me chamar Anónimo. Apenas achei que desta vez a referência à China tinha razão de ser. A democracia plena na Venezuela continua a existir enquanto tudo for feito através do voto universal. O problema é que a democracia só serve (mesmo para os que se auto-intitulam de grandes democratas) quando estamos de acordo com quem manda. Quando não estamos, apelidamo-los de fascistas ou de comunistas, mesmo quando são eleitos democraticamente. Continuo, portanto, a não perceber qual o problema de Chávez expulsar estrangeiros quando estes se metem nos assuntos internos da Venezuela. Por isso, continuo a perguntar: não era isso que a China faria, tal como Chávez? Ou Chávez, só porque não recolhe a simpatia da comunidade internacional, não tem o direito de mandar no seu país?

Paulo39 disse...

Sr Anónimo:

Salazar também foi consecutivamente eleito pelo povo (?) Mas como? Também ele era democrata? Duvido.
Existem outros métodos para se criarem ditaduras além da abolição de eleições.
Eleições =! (diferente) Democracia

Anónimo disse...

O nosso Chefe do Executivo também foi "eleito".
E o Saddam tambem foi sucessivamante "eleito" com percentagens na ordem dos 99%.
O Mugabe também tem sido "eleito"

Se voce acha que eleições feitas por meia duzia de iluminados, eleições onde só há um partido ou um candidato ou eleições recheadas de fraudes são a mesma coisa que eleições livres, multipartidárias, com sufrágio universal e livres de fraudes e corrupção, então eu vou e já venho...

Anónimo disse...

"...se acontecer, será feito por referendo". Oh meu caro, já se esqueceu que no referendo anterior no ano passado o povo disse que não a esta proposta do Chavez. Quantos mais referendos democráticos irá ele realizar?

Leocardo disse...

Não vai ser preciso fazer muitos mais, este está praticamente garantido, mesmo que a maioria vote "não".

Anónimo disse...

Anónimo das 11.02: Não se queixou quando em Portugal o referendo do aborto foi repetido até ganhar o sim, pois não? Suponho que também não se queixou quando alguns países europeus fizeram o mesmo para passar à força a tal de constituição europeia (neste caso, alguns até por cima do referendo passaram, para fazer prevalecer a sua vontade sem percalços). É esta a vossa visão da democracia: uma maravilha, desde que governem aqueles que nós queremos, para tomarem as decisões que nós achamos correctas. Uma democracia de dois pesos e duas medidas, portanto. Se forem democraticamente eleitos aqueles que detestamos, já não é democracia.

Anónimo disse...

Impressionante. Os que comentam neste blogue já descobriram coisas que mais ninguém conseguiu descobrir (como por exemplo, ter havido fraude nas eleições venezuelanas). Deve ter sido por isso que Chávez não ganhou logo no primeiro referendo. Ele até tinha ganho, mas como gosta da fraude, preferiu dizer que tinha perdido. Cambada de atrasados mentais...

Anónimo disse...

Caro anónimo das 1:27,

Queixei-me em ambas as situações de que fala. Portanto, essa da visão de dois pesos e duas medidas não é para mim de certeza. Que governe quem for eleito. De acordo com as regras do jogo. E o Chavez alterou-as agora pelo que pode recandidatar-se e governar pela 3.o mandato.

Voltarei a queixar-me, por exemplo, quando os atrasados mentais que governam Portugal submeterem a referendo novamente a questão da regionalização. Se querem ir para a frente com a coisa porque é não têm túbaros para legislar simplesmente, em vez de se darem a este trabalho?

Quanto a esta paródia do Chavez é de facto curioso que o gajo force um referendo menos de um ano depois do anterior que lhe deu sopa. Mas tudo bem. Não existe período de nojo entre referendos, pelo que pode este senhor afirmar e ir para a frente com os seus referendos. Belos eram os tempos em que ele, simples candidato, disse que se ganhasse ia embora no final do 1.o mandato. Mas isso são contas de outro rosário que você não se recorda concerteza.

Cumprimentos,

Anónimo disse...

A comunada nunca se cansa de espingardar.