É com prazer que anuncio o final do nono ano de emissões do Bairro do Oriente. A partir de amanhã o blogue entra na sua emissão "double digits". Obrigado por preferir o Bairro do Oriente, onde há (literalmente) de tudo para todos os gostos! Salve.
Custa-me ter que explicar estas coisas a um cidadão alfabetizado e decano, mas recorrendo aqui à velha máxima da "água mole em pedra dura", aqui vai outra vez. O avariado do Paulo Reis foi neste texto da caverna onde pratica bruxaria acusar-me de uma série de coisas, entre as quais "ggenocídio" - sim, se com um "g" apenas já é o que é, imaginem então com dois! Pois, de maneira que após uma espécie de "bilhar às tabelas" aplicado à responsabilização criminal e mais ataques tresloucados a pessoas de quem não gosta, chego à conclusão que aquela trapalhada até teria um calço para tentar descolar da pocilga, não fosse...
...pela falta de asinhas. Se o Paulo Reis quiser juntar ao seu circo estes dois, que PUBLICARAM estes comentários, fazendo deles PÚBLICOS, e por isso também MEUS, alegando que os "difamei", e que eles não escreveram aquilo que ali está, força! Em frente, Capitão Malucão! Aquele ali de cima até andou a fazer propaganda daquele "Tratado da Barbárie", partilhando por tudo o que era página do Facebook. Mas isto é 'normal' entre toda esta anormalidade. Este é o mesmo Paulo Reis que...
...tenta convencer meio mundo de uma treta que nem uma criança de 6 anos engolia. Pegando num comentário pessoal muito "livre" (e despropositado) de um jornalista do Público a propósito de uma reportagem feita em 2008 na Mesquita de Lisboa, Paulo Reis alega que "existe um sistema jurídico paralelo" em Portugal, sugerindo de seguida que o "Sheik" Munir "decepou mãos" a quem foi julgado pelo "tribunal da Sharia".
O mesmo Paulo Reis que vê "anti-semitismo" em toda a parte, incluindo o Correio da Manhã! E tudo por causa de uma notícia que menciona o país de origem de uma arma usada num crime de faca e alguidar. Fossem perguntar na redacção do CM se por ali têm algum tipo de "anti-semitismo", eles respondiam: "Esse não temos...mas temos a revista Destak!".
O mesmo Paulo Reis que leva a cabo estes autos-de-fé, e onde aí sim, decorrem actos difamatórios graves - este COBARDE até apagou aquele comentário que podem ver no link, cheinho de nhufinha.
No fundo, o mesmo Paulo Reis que não sabe o que diz, e que depois daquele discurso que se pode descrever de "circense", desbaratou na pobre miúda ao estilo do mais ordinário e reles que há, e tudo porque ela lhe disse na frente o que toda a gente lhe diz nas costas. "Ai eu trabalhei, nha nha nha". "Sou velho, oiçam o meu relho". Vai-te tratar, Paulo Reis!
Segunda e terça feira foram os dias das Linhas de Acção Governativa (LAG) para a Segurança, a tal pasta onde o secretário se pode recusar a responder qualquer pergunta sem que precise de justificar alguma coisa - e ainda bem, muito mal estaríamos caso não fosse mesmo assim. Wong Sio Chak, actual secretário para a segurança, usa esta vantagem de uma forma que eu considero exímia, e protagonizou ontem durante a sessão de perguntas e respostas dos deputados um momento de se lhe tirar o chapéu.
Tudo aconteceu quando a certo ponto o deputado Cheang Chi Keong resolveu levantar a questão do uso da língua portuguesa em cerimónias oficiais, incluindo "dias nacionais e outros com a presença de patentes militares chinesas". Wong Sio Chak respondeu que isso era um aspecto "da cultura das Forças de Segurança", e que essa era uma questão "que nunca lhe tinha passado pela cabeça". O deputado respondeu que "nada tem contra o Português, que é uma língua oficial", e dito isto todo o resto que possa ser pronunciado por ele simplesmente não interessa.
Fong estaria certamente a referir-se à voz de comando dos oficiais no momento da formatura durante as tais paradas; coisas que se gritam alto, e que soam a qualquer coisa do género "panheeeeee...AUT!", o que duvido que seja algo uniformizado mesmo entre diferentes companhias do mesmo contigente de qualquer exército do mundo. Fez bem, Wong Sio Chak, em deixar mais uma vez bem claro que há coisas que não se perguntam. Paciência, o segredo é a alma do negócio, e agora começavam os srs. deputados a querer saber coisas, e um dia chegavam aí os srs. bandidos com as mesmas exigências. Isso é que não pode ser nada, ó chefe.
Estive ontem em Hong Kong durante boa parte do dia, e fui almoçar ao melhor sítio onde se come na RAE vizinha: Chungking Mansions, em Tsim Sha Tsui. Entrai, fazei o obséquio.
O Chungking Mansions era um edifício comercial/habitacional "a sério", mas durante anos de desinteresse da parte do mercado imobiliário, foram-se instalando ali negócios montados por indianos, paquistaneses, egípcios e afins. O que mais se pode lá encontrar é comida. Comidinha, yum, yum. Se quiser pode comprar lá cabelos, numa das lojas de cosméticos indianos. Cabelos garantidamente humanos, extraídos directamente da cabeça de alguém!
Os locais não frequentam muito o Chungking Mansions, e entre as donzelas e senhoras existe uma ideia feita de que "não podem entrar lá sozinhas". Ora bem, assim sendo não provam do melhor caril em Hong Kong! Parvas.
Existe ainda um outro preconceito derivado do sítio ser frequentado na maioria por cidadãos originários do subcontinente indiano e das Áfricas, que diz respeito ao odor ambiente, que consideram "demasiado exótico" para os alcalinos parâmetros locais. Bem, se acham que deste restaurante pode sair algum odor remotamente desagradável, mais fica!
E para o almoço foi este Biryani de frango, e muitas outras coisas deliciosas e fartas, tudo por apenas 140 paus, para duas pessoas. Ah, e enquanto lá estive não rebentou nada, por mais estranho que possa parecer a quem já tem a mente rebentada.
Encontrei este livro numa loja aqui ao lado em Hong Kong, e como é fácil de perceber, um título daqueles seria mais que suficiente para colocar em autor, livraria e livreiro o rótulo de "subversivo", ou algo pior. Mas não, pois apesar de aquela loja ser afiliada com uma grande editora em Taiwan, e o autor ser ele próprio natural da ilha nacionalista, a obra é simplesmente uma análise (não muito abonatória, ainda assim) do poderio militar chinês e fá influência do mesmo na região Asia-Pacífico. O problema aqui foi simplesmente a tradução do título, que peca por ser demasiado literária; o mais correcto seria qualquer coisa como "China destruidora", ou "China arrasadora". Arrasada aqui fica só a profissão de tradutor, mais nada.
Fidel Castro faleceu ontem aos 90 anos. O desaparecimento de uma das figuras mais carismáticas do século XX e um dos últimos sobreviventes da Guerra Fria sobreviveu a vários atentados, a um embargo de mais de 40 anos da parte dos Estados Unidos, a muita, muita coisa, mas não consegue evitar o mesmo destino que nos toca a todos, helas, Fidel Castro foi. E Fidel Castro foi tudo o que se pode ser, conforme a vontade do freguês.
