Estive no último Sábado de manhã em Hong Kong. Coisa fina, como sempre, mas foi uma visita rápida, desta vez. Acontece que precisámos de adquirir uma impressora e um ferro de passar, que são itens que se podem adquirir também em Macau, mas segundo a minha esposa "o tufão Hato molhou os electrodomésticos" que "depois de secar", regressaram às prateleiras. Teoria da conspiração muito interessante, esta, mas uma ida aqui ao lado nunca é nada de se deitar fora; come-se bem, fazem-se umas compras no M&S e no City Super, óptimo. A ida foi aqui a Sham Shui Po, um "bairro operário" de Hong Kong, onde fica um centro comercial onde se vende material informático, e
helas, impressoras. O negócio propriamente dito é a tinta, que acaba por sair mais cara que a própria impressora, que neste caso não passa de um mero aplicador. Adiante. Já com as compras feitas, ainda passámos...
...por aqui. E o que é isto? - pergunta o leitor. Uma fila para pagar a conta da electricidade, ou do telemóvel? Um balcão de uma dependência bancária? Não vivo em Hong Kong e os bancos não abrem ao Sábado, portanto não e não. Isto é uma fila para comprar bilhetes de "mark-six", a versão local do Totoloto/Euromilhões. Isso mesmo, e como estamos a entrar na semana dourada e no festival do Outono, "há um bónus". De maneira que fomos lá buscar um "lucky ticket" a pedido da minha sogra, coitada. Mas será a sorte o único factor a considerar quando se aposta neste tal "mark-six"?
Bem, sim, na minha humilde opinião tudo depende de um conjunto de bolas que saem de uma tômbola de forma completamente aleatória, para há quem junte a "ciência" à coisa. Analisam-se probabilidades, estudam-se as sequências, fazem-se estatísticas das bolas mais saídas, etc. É um passatempo como qualquer outro, mas entre os que pegam num bilhete qualquer para ver se a sorte lhe bate à porta, outros insistem em escolher os números, preencher os bilhetes, e possivelmente dá-lhes uma coisa feia se por algum motivo não conseguem registar a aposta à horas. Os chineses em geral gostam de jogar, de apostar, de arriscar, e não é só com os números.
É com os cavalos, com o futebol, ténis, NBA, fórmula 1, a cor da camisola da próxima pessoa e entrar pela porta...tudo. Neste Sábado de manhã a azáfama era evidente, pois quando passei por aquela agência estavam prestes a ter início corridas de cavalos. Fantástico. E isto foi em Hong Kong, numa simples casa de apostas de Sham Shui Po. Imaginem que existiam casinos aqui na região vizinha? Aí é que estávamos feitos aos bife, pá.
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