terça-feira, 11 de outubro de 2016

TaXXXi


Tenho pelos taxistas sentimentos ambíguos. Ora lamento os muitos que sucumbem à criminalidade, arriscando a vida no exercício da sua profissão, ora desprezo ou pouco ou nenhum respeito que muitas vezes demonstram por quem lhes paga o salário - os clientes que transportam, claro. Ontem foram estes últimos que saíram à rua em Lisboa, evidenciando um comportamento que envergonharia o mais retrógrado dos primatas:


Pois. Causa maior deste protesto: as viaturas de transporte privado das plataformas da UBER e da CABIFY, que segundo os taxistas e os seus (poucos) apoiantes "são ilegais". Seria bom que PARA VARIAR os srs. taxistas fossem explicar exactamente QUE LEIS SÃO ESSAS que os motoristas dessas empresas estão a transgredir, e já agora a ser verdade, que recorram aos tribunais (sim, ainda existem!) em vez de fazer estas figuras infelizes. E quem fica a ganhar é a própria UBER e outras que tais, que tratam os clientes com deferência, investem nas viaturas que os transportam, em suma, não agem como MAFIOSOS detentores de um monopólio, que julgando pelo elevado nível de reprovação da opinião pública, está prestes a chegar ao fim.


Jorge Máximo - que já tem um historial de vídeos no YouTube que atestam a sua boçalidade - "não representa todos os taxistas", quando faz este comentário absolutamente atroz. Pois não; os restantes estavam demasiado ocupados a tentar revirar viaturas da UBER, a confrontar as autoridades, a impedir que os cidadãos chegassem a tempo e horas aos seus empregos, ou a bloquear o acesso ao aeroporto. Mau demais para ser verdade, e para quem achou que este foi "um tiro no pé", ou nos dois, da parte dos taxistas, eu vou mais longe: foi um tiro na cabeça, e tivessem eles mioleira, esta ficaria espalhada pelas paredes. Muito triste.


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