Foi um herói revolucionário e libertador; foi um ditador inflexível e sanguinário; foi um exemplo e uma inspiração para muitos povos oprimidos; foi responsável pela angústia de milhares que partiram para o exílio e deixaram para trás a sua terra e família; foi um exímio e incansável orador; foi um ridículo e pedante açambarcador da palavra. Foi o que fim, mas foi até ao fim. Hasta siempre, comandante.
Era esta a notícia que vinha ontem no site do zerozero.pt, e que dava conta do "despedimento de Henrik Larsson" pelo Helsingborgs, oficializado esta quinta-feira "depois da descida histórica à II Divisão sueca", o que "nunca tinha acontecido antes" com o clube sueco. Achei estranho que um clube que nunca tinha sido despromovido e estivesse "aflito" mantivesse o mesmo treinador durante toda a época. Ou daí talvez não, tratando-se da Suécia, mas em Portugal penso que não estarei a exagerar se dissesse que no caso de Larsson, esta seria a terceira ou quarta chicotada da temporada. A verdade é outra, e de facto Larsson deixou o clube da sua cidade natal, e onde na época de 1992/93 apontou 50 golos, e que lhe valeu uma transferência para os holandeses do Feyenoord, seguida de outras que fizeram dele o melhor avançado sueco de sempre depois de Ibrahimovic (ou neste caso até Ibrahimovic). Mas foi o antigo internacional que bateu com a porta, e não o contrário, e em circunstâncias..."estranhas". Ah sim, e também não é verdade que o Helsinborgs "nunca tinha sido despromovido" - a não ser que a História tenha começado há 24 anos.
O Helsingborgs Idrottsförening, ou H.I.F., é de facto um dos grandes clubes da Suécia, 5 vezes campeão e outras tantas vencedor da Taça. Contudo o último campeonato conquistado foi em 2011, e a partir daí tem entrado em decadência: classificações de 6º, 5º, 9º e 8º lugares nas épocas seguintes, e este ano um 14º lugar obtido "in extremis" numa competição com 16 equipas, e que lhe valeu, do mal o menos, disputar o "play-off" de manutenção contra o 3º classificado da 2ª divisão, o Halmstads, que depois de empatar fora 1-1, venceu em casa por 2-1, e assim mandou a equipa de Larsson para o segundo escalão pela primeira vez...
...desde 1968. Como se pode ver, nessa época o clube terminou em penúltimo lugar da liga, e Verdade, verdadinha, é que o Helsingborg sofre do mesmo problema de muitos outros clubes que "já eram": falta de liquidez. A equipa era mediana, os jogadores tinham vencimentos em falta, e o clube nunca poderia despedir Larsson, uma vez que não tinha como lhe pagar a indemnização. O lendário avançado do Celtic feito treinador aguentou a crise durante toda a época desportiva, que terminou no último dia 20, antes dos rigores do Inverno nórdico, e até prescindiu dos meses de salário que tinha em atraso, o que lhe valeu rasgados elogios da direcção e dos adeptos do Helsingborgs. Larsson até ficaria de bom grado ao leme do clube que o deu a conhecer ao mundo desportivo "por amor à camisola", e outro certamente não fará milagres pelos Helsingborgs, mas no jogo da segunda mão do "play-off" de manutenção passou-se isto:
O seu filho Jordan Larsson, de 19 anos, e também ele avançado, foi atacado por "hooligans" mascarados, mal se deu o apito final do encontro que ditou a despromoção dos Helsingborgs. E eram adeptos dessa mesma equipa, os agressores, e segundo a polícia sueca, o alvo era o próprio treinador, numa acção que havia sido planificada num grupo secreto do Facebook. Que adeptos ingratos, pode-se dizer; queriam atacar o homem que se dispôs a ajudar o clube num período problemático sem pedir quase nada em troca, e acabaram por agredir o melhor marcador - Jordan apontou sete dos 34 golos do Helsingborgs na Liga.
E assim o Helsingborgs termina um ciclo que teve o seu início e fim com Henrik Larsson. O ex-avançado, filho de mãe sueca e pai cabo-verdiano (um pescador, aparentemente) deu início em 1992 a uma dourada que só havia tido paralelo nos anos 50, e 24 anos depois sai com o clube no mesmo lugar onde o encontrou. Pelo meio ficaram passagens por Celtic, Barcelona e Manchester United, entre outros, além de 106 internacionalizações e 37 golos pela Suécia. Assim sim, é a história contada do princípio ao fim.
Mais uma jornada europeia a meio da semana, com saldo negativo para as equipas portuguesas, que averbaram três empates e uma derrota. Começando com o Benfica, que teve tudo para carimbar a passagem à fase seguinte da Liga dos Campeões, mas acabaria por deixar as contas do Grupo B bastante complicadas. Os encarnados estiveram a vencer por 3-0 em Istambul frente ao Besiktas, equipa que havia empatado a duas bolas na Luz na primeira jornada do grupo, mas acabou por permitir a reacção dos turcos, que conseguiram chegar ao empate. Gonçalo Guedes, Nélson Semedo e Fejsa marcaram no primeiro tempo para o Benfica, enquanto Tosun, Quaresma (de "penalty") e Aboubakar, avançado emprestado pelo FC Porto ao Besiktas, fizeram os golos da equipa da casa. Na outra partida do grupo o Nápoles, a jogar em casa, não foi além de um empate sem golos frente ao já eliminado Dynamo Kiev, o que deixou as contas neste impasse:
E assim, com tudo por decidir menos o último lugar, que é do Dynamo, realiza-se na terça-feira, dia 6 de Dezembro, a última ronda, com os jogos Benfica-Nápoles e Dynamo Kiev-Besiktas. O Benfica tem vantagem no confronto directo com os turcos nos golos marcados fora de casa, enquanto estes têm vantagem sobre o Nápoles. Uma vitória da equipa portuguesa significa o apuramento com vitória no grupo, enquanto que em caso de empate, apenas a vitória do Besiktas relegaria o Benfica para o terceiro lugar, e para a Liga Europa. A equipa de Rui Vitória pode mesmo perder contra os italianos, desde que os turcos não ganhem na Ucrânia. Recorde-se que no jogo do Estádio de San Paolo o Nápoles venceu o Benfica por 4-2.
Entretanto já no dia anterior ao jogo do Benfica, também o Porto e o Sporting tinham realizado os seus compromissos na Champions, e começo pelos primeiros, que empataram sem golos na Dinamarca frente ao FC Copenhaga, e apesar de existirem menos equações no Grupo G quanto ao eventual apuramento, torna-se imperativo ganhar na última jornada em casa ao Leicester. Os ingleses já garantiram o apuramento após vencerem o Club Bruges em casa por 2-1, e três dias depois da ida ao Dragão têm uma recepção ao Manchester City para a Premier League. O Porto ainda se pode apurar em caso de empate ou derrota, mas para isso o FC Copenhaga não pode vencer na deslocação à Bélgica, e em caso de igualdade pontual, os dinamarqueses levam vantagem no confronto directo, uma vez que empataram no Dragão, mas marcaram um golo, ao contrário dos portistas no jogo fora.
Já o Sporting, que jogou no mesmo dia que o Porto, viu goradas as (poucas) hipóteses que tinha em conseguir o apuramento para os oitavos da Champions, ao perder em casa com o Real Madrid por 1-2, repetindo assim o mesmo resultado do jogo do Santiago Barnabéu, onde viu a vitória fugir-lhe nos derradeiros instantes do encontro. Desta feita foram os "merengues" que estiveram em vantagem, graças a um golo de Varane aos 29 minutos, e apesar de ter tentado "fazer pela vida", a equipa de Jorge Jesus viu-se reduzida a dez elementos já na segunda parte, devido à expulsão do lateral-direito João Pereira - mais uma vez a equipa leonina a demonstrar falta de traquejo e de algum sangue frio tão necessário neste tipo de prova. Mesmo assim o Sporting chegou ao empate ao minuto 80, na transformação de uma grande penalidade convertida por Adrien Silva, mas o Real chegou à vitória graças a um golo de Benzema, não no minuto "oitchentchocho", mas no anterior, aos 87.
Foi providencial, a vitória do Real Madrid, que assim mantém as ambições em chegar ao primeiro lugar do Grupo F, precisando para isso vencer em casa o Borussia Dortmund na última jornada. Os alemães protagonizaram um resultado fora do comum no jogo em casa frente ao Légia de Varsóvia, vencendo por 8-4, que constitui o recorde de mais golos marcados numa só partida da fase de grupos da Champions. O Sporting, por seu lado, já está afastado dos oitavos, e ainda não garantiu a repescagem para a Liga Europa; os leões estão proibidos de perder na Polónia se quiserem continuar nas competições europeias.
E finalmente na Liga Europa, o Braga manteve acesa a luta pela qualificação ao empatar na Bélgica frente ao Gent a duas bolas, segurando o segundo lugar que pode ser seu, caso vença o Shaktar Donetsk na derradeira jornada e não queira ficar a depender do resultado da partida entre o Konyaspor e os belgas. O Shaktar já garantiu o primeiro lugar, somando por vitórias todos os desafios realizados, e é improvável que vá a Braga na máxima força, até porque no fim-de-semana seguinte joga em Kiev frente ao Dynamo, um jogo que pode ser decisivo nas contas da liga doméstica.
Posto tudo isto, está cada vez mais em risco a presença de uma terceira equipa portuguesa na Champions na época 2018/19, na qual se contabiliza a pontuação geral das equipas nos cinco anos entre 2012 e 2017. Uma passagem do Porto e Benfica à fase seguinte da actual edição daria um bom impulso, bem como uma eventual chegada de Sporting e Braga a uma fase adiantada da Liga Europa, mas é preciso ter em conta que ainda há quatro equipas russas em prova. É de aproveitar enquanto há, portanto.
Não tenho por hábito - e se calhar nem devia - responder a baixezas vis, reles e torpes vindas de quem comprovadamente se encontra num estado adiantado de decomposição mental, mas já que o Paulo Reis, e não o "não-Paulo Reis" se deu ao trabalho de escrever o maior texto alguma vez dedicado à minha pessoa, resolvi fazê-lo, e antes de mais nada, vou deixar claro que é a última vez que o faço. Quanto ao "não-Paulo Reis", a questão será - e já está a ser - resolvida em sede própria.
Em primeiro lugar, e em relação ao referido texto, vou dar de barato e ignorar as partes que constituem crime de ameaça (cf. artº 147º do CP Macau), que tenho a certeza terem sido produzidas no contexto da insalubridade mental do indivíduo, que é do domínio público. Como para mim as coisas são o que são, e não sou médico nem veterinário para retirar outras conclusões, permita-me que lhe deixe isto bem claro: não me mete medo. Isso, não me assusta, seu homenzinho ridículo, e já que faz questão em não distinguir o que é pessoal do restante, fique a saber também o seguinte: não sei que café é esse que frequenta, só sei que não frequento nenhum (nota: parece que o triste se referia ao Café Caravela, onde não ponho os pés vai para mais de dois anos - não que alguma vez o tivesse visto por lá), e apesar de "viver não muito longe de mim", terei-o visto duas ou três vezes na minha vida, se tanto, mas pode ter a certeza que da próxima vez que se cruzar com o Luís Crespo, este vai inquiri-lo sobre aquilo que o aflige. E não, não é ameaça, por muito que você queira dar a volta, como aliás faz com todo o resto, mas antes "curiosidade" legítima da minha parte. Digamos que estou curioso para saber como pretende realizar os desvarios de marialva que refere no seu texto. Agora no que toca ao Leocardo:
É um facto que ninguém me encomendou o sermão, mas uma vez que me veio bater à porta, aqui vai: Ninguém lhe liga nenhuma. Facto. Aquilo que você diz, não se escreve. Outro facto. O seu desfasamento leva a que se exponha ao ridículo, e já que gosta tanto de "print screens", aqui vai mais um:
CEMA?? CEMA??? Terra chamando Paulo Reis. Alô Paulo Reis. E entretanto já ele "afiava a faca", usando uma expressão do próprio, para "pedir satisfações" aos elementos do grupo que alegadamente o havia "banido" - COITADINHO! Como se alguém lhe devesse satisfações ou outra coisa qualquer, para esse efeito. Isto dos "print-screens", que parece incomodar "a casa" apenas quando dá vantagem aos forasteiros, não são "devassa" de coisa nenhuma, como afirmou o seu "camarada" chanfradinho da Silva - aquilo que você PUBLICA é PÚBLICO, como o nome indica. Você é - ou foi ou sei lá nem me interessa - jornalista, certo? Deve saber muito bem do que falo. O que constitui crime de devassa, outra figura do Código Penal, leitura que lhe recomendo para o seu próprio bem, é fazer-se passar por outra pessoa, ou ainda tentar aceder a contas de internet alheias. Soa-lhe a algo familiar? Ah, claro que não. Isso será para o "não-Paulo Reis" explicar.
Agora em relação aos conteúdos do meu blogue, dos quais o Paulo Reis faz uma análise DESONESTA, recorrendo para o efeito a menoridades, com a agravante de as fazer de uma forma completamente descontextualizada, método que aliás aplica a toda a gente que chove na sua parada de xenofobia, ódio e preconceito, que parece ter feito seu apanágio. Mas o problema PARA SI é que ninguém lhe liga nenhuma. A sério, e quem tiver algum problema com o que escrevo, existem duas vias: ou recorre aos meio judiciais ao seu dispor, e certamente que havendo matéria de facto será atendido, ou come menos, ou põe de lado no prato. O seu problema aqui passa pela perspectiva infantilóide com que encara o uso da razão, e a forma alucinada com que reage a quem lhe que fazer apenas constatar o óbvio. E que óbvio é esse de que falo?
Isto é o óbvio. O que está ali não saiu do George Soros, nem é autoria dos "liberais" (?) que tanto odeia, ou da "esquerdalha", dos "anti-semitas e pró-nazis" que segundo você "têm enorme peso e influência na sociedade" de Macau (haja dó, sinceramente) e outros mimos com que costuma brindar quem ouse questionar os disparates que propaga - é A LEI! É o CÓDIGO PENAL DE MACAU! AQUILO É CRIME! C-R-I-M-E. Entendeu ou precisa que lhe faça um desenho? Não lhe estou a chamar de criminoso, ou nem sequer a concordar ou discordar da validade da legislação: É CRIME! Não é "opinião", como afirma lá um dos seus (poucos) amiguinhos que resolveu embarcar na nau da xenofobia e do preconceito, e que do dia para a noite achou que seria "divertido" difamar civilizações inteiras, imputando a todos a natureza criminosa de uma pequena parte deles: É CRIME!
Fica-lhe mal, a sério que lhe fica, tirar conclusões a respeito da filiação política ou confissão religiosa de pessoas que não conhece de parte nenhuma, e que não lhe deram confiança para tal. Fica-lhe mal e leva a que toda a gente com um palmo de testa chegue à mesma conclusão que eu: você é reles. É uma pessoa pequena, baixa, vermiforme e sem carácter. A ética que em tempos regeu a sua vocação evaporou-se na nuvem de mesquinhez xenófoba que se abateu sobre si. O NAZI aqui é você. Sim, você, que defende a deportação de imigrantes com base na etnia e religião, a revogação da nacionalidade com base em pressupostos étnicos, e pouco importa que acuse outros daquilo que é evidente ser o que você protela, seu NAZI. Tenha vergonha na cara, seu imbecil.
E agora para concluir, tal como referi num parágrafo anterior, se acha que daqui resulta matéria de facto para procedimento criminal, vá em frente, insisto. O mais provável é que prossiga na sua senda de ataques baixos e reles, próprios do seu carácter nada recomendável - aquilo que você entende por "fazer justiça" é o que a justiça A SÉRIO chama de "prova". Vá em frente, mas tirando este pormenor que acabei de referir: ninguém quer saber, ninguém lê, e você sabe disso, pois fez questão de se rodear de uma claque de gente que não sabe nem lê. Pelo menos a esses vai restando o bom senso de não fazer asneira. Se não gostou dos meus (sinceros, aliás) desejos de melhoras, aqui vai antes uma recomendaçãozinha: vá-se tratar!
PS: Isto vale o que vale, e insere-se no que se pode chamar de "direito à resposta", e é dirigido ao Paulo Reis. Para o "não-Paulo Reis" o caso muda de figura, e até se resolver um eventual contencioso, não devo - nem posso - me pronunciar.
Gary Lineker, antigo avançado inglês, o melhor da sua geração, tornou-se comentador desportivo depois da sua retirada da alta competição em 1994, e assim como havia acontecido nos relvados, é considerado exímio nessa função. O seu estatuto de celebridade do desporto pouco propensa a escândalos relacionados com a sua vida privada faz dele um alvo apetecível para a indústria da publicidade, e desde 1995 que Lineker é o "rosto" da marca de batatas fritas de pacote "Walkers". Após mais de vinte anos a vender o produto, o actual comentador da BBC-Sports decidiu cobrar um pequeno favor pelos seus serviços, e no passado dia 11 esteve reunido com executivos da Walkers e da PepsiCo, da qual a primeira é uma subsidiária, com um ponto apenas na agenda: pedir que deixem de fazer publicidade no jornal The Sun, o tablóide britânico, que é também a publicação mais vendida em Inglaterra - o que é de pasmar, considerando aquilo que vou demonstrar mais à frente. A razão do pedido prende-se com uma azeda troca de acusações ocorrida no mês passado entre Lineker e o jornal, com o primeiro a acusá-los de fazer uma cobertura "racista" da chegada a Inglaterra de um grupo refugiados vindos da tristemente célebre "selva" de Calais, em França, e com os últimos a pressionar a BBC para dispensar os serviços do comentador. A retaliação por parte do The Sun aos comentários publicados por Lineker na sua conta do Twitter foram entendida como "desproporcional" pela opinião pública, que como já tinha referido neste artigo, deram a vitória ao ex-futebolista neste assalto do combate de palavras com o jornal.
A iniciativa de Lineker não terá tanto a ver com algum sentimento de despeito para com o tablóide que o atacou, mas mais com a sua adesão ao projecto "Stop Funding Hate", que nasceu no Facebook, e visa sensibilizar empresas e particulares a não contribuir para publicações que propaguem o discurso de ódio. Um dos maiores alvos desta campanha são tablóides como o "Daily Mail" e o "The Sun", mas se no caso do primeiro a retórica é sobretudo politicamente condicionada, já no outro caso passa-se para o campo do surrealista. Deixando momentaneamente a questão dos refugiados e do "impecável" serviço dos media que procuram moldar a opinião em vez de informar, vamos olhar para o "The Sun" de frente, sem recurso a qualquer de tipo de lente protectora. Não existe o risco de sofrer danos irreversíveis ao nível da retina, mas certamente que dá para ficar de queixo caído.
Já tinha referência a esta...este...não sei o que lhe chamar, neste artigo do ano passado, e demonstra bem do que o tablóide mais vendido em Inglaterra é capaz. Claro que isto é "exclusivo mundial" - quem é que se ia lembrar de uma coisa destas? Só faltava dizerem que um Neadertal de braço estendido a apontar para um pterodáctilo era um antepassado de Hitler. Lembram-se do "Jornal do Incrível", aquela publicação muito em voga em Portugal nos anos 80 que inventava notícias do tipo "bebé nasce com feto no útero", ou do "Notícias do Mundo", que na década seguinte afirmava coisas do género "Catarina Furtado nasceu homem", ou que o casamento do duque de Bragança foi transmitido para Macau e visionado por "milhares de chineses" na "principal praça" em "ecrã gigante". Ora pois, esses inventavam a notícia, literalmente. O The Sun "compõe" as notícias com recurso a dados já existentes. É um bocado como aquele exercício de expressão escrita que se destina a crianças do ensino elementar, onde lhes é dada uma imagem qualquer e depois se pede para escrever um texto sobre a mesma. Mas a relação com aquela que é a maior paixão dos britânicos, o futebol, já é atribulada desde muito antes da troca de galhardetes com Gary Lineker. Olhemos para outro exemplo relativamente recente:
Estas imagens são de Agosto último, ainda durante a pré-temporada futebolística, e nela o treinador do Liverpool, o alemão Jürgen Klopp, a recusar-se prestar declarações ao The Sun durante uma conferência de imprensa. O técnico deixa claro que a razão "nada tem a ver com o facto de ser treinador do Liverpool", e já vamos ver o porquê dessa ressalva, mas simplesmente porque "há coisas que devem permanecer privadas". Ao que é que Klopp se referia, exactamente?
A isto, que não é pouco. Dejan Lovren (à direita) é um defesa central croata ao serviço do Liverpool, e que ficou excluído da convocatória para o último Europeu de futebol devido a um desentendimento com o seleccionador Ante Cacic durante um jogo de preparação contra a Hungria em Março, onde o central vocalizou a sua insatisfação por ter ficado no banco, quando três dias antes havia sido titular num outro particular contra Israel, que a Croácia venceu por 2-0. Isto é do domínio público, e aconteceu em Março. Alguns meses depois, em Agosto, o The Sun tinha na sua posse "provas" de que a mulher do jogador estava envolvida num relacionamento extra-conjugal com um amigo do casal, e para perceber o que o tablóide entendia como sendo uma "bomba", basta olhar para a imagem à esquerda. Faltava o pretexto para publicar a "descoberta", e para isso "inventou-se" que o jogador faltou ao Euro em França para "salvar o seu casamento" - algo que nunca seria possível desta forma, certamente. Isto é o que toda gente de bem entende como "devassa da vida privada", independentemente do que dizem as leis inglesas no que diz respeito aos limites da liberdade de expressão, que desconheço, mas suponho que sejam mais do que permissivas: são libertinas!
E esta é razão pela qual Klopp precisou de esclarecer que a razão de não falar para o tablóide era meramente pessoal. A relação entre o Liverpool e o The Sun azedou para lá do remediável por altura da tragédia de Hillsborough, em Abril de 1989, quando 96 adeptos morreram durante uma partida da meia-final da Taça de Inglaterra entre o Liverpool e o Nottingham Forest, disputada em Sheffield. Segundo o The Sun, a "verdade" é que durante os tumultos que causaram o número de mortos que ainda hoje constituem a maior tragédia de sempre em competições desportivas, os adeptos do Liverpool "roubaram a carteira de alguns cadáveres", "urinaram na polícia" e "agrediram o pessoal médico enquanto prestava primeiros-socorros". E tudo isto sem terem lá estado, visto o que quer que fosse, ou nada que se seja remotamente tido como decente para o estatuto de media que ostentam. Claro que a indignação foi enorme, ao ponto de mais tarde o The Sun a publicar isto:
"Ah...desculpem lá o mal entendido...mentimos sim, mas a culpa não foi nossa! Foi a Thatcher e os amiguinhos dela que nos contaram" - e também não estavam lá, convém referir esse detalhe. "Desculpem lá o mau jeito, pá! Esqueçam lá isso". Isto é de uma baixeza hedionda e sem nome. É indiferente que se prostituam em nome da sua agenda política e condicionem a opinião pública em relação à situação dos refugiados de Calais ou noutra coisa qualquer. Os exemplos são tantos e com com uma cadência tal que nem dava para fazer aqui um resumo. Gary Lineker é apenas mais um buraco na estrada para quem optou por um atalho ínvio, como é o caso do The Sun, que repito: é a publicação mais vendida no Reino Unido.
1) Não é necessário recordar-me dos posts ou dos vídeos que publiquei, uma vez que, e como a própria palavra indica, são públicos, e como tal qualquer pessoa os pode ver. Mesmo assim obrigado pela publicidade.
2) Por mais que se faça passar por muitos é apenas 1 (um), e a forma tresloucada com que quer dar a entender que é mais do que isso não levanta dúvidas que valham pena juntar dois mais dois, e a propósito...
3) O hora que vem indicada no canto inferior dos posts no blogue não corresponde necessariamente - nem de perto nem de longe - à hora em que foram redigidos, como se pode facilmente depreender do lapso de tempo entre este post e o seguinte, e existe a opção de "reverter para rascunho", que permite que se possa publicar hoje um post com a data da semana, mês ou ano passado.
4) De certeza que sabia disto, mas do (muito) que não sabe há ainda o facto de no meu serviço não existir ligação à internet - é um dos poucos em Macau onde isto acontece, e logo por azar, já viu?
5) O ponto anterior diz respeito de uma tentativa baixa e reles de me prejudicar, e de que só tomei conhecimento porque daquela tentativa incoerente de argumentação a única coisa que dava para entender era o meu nome e departamento, e por isso foi-me encaminhado, julgando que era dirigido à minha pessoa.
6) Isto porque o meu serviço tem um mecanismo de atendimento a sugestões e queixas, e que requer a identificação do autor das mesmas, pelo menos quanto ao nome e contacto. Pode-se dizer que é uma opção pensada para pessoas que trabalham e têm mais que fazer, e não para que se recalquem frustrações usando para o efeito alegações absurdas e improváveis.
7) Na remota eventualidade de se dar àquela pantomimice alguma credibilidade (o que deixaria quem o fizesse numa posição embaraçosa, diga-se de passagem), existia o risco de levantar o debate sobre se é legítimo que alguém aceda à sua conta do Facebook durante o horário de expediente, mesmo que seja para fazer um simples "like". Outra vez, é preciso ser lúcido e estar dotado de senso comum para se ter a noção do razoável, o que não é caso da pessoa em questão.
8) Não vale a pena provar seja o que for, de tão óbvio e público de que o "problema" aqui exposto só constitui ao desafio aos profissionais do foro da psiquiatria. Repudia-se, ao mesmo tempo que se lamenta.
Mesmo assim, obrigado pela preferência, mesmo que esta seja primariamente pelas menções a "sardões" e "piças". O Bairro do Oriente tem de tudo, e para todos.
Dia em grande para o automobilismo português, com dois pilotos portugueses a ocupar o lugar mais alto do pódio nas duas corridas de maior cartaz da 63ª edição do Grande Prémio de Macau, que se realizou durante este fim-de-semana nas ruas da antiga colónia. O grande destaque vai para António Félix da Costa, que venceu na corrida de Fórmula 3, repetindo o feito de 2012. Entretanto o piloto de 25 anos não havia sido feliz no ano seguinte, e agora diz-se "surpreendido" com este novo sucesso, uma vez que a participação na prova esteve em dúvida quase até à última hora. Mas talvez seja modéstia da parte de Félix da Costa, que para a generalidade dos seguidores do certame macaense era um dos favoritos, senão mesmo o principal, e a superioridade que demonstrou nos treinos viria a confirmar-se na corrida, onde terminou um segundo e meio antes do sueco Felix Rosenqvist - parece ter sido o ano dos "Félix", curiosamente - que por sua acabou a prova com o brasileiro Sérgio Câmara, colega de Costa na Carlin Volkswagen, "colado" ao seu Theodore-Mercedes. Parabéns mais uma vez a Félix da Costa, que fez novamente soar o hino nacional nos altifalantes do circuito da Guia, e parece que desta vez acertaram com a música logo à primeira.
Ou se calhar foi porque tiveram oportunidade de ensaiar, pois antes de Félix da Costa, já Tiago Monteiro tinha acabado na frente da Corrida da Guia, inserida no campeonato mundial de carros de Turismo (TCR), que à margem da vitória do português decidiu o título a favor do suíço Stefano Comini, que terminou em quarto lugar, enquanto o seu competidor directo e líder do mundial antes da prova de Macau, o britânico James Nash, não foi além do oitavo lugar. A corrida não foi propriamente o que se pode considerar "despachada", pois mais uma vez ficou marcada pelas interrupções causadas pelos acidentes, e que ao fim de duas horas permitiu apenas que se completassem quatro voltas ao circuito. Confusão ou não, Tiago Monteiro aproveitou para vencer finalmente em Macau, um circuito que ele disse gostar bastante, e onde se queria "vingar" por nunca aqui ter ganho. Dito e feito, e está também ele de parabéns. Para o ano há mais.
Ontem houve "derby" da capital de Castela, com o Real Madrid a visitar o Vicente Calderón, casa do rival Atletico, e a levar a melhor por 3-0, reforçando assim a liderança da Liga espanhola, onde continua sem conhecer o sabor da derrota. A motivação era muita, pois antes deste jogo já o Barcelona tinha empatado sem golos no Nou Camp frente ao Málaga, e uma vitória do Real ia colocar os catalães a quatro pontos de distância. Como em todas as vitórias do Real por dois ou mais números, a curiosidade reside em saber quantos desses golos foram da autoria do português Cristiano Ronaldo, e desta vez foram todos - não houve mais nada para ninguém.
Não se pode dizer que os "merengues" tenham dado um "banho de bola" aos "colchoneros", mas souberam aproveitar lances onde contar com o CR7 nos seus dias são sinónimo de golo quase certo. O primeiro do internacional português foi marcado aos 22 minutos através de um livre frontal à baliza de Oblak, que foi enganado pela trajectória da bola, que bateu nas pernas do defesa Savic, e fez com que o guardião esloveno só se apercebesse disso tarde demais.
A partida prosseguiu marcada pelo equilíbrio, cabendo principalmente ao Atletico a iniciativa ofensiva, uma vez que se encontrava em desvantagem. Foi preciso esperar até ao minuto 70 para o Real "matar" o jogo, e os intérpretes voltaram a ser Ronaldo, Savic e Oblak; o central montenegrino foi tentar cortar uma bola na sua grande área, e deixou as pernas à frente do avançado português, que caiu de uma forma que o árbitro considerou faltosa. Um "penalty" talvez bem arrancado por C. Ronaldo, mas nada à margem das regras. Oblak não foi capaz de deter o remate, e estava feito o segundo golo, e a partir daqui o Atletico sentiu que pouco ou nada havia a fazer.
Seis minutos depois foi Bale, que aproveitando a baixa do bloco "colchonero" fez um "slalom" pela esquerda, e serviu Ronaldo, que só precisou de tocar para o fundo da baliza, completando assim o 39º "hat-trick" da sua carreira desportiva, e confirmando a vitória do Real, que agora dispõe de 9 pontos de vantagem sobre o seu adversário de ontem, que se encontra agora no quinto lugar. Mais um jogo memorável para Ronaldo, mas que para os seus "antis" se calhar "não conta". Esses entretêm-se mais a contar os jogos em que o português não marca, ou atentos às notícias que dão conta da sua vida privada, consumindo avidamente os comentários de outros invejosos como eles. Que sorte a deles, que vão ter o jogador a dedicar-lhes mais um "Balón D'Or" muito em breve.
Ah, o PNR...quanto mais me ameaçam, mais gosto de falar deles. E nem é "falar mal", digam lá eles o que disserem, mas apenas a falar do que toda a gente que não esteja para ali inclinada consegue ver. Toda a gente menos 0,5% de 44,14% do eleitorado português. Qualquer coisa como 27 mil e tal pessoas, que não chegariam para o encher o Estádio AXA, de Braga. O jornal "i" fez capa com o líder do PNR, José Pinto-Coelho, e justificou-se com "o momento", dizendo que "seria uma irresponsabilidade não falar da extrema-direita nesta altura". Muito bem, e precisou de se justificar porquê? Aparentemente houve quem achasse "mal" dar publicidade ao tal partido, que das pessoas que dele só sabem uma coisa, sabem que é de extrema-direita. E têm razão, é mesmo, e nos dias que correm pode ser perigoso ignorar aquilo que para muitos se pode afigurar como "solução". Já disse aqui muitas vezes que as pessoas que vêem nesta ideologia uma alternativa são normalmente aquelas que não estão contentes com a SUA vida. Não estão pensar politica ou democraticamente, mas apenas em si, e claro, se no seu "habitat" natural existirem "espécies não-nativas", a tendência é para rejeitá-las, e culpar quem as introduziu naquele ecossistema, e aos seus "cúmplices" - toda a gente que tem meios para contratar uma empregada ucraniana para lhe passar a roupa e ir buscar os miúdos à escola, basicamente. Claro que em tempos de maior crise há mais gente insatisfeita, e se pior fica quando vê que outros se vão desenrascando, dá-lhes um vaipe quando outros que vieram de lugares onde não tinham onde cair mortos andam por ali todos felizes da vida, indiferentes ao sofrimento da pobre criatura - "não é justo!". Pois.
Também não é menos verdade que tenho aqui dito que o tratamento que os media dão ao PNR não é o mais correcto, e não me refiro ao tempo de antena que lhes é facultado, atenção, pois aqui falo do tratamento no sentido literário do termo. Sempre que um dos elementos do partido vai à televisão, é praticamente interrogado por causa daquilo que representa, e entre esclarecimentos nada esclarecidos e ainda menos esclarecedores, acabam por não dizer coisa nenhuma quanto àquilo que pensam fazer no âmbito daquilo que afirmam ser: um partido político. E são, sem dúvida, mesmo que em termos de constitucionalidade isso levante algumas dúvidas, como vamos ver mais à frente, mas se concorrem a eleições onde são mais um quadrado no boletim de voto, deixem-nos falar! Quem estiver preocupado com o crescimento do seu eleitorado, ou até uma eventual "ascensão", que a este ritmo seria daqui a 136 anos, vai ver que é muito mais eficaz deixá-los falar do que ignorá-los, ou não os deixar falar. Esta semana tiveram a atenção que desejam, e mais uma vez pelos mesmos motivos de sempre.
Resumindo os acontecimentos de Domingo último, de que falei neste artigo do dia seguinte. Algumas associações de imigrantes convocaram uma manifestação em Lisboa, onde pretendiam chamar a atenção para os problemas com que se debatem, e que no fundo são os mesmos de muitos que optam ir viver para um país estrangeiro, e não falo daqueles que são requisitados por alguma multinacional, bem pagos, e a quem nem se levanta a questão da integração nesse país, pois para isso estão-se nas tintas e só lá estão porque lhes pagam para estar. Falo de imigrantes, gente que se calhar até estaria mais feliz se no seu país de origem lhes fossem facultados meios para fazer pela vida, enfim, uns fazem a trouxa e desandam, outros ficam a reclamar e votam nos "pê-ene-erres" lá do sítio. Os de Portugal acham que isto tudo são tretas, e toca a juntar a (pouca) tropa e ir abandalhar a cena dos "imigras" - foi um "protesto", segundo José Pinto-Coelho, e por isto entende-se o quê, exactamente? Que é "mentira", ou "mau"? O quê, afinal? Já lá vamos. Primeiro falemos do incidente que envolveu o vice-presidente do partido, João Pais do Amaral, que seria detido pelas autoridades e que mais tarde o soltaram, a tempo de explicar o que se passou. Bem, explicar é como quem diz. Falou, pronto. Vamos ver o que disse:
Pois é, foi detido, levado para a esquadra, e agora "não faz a mínima ideia do que vai acontecer". Esteve lá, possivelmente por algum motivo especial que não o de estar sentado tranquilamente no jardim a escutar o canto dos passarinhos, e com um sorriso de orelha a orelha dado graças por mais um lindo dia. Nem é um cigano que vinha na rua a enrolar uma ganza. "Não sabe" mais nada, a não ser que a polícia foi "sinque estrélas", e que isto não tinha acontecido "se a imprensa não boicotasse constantemente o PNR", e por isso "por vezes é preciso esticar a corda" - ou romper, se for um cordão. Isso do "boicote" vamos ver mais à frente, mas agora vamos saber então porque é que este cidadão, ainda atordoado com o "inesperado" que lhe foi acontecer nesse dia, "não fez", ou "apenas fez":
Pois é, lá simples ela foi, a detenção, e nem podia ser de outra forma. O senhor "apenas" se colocou em frente a à manifestação dos imigrantes com uma bandeira, depois da polícia lhe ter dado ordem para não o fazer - "mais nada". Só. Nem cabe na cabeça de ninguém, sinceramente, então agora um cidadão nem pode andar na rua segurando uma bandeira, que é logo preso?! Isto está mesmo entregue à bicharada. E sim, é provável que os apoiantes desta maravilhosa iniciativa recorram a este tipo de areia para tentar atirar para os olhos dos menos atentos: "O homem foi detido por estar a segurar uma bandeira do seu partido, pá! É um herói, e só não é um autêntico Hasan de Uluabat porque esse era um islâmico nojento, pá! Ao ponto que a censura chegou!". E claro que no caso de virem aqui parar, vão-me acusar de atribuir-lhes declarações que não fizeram - e eu lá lhes atribuiria alguma coisa, com que carga de água. É "só" a força do hábito, sabem? Detecta-se facilmente aquela predisposição para falar de tudo menos do essencial. Qual é o substantivo que se pode usar em vez de "(fiz) depois da polícia me ter dado ordem para não o fazer"?
Desobediência, "mais nada". E é crime, "apenas". E não me venham com coisas, que não fui eu que redigi o Código Penal, nem decido o que é crime e o que não é, limito-me a cumprir, e fica mais fácil se não me colocar numa posição em que seja necessário que as autoridades me recordem do que não devo fazer. Não tenho nada contra o sr. vice-presidente do PNR, mas tenho a certeza que ele não ia gostar nada do que aqui está, e é possível que me acusasse de "deturpar" alguma coisa. O Código Penal, ou quem sabe as imagens onde ele próprio afirma aquilo que estou aqui a comentar? O primeiro, mais uma vez, não é da minha autoria, e nas imagens não o vejo a piscar o olho, ou com ar de quem está a ser sarcástico quando diz que "não sabe o que vai acontecer", ou que "apenas" fez o que fez. Mesmo que eu queira ser simpático, o melhor que posso fazer é dizer que ele cometeu um crime sem ter consciência disso, o que é mau na mesma! Vamos lá ver, o PNR é um partido político, quer ser levado a sério, e para o efeito concorre em pé de igualdade com as restantes forças políticas a a um lugar na Assembleia da República, cujos deputados são escolhidos pelo eleitorado. E o que é a AR? Uma siderurgia para onde só devem ir os valentes que assobiam enquanto derretem o aço? Um aposento de forcados amadores onde não cabe quem tem medo de pegar uma besta pelas unhas? Não! É o órgão LEGISLATIVO da nação! Convém ter umas luzes sobre o que é e não é um crime, digo eu, e lá estou outra vez a ser simpático. Ai, tá bem, mas "as pessoas estão cansadas das elites políticas", é isso? Talvez se tenham esquecido de uma coisa que eu já disse, mas pronto, foi há sete linhas atrás e se calhar vocês têm mais em que pensar: O PNR é um partido político!
É um partido político, certo, e que precisa de fazer barulho "para poder passar a sua mensagem". E porque é que não passa? "Há boicote", e neste vídeo ficamos a saber de quem, e os seus nomes, e o que disseram, sei lá, só faltava acabar com "BUSCA! MATA!". E ainda por cima começa mal, essa mensagem, a chamar de "crime" ao que não é crime. Quem chama de "criminoso" a alguém porque não simpatiza com ele ou com a suas posições é um bocado...sei lá, fascista? Não sei, deve ser aquele tal do "desprezo pelo politicamente correcto", de que alguns se orgulham e ostentam como uma doninha em estado decomposição enrolada à volta do pescoço, e quando o cheiro faz com que as pessoas se afastam é porque são "ingénuas". Mas afinal sabem o que é um "crime"? DESOBEDIÊNCIA, POR EXEMPLO! E outros que para o PNR não são crimes, como o discurso de ódio, a descriminação com base na etnia e confissão religiosa, olha, e que tal tentativa de invasão de domicílio, como aconteceu no mesmo dia da manifestação dos imigrantes, quando cerca de 20 elementos do PNR foram até à sede do Partido "Livre" para segundo eles "participar num debate" cujo tema era "como impedir o Trumpismo", e foram acusados de...
...tentar invadir a sede do "Livre". Confesso que nunca tinha ouvido falar deste partido, e se agora sei da sua existência, se calhar devo-o aos prestáveis militantes do PNR e a sua estratégia de "esticar a corda". Mas pronto, dizem que é "mentira", e que o presidente desse partido é um "aprendiz de Trotsky", a quem repudia a sua "pequenez mesquinha". E a partir daqui falemos deste problema de comunicação do PNR, que tem a ver com a sua "honestidade" - e não, aqui não se trata de uma qualidade, antes pelo contrário. Se forem ler aqui a notícia completa com a justificação de José Pinto-Coelho, é notório que qualquer coisa não está bem. Primeiro queriam "participar do debate", porque o partido "tem uma posição de VERDADEIRO debate" - e aqui estou a citar. Ora o tema era "como combater o Trumpismo", e isto "interessa-lhes", pois "são a favor do Trumpismo", e queriam "debater". Só que não os deixaram entrar, apesar de eles se terem feito anunciar, e é "mentira" que tentaram entrar à força, pois "não tinham qualquer interesse em invadir a sede" - para quê, se naquela "fantástica sessão estariam 15 pessoas, se tanto?". Era irrelevante, mas queriam "debater" na mesma, pronto, mas "os cobardes chamaram a polícia", sim, "cobardes", que não têm tomates para "debater". E lá estou eu outra vez a "deturpar"...as palavras exactas do líder do PNR. O mais incrível é que estes tipos pensam que isto se trata de "má vontade" da minha parte contra eles, quando toda a gente que saiba no mínimo ler e entender o que o que está ali escrito, vai fazer a mesma interpretação que eu. Quem entender de outra forma, bem, acho que tem fortes possibilidades de se inscrever como militante do PNR. Por falar nisso:
Este é o balanço que o vice-presidente do PNR faz da semana que passou, que considera "positiva", nem que seja pelos "milhares de portugueses" que os ficaram a conhecer, e dos quais "dezenas" pediram adesão ao partido. Que o senhor ignore o que constitui ou não um crime, bem, entende-se no contexto global da coisa, mas se acha que "dezenas" é uma parte significante de "milhares", ufa, fazer o quê? E há muitos pontos interessantes a analisar naquela lista, a começar pelo pronunciamento do Governo acerca do protesto do último Domingo. Ena, o Governo tomou nota...
...e espera que não se repita! Não gostou que tivesse feito o que fizeram, e não querem que voltem a fazer! É um aviso! Pronto, pronto, já sei, sou eu que "estou enganado", porque "sou esquerdalha, etc.", e o que o Governo "não quer que se repita" é o comportamento daqueles "criminosos" imigrantes, pá! Claro! Até a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou um voto de protesto...
...só que ao contrário! Quanto mais se tenta saber o que pensa este "partido", mais surreal isto se torna. E as aspas em "partido" não são maldade minha, atenção, aprendi com o PNR! Ele é "jornalistas" que por acaso são isso mesmo, só que sem aspas, a "direitinha", os "humoristas", tudo devidamente colocado entre aspas, excepto quando se trata de os adjectivar de cobardes, marxistas, escória ou outra "simpatia" (vêem?) que lhes é dirigida, mas que só se deve ao facto de não darem voz ao PNR! (Entra música de violino). Eu no lugar destes indivíduos até lhes agradecia o favor, pois se for para "falar do PNR", ou "dar-lhe voz", é só isto que têm a dizer? Diz bem, o João Pais do Amaral, que a luta é entre "os nacionalistas e os outros todos". Para eles toda a gente que constate o mais que óbvio que eles apresentam é "inimigo", e ainda acham isto uma maravilha! Bem, mais números:
E mais desfasamento da realidade, também. Suponho que "por cento" ainda quer dizer "número entre um grupo de cem". Se 28% dos portugueses dizem uma coisa, isso são 28 em cada 100, e não 28 no total. Dando de barato que é isto que aquela afirmação que o próprio João Pais do Amaral partilhou quer dizer, 10 em cada 28 de um grupo de 100 portugueses são 10% dos portugueses...do PNR? Reality check:
Pois é, acho que para encontrar aqueles dez a que a frase se referia, seria preciso fazer aquela pergunta a...200 milhões de portugueses? Interpretando a "marcha imparável" do PNR do ponto de vista de outra pessoa qualquer, trata-se aqui de um partido que não tem expressão por aí além, e só é notícia pelas piores razões. Já um militante do partido viria dizer qualquer coisa como "os 4273748 eleitores que se abstiveram votariam todos no PNR, não fosse pela censura a que a comunicação social o veta!". Er...tá bem, pronto. Passemos ao último ponto da agenda, onde se fala de um pedido ao Tribunal Constitucional "que se pronuncie". É só isto, o que se lê naquela lista de João Pais do Amaral, e o resto temos nós que imaginar, suponho. Que se pronuncie sobre o quê, afinal? Primeiro vou reproduzir uma afirmação que coloquei no post de segunda-feira:
Esta, de um dos dirigentes do PNR, que garante que o partido "não defende nenhuma ideologia ditatorial" - aquela de "nacionalistas contra os outros todos" é para interpretar no contexto da luta ideológica, portanto, e se os "outros todos" são cobardes, traidores e escória, é porque são mesmo, pronto. Agora, dizer que o Tribunal Constitucional reconheceu o partido, só se for à luz da velha máxima do "quem cala consente":
Exacto, o Tribunal Constitucional nunca se pronunciou sobre a constitucionalidade do PNR, e constatar este facto, como faz o jornal "i", não é bem a mesma coisa que pedir que o façam, ó sr. João Pais do Amaral. E agora levanta-se a seguinte questão: "Se o PNR é tudo aquilo que dizem, como é que pode estar inscrito como partido político?". Ora, todas as perguntas têm uma resposta, a não se que sejam retóricas, mas esta não é: o PNR e a sua ideologia nunca foram submetidos à apreciação do TC, porque tal nunca foi necessário para serem reconhecidos como partido político. O que fizeram foi pegar no extinto Partido Renovador Democrático, ou PRD, o tal que o General Ramalho Eanes criou e que depois de uma votação surpreendente em 85 apresentou uma moção de censura que terminaria na primeira maioria absoluta de Cavaco, desapareceu do mapa...ou será que desapareceu? O actual PNR pagou as multas, refundou o PRD, mudando de nome e de simbologia, e depois é aquilo que se sabe. Isto explica também o "Renovador" no nome do partido, que retirou o "Democrático", substituindo-o pelo "Nacional" - tirem daqui as conclusões que quiserem. Portanto, o PNR NUNCA PRECISOU DO RECONHECIMENTO DO TC! Se precisasse nunca seria reconhecido, exactamente porque a Constituição não o permite:
Pois é, mas o TC analisa a constitucionalidade dos partidos políticos quando estes são fundados, não quando já existiam sobre outro nome e orientação ideológica e política essa sim, reconhecida anteriormente - porque era outra! Mas o que acontecia, por exemplo, se o PNR elegesse um deputado?
Julgo que nem é necessário referir que das duas uma: ou "portava-se bem", o que implicaria "trair" o eleitorado, recorrendo a uma linguagem que parece ser a única que entendem, ou perdiam o mandato. E depois culpavam "a esquerdalha" por...cumprir a Constituição - e que raio de pancada é essa de chamar "esquerdalha" a pessoas que nem conhecem de lado nenhum?!?! Estão a perceber o porquê de tanto sururu? Não é porque "eles vêem aí" - o MRPP tem o dobro do eleitorado, e nem por isso está iminente a Revolução Cultural do Grande Proletariado, nem nada que se pareça. Eu pessoalmente não tenho nenhum interesse em que acabem com o PNR, e digamos que se calhar "há coisas mais importantes em que pensar". As pessoas que militam, apoiam, simpatizam e todo o resto estão no seu direito de pensar como quiserem, mas neste caso estão erradas. E não é uma opinião minha, é um facto:
Aqui está, pela enésima vez: dizer coisas como "todos os islâmicos são terroristas", ou "querem instaurar a sharia", ou ainda "fora daqui com essa gente" É CRIME! É mesmo, olhem ali o artigo do Código Penal onde se pode ver isso, e que nada tem a ver com "a minha opinião" - é a lei! Sempre que digo a alguém que isto "é um crime", e nas redes sociais fica facílimo de provar, uma vez que está lá escrito, fica registado, e toda a gente consegue ver, não é porque o estou a mandar calar, a chamá-lo de "criminoso", porque "adoro o Islão", ou outra parvoíce qualquer! Também não tem nada a ver com o "politicamente correcto", cujo "desprezo" (como se soubessem o que dizem) mais parece uma moda engraçada, da maneira que anda por aí a ser tratado como uma coisa horrível. Abram os olhos! Pode ser que o outro não saiba o que é crime e o que não é, mas acham mesmo necessário que a polícia vos deite com a cara no chão para que aprendam? E olhem que nem sequer considero alguém que comete um (1) crime um "criminoso", assim como quem muda uma lâmpada também não é um "electricista". Acredito na regeneração, e de que ninguém "quer" ser mau, ou fazer com que os outros sofram, mas de facto há pessoas que teimam em continuar equivocadas, e ir atrás daquilo que parece ser a solução para SI apenas, mas que pode eventualmente ser um problema para todos - e para ele também, lógico. Todos!
E agora para terminar, deixo a pergunta que sei de antemão não vai ter resposta: porque é que alguém deveria ficar assustado, sr. João Pais do Amaral? Não vejo ninguém "assustado", a não ser talvez quem dependa de uma mera avaliação do TC, que a ser rigorosa, pode muito significar o fim dessa festa com que parecem encarar as coisas sérias. Isto tudo que aqui apresento, bem como o resto que tenho dito sobre este "fenómeno", e nem foi muita coisa, prende-se com a minha curiosidade em saber no que consiste aquilo que se apresenta como "alternativa". Resultado? Uma decepção. Só falam do Islão, dos imigrantes, dos imigrantes e do Islão, e depois vira o disco e toca o mesmo, e isto a mim não me diz nada. Os "coitados dos portugueses" de que falam só são mencionados como pretexto para deitar abaixo o Islão e os imigrantes. E depois? Estes vão-se embora e a seguir o que acontece? Vão para casa com a sensação do dever cumprido? Que ideias além da mesma coisa que papagueiam a toda a hora, e só interessa a quem partilha do mesmo negrume? Podem pensar da maneira que quiserem, detestarem tudo e todos, ver inimigos, cobardes, traidores e escória em todo o lado, chamar "crime" ao que não vos agrada, como quem diz que o "penalty" contra o seu clube ou o aumento do passe social da Carris são "um crime", que ainda nos orientamos pelo primado da lei, ou não? O mais lamentável é saber que só através do medo é que podem crescer, e sentirem-se bem com isso. Brrr. Falem, digam coisas, usem da palavra, mas será que é isso mesmo que querem? Ou dá mais jeito fazer o papel de vítima?